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Até onde agressão e ofensas podem contribuir para captação de votos em Porto velho

Confira as notas do dia, por Cícero Moura.
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SÃO PAULO

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O que acontece na disputa pela Prefeitura de São Paulo é completamente fora da curva e, a meu ver,  não pode ser usado em uma eleição  local. É muito claro que você precisa de personagens caricatos para copiar, digamos assim, a disputa na capital paulista.

Montagem 

SÃO PAULO 2

Vamos a exemplos bem práticos disso quer estou falando. Pablo Marçal é um lacrador de internet, Datena um Salvador da Pátria de história em quadrinhos e Boulos um esquerdista hipócrita.

SÃO PAULO 3

Marçal é o falso moralista que prega moral  com linguagem chula e sempre se coloca na primeira pessoa como exemplo de autossuficiência.

SÃO PAULO 4

Datena se coloca como um eterno defensor dos fracos e oprimidos, apontando exemplos de bandidos escrachados em seu programa de  tv, como referência para uma gestão pública  justa e competente. Ora, nada a ver uma coisa com a outra.

SÃO PAULO 5

Guilherme Boulos é o defensor dos excluídos, dos pobres, dos mais necessitados. Na visão de moralidade dele, quem tem uma vida estável precisas repartir com os menos afortunados, desde, é claro, que não saiam os recursos  do bolso dele.

DEBATE

O debate da SIC TV, realizado no sábado, mostrou uma estratégia parecida com a de São Paulo. Usar a agressão verbal para se impor, ao mesmo tempo em que isso serve de estratégia  para diminuir os demais.

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DEBATE 2

Prezados, não há uma mínima chance do eleitorado porto-velhense ser confundido por essa tática. As personagens em questão – candidatos de São Paulo e candidatos de Porto velho – são de perfil  completamente diferentes.

DEBATE 3

É claro que no calor da disputa cabe explicitar situações do passado desse ou daquele candidato, mas isso pode ser feito com naturalidade, sem necessidade de menosprezo ou arrogância.

DEBATE 4

Euma Tourinho, que não tem absolutamente nada a perder na disputa, foi considerada o destaque negativo do debate,  por conta da opção de “atropelar” quem ela entende  ser obstáculo em seu caminho.

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DEBATE 5

O fato de nunca ter sido política  lhe deixou à vontade para disparar contra os adversários. O problema é que ela não imaginava  que seu maior alvo  na eleição lhe atacaria no primeiro instante de confronto.

DEBATE 6

Mariana Carvalho abriu sua participação no debate chamando Euma de arrogante e agressiva e destacando que ela ainda estaria pensando estar atuando em um tribunal, tratando todos de maneira inferior.

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DEBATE 7

Euma evitou a resposta à indagação e perguntou para Mariana porque ela está sempre sorrindo. A candidata do MDB interrompeu por diversas vezes as respostas da opositora  e questionou ações da gestão Hildon Chaves.

DEBATE 8

Na sequência, Euma perguntou para Samuel Costa. Abriu a fala chamando o candidato de Samuelis, fazendo referência a linguagem neutra defendida pelo candidato da Federação Rede-Psol.

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DEBATE 9

Samuel disse que Euma desconhece completamente a máquina  pública ao dizer que pretende criar um núcleo de combate a corrupção. O candidato destacou que a atribuição de polícia destacada por Euma, é pertinente ao MP e a outros órgãos especializados em  investigação.

 DEBATE 10

O candidato Ricardo Frota se dirigiu a  Euma insinuando que ela é mal educada e afirmou ter sido  mal tratado por ela em um evento. A provocação fez Euma afirmar que Ricardo já atuou no governo municipal do PT e mandou, ainda,  ele explicar  sobre três boletins de ocorrência  registrados na polícia.

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DEBATE 11

Na sequência, Ricardo Frota  obteve direito de resposta e disse que não responde a nenhuma ação penal, se referindo às afirmações feitas por Euma Tourinho.

DEBATE 12

Já Célio Lopes  enfatizou que Euma  recebeu mais de 1 milhão de reais em penduricalhos quando estava na ativa e se aposentou aos 52 anos de idade com salário superior a 50 mil reais mensais.

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DEBATE 13

A candidata do MDB só poupou Benedito Alves de seus ataques. Ela também  não teve confronto de perguntas e respostas com Léo Moraes.

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DEBATE 14

Tirando o destaque das perguntas e respostas “afiadas” de Euma Tourinho, o debate não teve nenhum outro candidato em confronto mais rude com  os demais.

OPINIÃO

Não tenho direito de querer influenciar no voto de ninguém, no entanto o debate da SIC TV não me parece que alterou muito os números relativos à preferência do eleitorado da capital nesse momento de disputa pelo voto.

OPINIÃO 2

Claro que os embates, com certeza, serviram para uma melhor análise dos atuais postulantes ao Prédio do Relógio. Pode, sim, ter ocorrido algum  ganhou pessoal para alguns e perda de preferência para outros.

OPINIÃO 3

Na verdade o que mais me chamou atenção, embora eu nunca tenha duvidado disso, foi a sofomania nestas eleições. Não há um limite para a ignorância, mesmo sabendo que não é difícil  analisar comportamento.

OPINIÃO 4

A  necessidade compulsiva de mostrar sapiência,  mesmo estando muito claro que não há  conhecimento técnico sobre o que se tenta passar, desanda na primeira discussão cara a cara. Desde que uma das partes esteja preparada, é claro.

OPINIÃO 5 

Ficou muito nítido no debate, que pessoas inseguras não toleram demonstrar fragilidade, devido o temor de serem consideradas  ignorantes ou incompetentes.

OPINIÃO 6

Os sofomaníacos não aceitam ser contrariados, mesmo por quem tem expertise em determinado  assunto. Esperemos o próximo round.

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