A Polícia Civil de Colniza, no Mato Grosso (MT) apontou, Melquesedeque R. B. de 20 anos, como o principal suspeito de assassinar à facadas, a rondoniense Robertha Holander, de 21 anos. Ela era natural de Espigão D’Oeste em Rondônia e foi achada morta no dia 27 de dezembro de 2022.
O corpo da jovem foi encontrado em um matagal as margens da rodovia MT-418, distante 5 km da área urbana de Colniza, apresentava duas perfurações profundas nas costas e pescoço, tudo indica que feitos com uma faca.
Sete dias após o crime, a Polícia Civil mato-grossense chegou ao suspeito. Imagens da câmera de segurança da conveniência em que Robertha trabalhava e outras do percurso que a rondoniense fez na noite do crime ajudaram os investigadores.
Numa delas, a vítima foi capitada na garupa da moto com o seu assassino. Para o delegado do caso, Giuliano Bertucini, ambos não usavam capacetes e isso facilitou na identificação. As roupas do assassino e da vítima também eram as mesmas, inclusive, a que Robertha vestia quando deixou a conveniência por volta de (01h50) da madrugada.
A Polícia Civil tenta apurar se a vítima e o suspeito se conheciam, e qual grau de relacionamento nutriam. E ainda, o que motivou o homem a matar tão cruelmente Robertha num crime de feminicídio que chocou a população de dois estados vizinhos. As perguntas estão abertas e precisam de respostas, mas a partir de agora só poderão ser esclarecidas pelos meios tecnológicos, Melquesedeque foi encontrado morto com sinais de enforcamento em Novo Aripuana, Amazonas, distante 1.329 km do local de Colniza, local em que teria assassinado a Robertha Holander. A Polícia Civil não apontou se o enforcamento ocorreu por (automutilação ou se cometido) por alguém. A reportagem entrou em contato com a Delegacia de Colniza, mas não houve retorno.
Giuliano Bertucini, explicou que o acusado após o cometer o crime fugiu em direção ao município amazonense tendo registrado um quarto de hotel, no dia (30) de dezembro, ou seja, quatro dias após ter cometido o assassinato de Roberta. O funcionário do estabelecimento disse que Melquesedeque chegou com as roupas sujas, estava assustado e teria perguntado a localização de um restaurante e da Delegacia.
“O empenho da equipe policial, que não parou de trabalhar um minuto para a resolução do caso, possibilitou apurar as circunstâncias que demonstraram sua fuga do distrito da culpa”, enfatizou Giuliano Bertucini.
Mesmo diante da morte do suspeito, a Polícia Civil trabalha para esclarecer se o assassinato de Roberta Holander contou com a participação de outros envolvidos.