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Pai espancado ao tentar salvar filha de ex-marido segue internado em Porto Velho

Francisco Félix, espancando por um pedaço de madeira, segue internado no Hospital João Paulo II em Porto Velho. O idoso de 75 anos ficou ferido no fim de semana enquanto tentava salvar a filha, atacada a pauladas pelo ex-marido. Mesmo intervindo nas agressões, a filha de Francisco, Joselita Félix, não resistiu aos ferimentos. Publicidade Segundo ... Leia mais

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G1

Francisco Félix, espancando por um pedaço de madeira, segue internado no Hospital João Paulo II em Porto Velho. O idoso de 75 anos ficou ferido no fim de semana enquanto tentava salvar a filha, atacada a pauladas pelo ex-marido. Mesmo intervindo nas agressões, a filha de Francisco, Joselita Félix, não resistiu aos ferimentos.

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Segundo informou o Hospital João Paulo II, nesta terça-feira (19), Francisco está com quadro estável de saúde e respira sem ajuda de aparelhos.

Uma neurologista está acompanhando o idoso na unidade hospitalar, pois alguns dos golpes desferidos por Ueliton Silva atingiram a cabeça de Francisco. O pai da vítima também tem ferimentos nas mãos e em outras partes do corpo.

Por causa da internação, o idoso não pôde comparecer ao sepultamento da filha, realizado na segunda-feira (18) em Candeias do Jamari.

Feminicídio

Joselita foi morta pelo ex-marido no domingo, após ter a casa invadida pelo ex-marido, Ueliton Aparecido Silva, em Candeias do Jamari. O ex-marido foi preso logo depois e permanece na cadeia, em Porto Velho.

O pai da educadora, Francisco Félix, estava em casa e presenciou o ataque. O idoso tentou salvar a filha e segurar o suspeito, mas também foi atacado a pauladas.

A Justiça deve realizar uma audiência de custódia nesta terça-feira e assim decidir se mantém a prisão em flagrante de Ueliton ou se o libera para responder em liberdade.

Quem era Joselita?

Joselita era servidora municipal de Porto Velho, tinha 47 anos e estava casada há três anos, mas há dois meses tentava se separar do suspeito.

Joselita era graduada em Pedagogia pela Universidade Federal de Rondônia desde 1992 e também tinha bacharel em Direito pela Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e Letras de Rondônia (2007).

Depois de ser agredida na semana passada, conforme relatou por áudio a uma amiga, a educadora buscava um local seguro para ficar em Candeias do Jamari e assim se esconder do ex-marido.

Ao jornal, a diretora da escola onde a vítima trabalhava informou que, muitas vezes, o suspeito não tinha ligações atendidas por Joselita e assim ele ia diretamente na escola.

Segundo a Polícia Civil, Ueliton foi preso por agredir a ex-mulher um dia antes de matá-la a pauladas. Após pagar uma fiança de R$ 4 mil, o ex-marido passou a responder o processo em liberdade e, no dia seguinte fora da cadeia, decidiu matar a ex.

Protestos

Após o caso de feminicídio, centenas de pessoas fizeram protestos em Porto Velho na noite de segunda-feira e pediram por Justiça.

Aos gritos de Justiça e segurando cartazes com os dizeres “Somos a voz da Jô” ou “Parem de nos matar! Chega de feminicídio”, dezenas de participantes, homens, mulheres e amigos da vítima foram às ruas da capital em protesto ao caso que terminou em morte.

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