Nesta segunda-feira (06), em Vilhena, durou quase 8 horas o julgamento dos réus Eduardo Gabriel Santiago dos Santos, conhecido como “Bolinha”, e Thales Andriel Gomes Morais, ambos com 21 anos de idade. Ambos foram acusados do assassinato do professor e ex-vereador Vilson Ramos dos Santos, de 57 anos, crime ocorrido em 23 de julho de 2022, no distrito de Novo Plano, em Chupinguaia (RO).
Segundo a denúncia, os acusados e a vítima estavam consumindo bebidas alcoólicas em uma conveniência em Novo Plano quando Vilson ofereceu carona aos jovens. O trio seguiu para o sítio da vítima, onde continuaram a beber.
A acusação alega que após relações íntimas com Thales, Vilson foi para o quarto com Eduardo, onde este aplicou um mata-leão na vítima, resultando em sua morte por asfixia. Eduardo então fugiu com Thales, pegando a chave do veículo de Vilson.
Eduardo confessou o crime, inicialmente alegando legítima defesa devido a uma suposta ameaça com um rifle, mas posteriormente mudou sua versão. No julgamento, afirmou ter agido em legítima defesa, sem intenção de matar Vilson, apenas atordoá-lo para escapar.
Thales negou envolvimento no homicídio, assegurando desconhecimento da morte e alegando que Eduardo afirmou que Vilson havia emprestado o carro.
No desfecho do julgamento, a Promotoria de Justiça pediu a condenação de Eduardo por homicídio qualificado e furto qualificado. Quanto a Thales, solicitou a absolvição pelo homicídio e a condenação por furto qualificado.
A defesa, pela Defensoria Pública, argumentou homicídio culposo para Eduardo e pediu a absolvição do furto qualificado, alegando falta de intenção de roubo.
Após a deliberação dos jurados, Eduardo Bolinha foi condenado a 18 anos de prisão pelos crimes de homicídio e furto qualificados. A juíza negou o direito de aguardar recurso em liberdade. Thales Andriel foi absolvido de ambos os crimes, encerrando um julgamento que abalou a comunidade local, deixando questões sem resposta sobre a sequência de eventos naquela fatídica noite.