A transferência de sete dos mais perigosos criminosos do Brasil, todos integrantes de alta patente do Comando Vermelho, acendeu o alerta em vários estados. Juntos, os detentos acumulam mais de 500 anos de penas por tráfico de drogas, homicídios, sequestros e outros crimes de extrema gravidade. Por determinação das autoridades federais, o grupo foi redistribuído para o sistema penitenciário federal nesta semana — e Rondônia está no radar.
O Brasil possui apenas cinco presídios federais de segurança máxima. Entre eles, o de Porto Velho, considerado um dos mais seguros, isolados e estratégicos do país. Por esse motivo, cresce a expectativa — e a preocupação — de que um ou dois dos criminosos venham cumprir pena no estado.
Efeito colateral: a sombra da criminalidade que acompanha líderes de facção
A preocupação não é nova. Desde a inauguração do presídio federal de Porto Velho, em junho de 2009, observou-se que a simples presença de grandes lideranças criminosas em unidades federais costuma atrair familiares, comparsas e operadores da facção para as regiões próximas. Embora vários fatores influenciem nas estatísticas de criminalidade, é inegável que o entorno desses detentos também exerce impacto na dinâmica local.
Na capital rondoniense, mesmo sem dados oficiais que apontem relação direta, a sensação da população e de setores de segurança é de que os índices de violência nunca retornaram ao patamar anterior à instalação do presídio federal — e parte disso se deve ao fluxo de pessoas envolvidas com facções, que se deslocam para manter proximidade com seus líderes.
Para onde vão os criminosos? Sigilo absoluto
Além de Porto Velho, os outros presídios federais estão localizados em:
- Catanduvas (PR)
- Campo Grande (MS)
- Mossoró (RN)
- Brasília (DF)
Até o momento, não há divulgação oficial sobre para qual unidade cada um dos sete líderes foi encaminhado. O Ministério da Justiça mantém sigilo total para evitar riscos de interceptações, fugas ou articulações externas das facções.
Mesmo assim, a aposta nos bastidores é clara: Porto Velho deve receber pelo menos um dos integrantes do chamado “Bando dos Sete”.
Rondônia, novamente no centro das operações
A eventual chegada de um desses criminosos reacende o debate sobre segurança pública, impactos na criminalidade local e os riscos inerentes à presença de lideranças de facção em território rondoniense. Historicamente, onde estão os chefes, surgem também tentáculos da organização.
A população aguarda respostas e ações preventivas, enquanto Rondônia pode, mais uma vez, ser “presenteada” com visitantes que ninguém quer por perto.





















