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Primavera terá chuva dentro da média, mas insuficiente para reservatórios

Em São Paulo, as chuvas devem ser esporádicas até o final da primeira quinzena de outubro

Com início às 16h21 desta quarta-feira (22), a primavera trará chuvas com certa regularidade, mas não será suficiente para encher os reservatórios, apontam os meteorologistas.

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Segundo Danielle Ferreira, meteorologista do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia), a estação terá início com chuvas concentradas no oeste da região norte do país, no leste de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul e em uma parte do Nordeste. Ou seja, ficará mais concentrada nos extremos do Brasil.

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Em São Paulo, as chuvas devem ser esporádicas até o final da primeira quinzena de outubro, explica Edson Nazário, técnico em meteorologia do CGE da prefeitura de São Paulo. “A partir daí, elas devem se regularizar e ocorrer dentro da média esperada para a estação, que é de 354,4mm para o período que vai até 21 de dezembro”, afirma Nazário.

A primavera faz a transição entre a seca do inverno e as chuvas do verão. Assim, ela apresenta um misto de dias que alternam entre essas características. CGE, INMET e Climatempo apontam que setembro terminará com chuvas abaixo da média e que, mesmo com o aumento no volume das chuvas durante a primavera, não será o suficiente para encher os reservatórios, principalmente no estado de São Paulo, pois ocorrerão em pontos isolados.

“Apesar da tendência de volume de chuva acima da média normal em áreas importantes para o abastecimento dos reservatórios, o volume de chuva ainda estará muito abaixo do necessário para regularizar a situação”, afirma o Climatempo, em nota.

Sobre as temperaturas, a empresa aponta que teremos temperaturas médias mensais dentro e acima da média normal em praticamente todo o país. Ainda afirma que há a possibilidade de uma nova onda de calor, mas que não será tão intensa quanto a ocorrida em 2020.

Outro aspecto levantado pelos especialistas que pode ser aguardado para essa primavera é o fenômeno La Niña. Ele consiste no resfriamento da superfície das águas na bacia do oceano Pacífico e sua ocorrência pode gerar mudanças significativas nos padrões de chuva e temperatura por todo o planeta.

“Temos observado a temperatura das águas nessa região e, de maio a julho, os valores se mantiveram próximos à média. Porém, no mês de agosto, elas resfriaram a um patamar próximo de termos um início da La Niña. Assim, a perspectiva para os próximos meses é de que o fenômeno se concretize”, afirma Danielle Ferreira.

Mas a meteorologista aponta que ele terá curta duração e ocorrerá em baixa intensidade. “Não vai causar tantos impactos quanto causou no ano passado”.