Médico que já amputou mais de 15 pênis explica como prevenir câncer no membro e alerta sobre próstata

Falta de higiene á a principal causa de câncer no pênis, diz o especialista

O jornal entrevistou, na manhã desta quarta-feira, 01, o urologista Nilton Migiyama, que está atendendo há 17 anos em cidades do Cone Sul de Rondônia, e ele falou sobre as palestras que ministrou durante o “Novembro Azul”, mês mundial do combate ao câncer de próstata.

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Migiyama, que já faz esse trabalho voluntário há vários anos, falou para dezenas de pessoas em postos de saúde, associações e até na área rural de Vilhena, abordando temas ligados à saúde masculina. Além do câncer de próstata, o profissional abordou também outras doenças que atingem os homens, inclusive disfunções sexuais.

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Entre os temas abordados, o médico falou sobre a ejaculação precoce, que atinge vários homens e dificulta a vida sexual deles. O problema tem tratamento e pode ser corrigido com o acompanhamento correto.

TEM CURA
O urologista explicou que o câncer de próstata apresenta índice de mais de 90% de cura, quando detectado no início. O próprio paciente consegue sentir alguns sinais da doença, como dificuldades para urinar, sangue na urina e dores lombares e na região pélvica. “Mas, se demorar a procurar ajuda médica, aí fica mais difícil tratar e a doença avança para quadros graves”, alerta

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DESCUIDO MASCULINO
Porém, existe um outro problema que, infelizmente, não tem solução e é muito mais comum do que as pessoas imaginam: o câncer de pênis, cuja causa principal e a falta de higiene (ENTENDA AQUI).

Migiyama admite que a clientela masculina é sempre mais descuidada com a saúde do que as mulheres. Por preconceito ou tabus, os homens deixam de procurar atendimento médico mesmo quando sentem os sintomas de alguma doença.

SÓ CORTANDO
Quando o câncer no pênis chega a um estágio avançado, a única solução é amputar o membro, que pode ser parcial ou totalmente extirpado. Em qualquer dos casos, a vida sexual da pessoa atingida acaba. Durante este período que atende na região, Migiyama já amputou mais de 15 pênis, o que dá uma média de quase um por ano.

“É preciso explicar a situação e pedir ajuda psicológica para atender o paciente que passa por essa situação. Muitos acabam entendendo, porque sabem que é amputar ou enfrentar o agravamento do câncer”, diz Nilton.

As cirurgias para amputar os pênis cancerosos foram realizadas até o ano passado em Vilhena, mas hoje os homens nesta situação são encaminhados para o Hospital de Amor, em Porto Velho. Na unidade, que atende casos de câncer, os médicos já executam o procedimento e começam a fazer as sessões de rádio e quimioterapia, quando os casos exigem.

HIGIENE
Com água e sabão, os homens podem remover a sujeira, que é a principal causadora do câncer. Muitos, no entanto, por causa da fimose (a camada de pele que cobre a glande), acabam não fazendo corretamente a higienização do membro.