O Ministério Público do Estado de Rondônia (MPRO) instaurou um procedimento investigatório para apurar as circunstâncias da operação policial que terminou com a morte de oito pessoas, no último dia 2 de julho, em Porto Velho. Os mortos seriam integrantes de uma organização criminosa que atuava na capital.
A iniciativa do MPRO está alinhada às diretrizes da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, do Supremo Tribunal Federal (STF), e à Resolução nº 310/2025 do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que orientam o acompanhamento rigoroso de ações policiais que resultem em mortes, garantindo transparência e respeito aos direitos fundamentais.
O caso será conduzido por promotor com atribuição na área de segurança pública, com apoio do Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública (GAESP). A apuração será feita de forma independente, ainda que existam procedimentos simultâneos sendo conduzidos por outros órgãos, como a Polícia Civil ou a Corregedoria da Polícia Militar.
Segundo o MP, a atuação busca garantir que todos os atos estatais tenham respaldo jurídico, respeitando a legalidade e os direitos dos envolvidos. O procedimento ainda está em fase inicial e mais informações devem ser divulgadas à medida que a investigação avançar.
A operação que terminou em sete mortes ocorreu em uma residência na região central de Porto Velho, onde, segundo a PM, os suspeitos teriam reagido à abordagem atirando contra os agentes, resultando no confronto. Nenhum policial ficou ferido. A sociedade civil, no entanto, demonstrou preocupação com o episódio e aguarda o esclarecimento total do caso.