A tragédia que atingiu a família de Bruna Martins, única sobrevivente de um grave acidente na BR-364, continua a chocar Rondônia e o Brasil. A mulher, que perdeu os dois filhos e os avós deles, se recupera de uma cirurgia, e seu estado de saúde é estável, conforme informaram familiares. Em um momento de grande dor, Bruna compartilhou nas redes sociais uma emocionante recordação sobre o caçula, Antônio, de apenas 6 meses, que também perdeu a vida na colisão.
Em uma de suas postagens, Bruna escreveu: “O teste positivo da farmácia e de sangue, a fumaça azul do chá revelação, os ‘chutinhos’ na barriga. É ele… o menino que eu tanto falava pra Deus.” A dor pela perda do filho, que foi tão aguardado, é profunda e marca o sofrimento de uma mãe que compartilhava momentos de felicidade ao lado de seus filhos nas redes sociais.
Além de Antônio, sua irmã, Maria Vitória, de 8 anos, também morreu no acidente. Os avós das crianças, Maria dos Anjos, de 62 anos, e Ezi Pereira, de 69 anos, também perderam a vida. A família estava viajando para Cerejeiras (RO) quando o acidente aconteceu em um dos trechos mais perigosos da rodovia, conhecido como a “curva da morte”, entre Ouro Preto do Oeste e Jaru.
Nas redes sociais, Bruna documentava a rotina de sua família, compartilhando fotos e vídeos desde a gestação até a infância das crianças. Em uma das postagens, Bruna escreveu: “Deus sabia que eu precisava de você”, se referindo a Antônio, o caçula. Há pouco mais de um ano, ela também comemorava o aniversário de sete anos de Maria Vitória.
A cidade de Candeias do Jamari, onde a família do prefeito Lindomar Garçon reside, está em luto oficial por três dias em respeito às vítimas do trágico acidente, bem como a outras perdas ocorridas no município no último fim de semana. A decisão foi comunicada por meio das redes sociais do município, que também expressou solidariedade à família enlutada.
Durante o velório e sepultamento em Candeias do Jamari, familiares e amigos prestaram suas últimas homenagens. Bruna, devido ao seu estado de saúde, não pôde comparecer ao velório, mas foi levada para se despedir de seu filho mais novo, Antônio. O resto da família foi velado de caixão fechado, em respeito ao trágico acidente que tirou a vida de tantas pessoas em um momento de grande comoção.
O acidente não apenas tirou vidas, mas deixou uma marca profunda na comunidade local, com a cidade e seus moradores se unindo em um gesto de solidariedade e luto pela perda irreparável da família Garçon. A tragédia também levanta a discussão sobre a segurança nas rodovias da região, especialmente em locais conhecidos por seu alto risco de acidentes, como a “curva da morte”.