Onze pessoas foram condenadas pela 3ª Vara Criminal de Ji-Paraná por envolvimento com organização criminosa armada e tráfico de drogas, após denúncia oferecida pelo Ministério Público de Rondônia (MPRO), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). A decisão foi proferida no último dia 30 de maio.
As investigações tiveram início com a prisão de um dos acusados, que teve celular apreendido. O aparelho continha conversas que indicavam a existência de uma facção criminosa atuando na cidade, com participação em tráfico de drogas, associação para o tráfico e outros crimes. Os envolvidos desempenhavam funções específicas dentro do grupo, como a gestão de grupos em aplicativos de mensagens, arrecadação de valores e controle de pontos de venda de entorpecentes.
Durante o inquérito, foram realizadas interceptações telefônicas que registraram comunicações entre os membros da organização e revelaram o uso de armas de fogo para garantir o domínio territorial e a prática de delitos. A quebra de sigilo bancário também forneceu indícios sobre o funcionamento e a estrutura financeira do grupo criminoso.
Com base nas provas reunidas, os réus foram condenados pelos crimes de constituição e integração em organização criminosa, nos termos da Lei nº 12.850/2013, e por associação para o tráfico de drogas, conforme a Lei nº 11.343/2006. A pena de todos os condenados foi agravada pelo uso de armas de fogo, independentemente do envolvimento direto com armamentos.
A sentença também determinou a perda de bens relacionados à organização e a destruição dos entorpecentes apreendidos. Oito dos 11 condenados não poderão recorrer em liberdade e permanecerão presos preventivamente enquanto aguardam eventual julgamento de recurso.
