O Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (20) revela que a previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, diminuiu de 4,59% para 4,55% neste ano. As projeções para 2024 apontam uma inflação de 3,91%, enquanto para 2025 e 2026, as previsões são de 3,5% para ambos os anos.
A estimativa para 2023 está acima do centro da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3,25%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. O Banco Central (BC) informou que, segundo o último Relatório de Inflação, há uma probabilidade de 67% de o índice oficial ultrapassar o teto da meta em 2023. A projeção para a inflação de 2024 também supera o centro da meta prevista, fixada em 3%, mas ainda se encontra dentro do intervalo de tolerância.
O aumento nos preços das passagens aéreas em outubro pressionou a inflação, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrando 0,24%, abaixo da taxa de setembro (0,26%). A inflação acumulada em 2023 atingiu 3,75%, e nos últimos 12 meses, o índice está em 4,82%.
O Banco Central utiliza a taxa básica de juros, a Selic, como principal instrumento para alcançar a meta de inflação. Atualmente, a Selic está em 12,25% ao ano. Após uma série de cortes no primeiro semestre, a inflação voltou a subir na segunda metade do ano, levando o Copom a reduzir a taxa de juros pela terceira vez no semestre. O mercado prevê que a Selic encerre 2023 em 11,75% ao ano, com redução para 9,25% ao ano no final de 2024. Para 2025 e 2026, as projeções indicam uma Selic de 8,75% e 8,5%, respectivamente.
A projeção para o crescimento da economia brasileira em 2023 foi revisada para baixo, de 2,89% para 2,85%. Para 2024, espera-se um crescimento de 1,5%, enquanto as projeções para 2025 e 2026 apontam uma expansão do PIB em 1,93% e 2%, respectivamente.
Quanto ao câmbio, a previsão para o dólar no final deste ano é de R$ 5, com uma estimativa de R$ 5,05 para o final de 2024.