
ANUAL
A cada ano, a Black Friday se consolida no calendário brasileiro como a grande vitrine das “ofertas imperdíveis”.
PERIGO
Mas basta um pouco de atenção — e boa-fé ferida — para perceber que, em muitos casos, a única coisa que cai é a máscara das promoções enganosas.
PERIGO 2
O que deveria ser um período de oportunidade se transforma, para muitos, numa verdadeira armadilha comercial.
CALÇADOS
Recentemente, ao pesquisar promoções de calçados, a surpresa veio na primeira olhada: o suposto desconto de 50% era, na verdade, o preço real praticado meses antes.
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EMBUSTE
Ou seja, a loja simplesmente inflou o valor original apenas para simular uma falsa redução. É a velha estratégia de “metade do dobro”, travestida de vantagem.
ELETRODOMÉSTICOS
Em outro caso ainda mais espantoso, uma lava-louça anunciada com 40% de desconto custava, mesmo “com desconto”, mais do que o valor original encontrado em outras lojas concorrentes.
ROUBO
Uma diferença tão grande que transforma a promoção em escárnio — e o consumidor atento, em investigador de preços.
CARROS
E não para por aí. No setor automotivo, a criatividade para maquiar descontos parece inesgotável.
CARROS 2
Uma concessionária oferecia um “bônus” de R$ 50 mil na troca por um carro novo. Mas, ao analisar a tabela, o tal bônus evaporava: o valor final não mudava praticamente nada.
CARROS 3
Era apenas um malabarismo comercial para seduzir quem sonha em trocar de veículo sem perceber o truque por trás do balcão.
ILUSIONISMO
Esses episódios não são exceções — são sintomas de uma prática que se repete em todo o país: a ilusão de vantagem.
EMOÇÃO
O consumidor, pressionado pela expectativa de não “perder” a oferta, acaba sendo empurrado para decisões impulsivas, acreditando em benefícios inexistentes.
DICAS
Por isso, o alerta é urgente:
Pesquise antes de comprar — compare preços em diferentes lojas e verifique o histórico do produto.
DICAS 2
Desconfie de descontos milagrosos — quanto maior a porcentagem anunciada, maior a chance de manipulação.
DICAS 3
Registre e denuncie práticas abusivas — o Procon e plataformas de defesa do consumidor existem para isso.
DICAS 4
Não tenha pressa — promoções reais resistem a verificação, promoções falsas não resistem a cinco minutos de pesquisa.
PESQUISA
A Black Friday pode ser vantajosa, sim. Mas só para quem age com cautela, senso crítico e, principalmente, informação.
SERIEDADE
O que está em jogo não é apenas o bolso do consumidor — é a confiança no comércio e o respeito que deve pautar qualquer relação de consumo.
CUIDADO COM OFERTA BOA DEMAIS
Que cada um de nós entre na próxima Black Friday com olhos abertos, dedos atentos e nenhuma vontade de cair no conto da “oferta imperdível” que, na prática, não entrega nada além de frustração.
ESTRATÉGIA ?
Nas últimas semanas, começou a circular — com insistência calculada — a narrativa de que o governador Marcos Rocha estaria disposto a fechar com Adailton Fúria.

TERMÔMETRO
Mais do que um movimento político, a informação soa como teste de temperatura.
TERMÔMETRO 2
Tentativa de reposicionamento e, principalmente, uma estratégia para manter acesa a chama da candidatura de Rocha ao Senado sem o desgaste que uma chapa tradicional lhe imporia.
NADA DE AFINIDADE
Porque, sejamos claros: o suposto alinhamento não nasce de afinidades ideológicas, tampouco de afinidade pessoal. Nasce de conveniência.
DESCONFORTO
Rocha, diante de um cenário eleitoral complexo, sabe que disputar o governo ou mesmo navegar o processo eleitoral carregando o vice Sérgio Gonçalves — figura com quem ele não demonstra entusiasmo algum — seria enfrentar uma campanha desconfortável.

OPOSTOS
A frieza entre ambos é visível, quase protocolar. A relação nunca foi de parceria, e forçar uma convivência eleitoral agora seria colocar nos ombros do governador um peso que ele absolutamente não faz questão de carregar.
IDEIA
Daí surge a narrativa: um acordo com Fúria. Uma saída elegante para evitar a vitrine ao lado de Gonçalves.
IDEIA 2
Ao mesmo tempo em que Rocha preserva terreno, mantém grupo político conectado e ancora seu nome na disputa ao Senado com menos atrito interno.
MEDALHÃO
Mas se esse arranjo beneficia Rocha, resta a pergunta essencial: o que, afinal, sustenta a tese de que Fúria possui tanta força a ponto de caciques da política estadual se deslocarem até ele com ofertas, acenos e pedidos de parceria?
ILUSÃO
A tal “popularidade gigantesca” que circula no imaginário de seus aliados simplesmente não aparece com a intensidade propagada.
ILUSÃO 2
Há barulho, há presença de mídia, há narrativa — mas números concretos, pesquisas sólidas e adesão massiva? Isso ainda não se materializou de forma incontestável.
ESTÓRIA
Parece muito mais uma construção narrativa do próprio entorno de Fúria do que um fenômeno espontâneo.
FUMACEIRA
Um esforço de autopromoção travestido de inevitabilidade política, tentando fazer parecer que o tabuleiro de Rondônia gira em função dele — quando, na verdade, há muito mais fumaça do que fogo.
MATEMÁTICA
O possível aceno de Rocha não deve ser lido como reconhecimento dessa popularidade, mas sim como cálculo.
MATEMÁTICA 2
Política, afinal, não é sobre afinidade; é sobre utilidade. Sobre evitar desgastes, reposicionar alianças e ampliar margem de manobra para objetivos maiores — no caso, uma candidatura ao Senado que exige neutralidade estratégica e distância de ruídos desnecessários.
SÓ BARULHO
Se o movimento vai prosperar, é outra história. Em política, ventilam-se cenários para medir reação, testar a opinião pública e observar quem se mexe. E, até agora, o barulho parece maior que a substância.
FATO
O fato é que, enquanto alguns tentam transformar Fúria em estrela incontornável, a realidade insiste em lembrar que popularidade não se decreta — se mede.
IMPRESSÃO
E, por enquanto, o que existe é um grande esforço para parecer forte, enquanto alianças supostamente “naturais” ainda soam forçadas, oportunistas e cheias de conveniência.
REALIDADE
Seja qual for o desfecho, uma coisa é certa: ninguém está oferecendo apoio por devoção.
REALIDADE 2
Estão apenas jogando xadrez. E, no fim, só vai sobreviver quem souber distinguir mitologia política de fatos concretos.
FRASE
Quando o poder se guia por rumores, é porque faltam convicção e sobram cálculos.





















