Foram mais de 16 horas de julgamento até que, enfim, saiu a condenação para o sargento da Polícia Militar, Gilmar de Souza Castro, de 53 anos, acusado de assassinar a tiros a própria companheira, Lindalva Galdino de Araújo, de 52 anos. Gilmar foi condenado pelos crimes de feminicídio e ocultação de cadáver.
O crime aconteceu no dia 3 de julho de 2022, no período noturno, na Rua São José, Bairro Mariana, em Porto Velho – capital do Estado de Rondônia. A sentença de pronúncia foi publicada no Diário da Justiça do dia 21 de março de 2023.
Conforme apurado pela reportagem, Lindalva foi morta com um tiro no pescoço. Após cometer o assassinato, o policial militar enrolou o corpo da mulher em uma lona e o levou até o Ramal Maravilha, à margem esquerda do Rio Madeira, e o jogou da ribanceira. O PM ficou olhando até que o corpo desaparecesse nas águas barrentas do rio.
A defesa de Gilmar alegou que o disparo que atingiu o pescoço da vítima, a levando ao óbito, foi acidental.
Consta na pronúncia que o réu, para não ser descoberto, teria dito às suas filhas e demais pessoas que a vítima “teria saído na noite anterior (dia do crime) para comprar cerveja e não havia retornado”. Porém, diante dos vestígios de sangue na residência onde o crime ocorreu, as filhas acionaram a polícia, que desvendou o caso.
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“O Conselho de Sentença acolheu integralmente as teses apresentadas pelo MPRO, reconhecendo as qualificadoras de feminicídio, motivo torpe, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e ainda a destruição de cadáver, além do pagamento de multa”, afirmou o Ministério Público do Estado, em notícia.