Na manhã desta segunda-feira (25/8), um surto psicótico em Ouro Preto do Oeste quase resultou em uma tragédia. Julimar A. P., de 31 anos, diagnosticado com esquizofrenia, entrou em um estado de fúria, colocando em risco a sua vida, a do pai e de outros cidadãos. Durante o episódio, o homem causou danos materiais e feriu seu próprio pai e um policial militar.
A confusão começou quando Julimar, em surto, feriu o pai, que começou a sangrar intensamente. Em seguida, ele ateou fogo na residência, colocando fogo entre um sofá e uma mesa. Quando o Corpo de Bombeiros chegou ao local para controlar o incêndio, Julimar atacou a equipe com pedras e um pedaço de madeira, impedindo os profissionais de realizarem o seu trabalho.
O Sargento Aquino, primeiro a abrir o portão para os bombeiros, foi recebido com pedras e pedaços de madeira, sendo forçado a recuar. No entanto, a situação piorou quando a Polícia Militar foi acionada e se deparou com o homem ainda mais agressivo. O 3º Sargento Henrique, ao tentar controlar a situação, foi atingido na cabeça por uma pedrada e teve que ser socorrido no Hospital Municipal (HM).
Diante da gravidade do surto e da agressividade do indivíduo, o policial militar recorreu à espingarda de balas de borracha. Foram disparados cinco tiros, que atingiram o abdômen e o braço de Julimar, que caiu ao solo e foi imobilizado. Mesmo ferido na cabeça, o policial ainda entrou na casa e retirou uma botija de gás que estava em risco de explosão devido ao incêndio iniciado pelo agressor.
O saldo da ocorrência foi de dois feridos: o policial militar, que foi atendido no HM, e o pai de Julimar, que também recebeu atendimento médico devido ao sangramento. O caminhão do Corpo de Bombeiros e a viatura da PM também sofreram danos durante a ação, com vidros quebrados, painel de controle danificado e o giroflex da viatura quebrado por pedradas.
Julimar foi sedado e encaminhado à ala psiquiátrica do Hospital de Base Ary Pinheiro, em Porto Velho, para receber tratamento especializado. A ocorrência, que gerou cenas de grande tensão e perigo, resultou em destruição na casa da família e teve a participação de muitos cidadãos, incluindo crianças, que presenciaram a ação policial e o surto psicótico.
A comunidade e as autoridades locais seguem acompanhando o caso, enquanto Julimar aguarda os encaminhamentos médicos para tratar de sua condição psiquiátrica.