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ATRASANDO O LADO – Geraldo da Rondônia coloca em risco pagamento a servidores da educação e Saúde Pública

Parlamentar não apresentou justificativa plausível para suspender trâmite dos projetos

O deputado estadual Geraldo da Rondônia (PSC) colocou em risco benefícios para servidores das secretarias de educação e saúde do Estado de Rondônia ao pedir vistas de três projetos importantes que estavam em pauta na sessão desta segunda-feira, 22.

 

O parlamentar, cassado pela justiça por corrupção, não permitiu a votação de propostas enviadas pelo executivo que garantem, dentre outras coisas, pagamento de vencimentos e vantagens fixas a profissionais do ensino médio e fundamental, pagamento de salário família, auxílio alimentação, auxílio transporte e auxílio saúde aos profissionais da Educação Básica.

O segundo projeto da educação que está suspenso a pedido do deputado Geraldo da Rondônia trata da aquisição de imóvel no município de Pimenta Bueno, pagamento de verbas indenizatórias e rescisória de 300 servidores, aquisição de 11.103 kits para robótica, aquisição de material pedagógico com internet (Aprova RO), aquisição de 80 ônibus escolares, 349 notebooks, 503 computadores para laboratórios de informática, 500 telas interativas para escolas, além de pagamento da parcela extra do Proaf regular e repasse financeiro aos Conselhos Escolares Municipais e Prefeituras, além da compra de mobiliário para escolas públicas.

 

Na área da saúde, Geraldo suspendeu a tramitação de projeto que garante a contratação de empresa especializada em transporte aeromédico, radiodiagnóstico – ressonância magnética e tomografia computadorizada, neurologia, anestesiologia, além de contração de plantões médicos, exames clínicos laboratoriais e locação de ambulância. A proposta ainda garante a manutenção de lavanderias dos hospitais, manutenções gerais e atividades administrativas. O deputado estadual Geraldo da Rondônia não apresentou uma justificativa plausível para suspender as tramitações dos projetos e seu posicionamento colocou o Governo do Estado em alerta máximo.

Um interlocutor do executivo, que aceitou falar com a equipe de reportagem na condição de anonimato, relatou que a decisão do deputado pode causar sérios danos administrativos. “O Governo estava contando com essas aprovações para pagar os servidores da educação e manter o andamento das unidades de saúde. Agora com os projetos nas mãos do deputado, ninguém sabe ao certo o que vem por aí. Os servidores da educação e o administrativo da saúde podem ser emperrados por causa dele”, disse o interlocutor do executivo.

Comenta-se nos bastidores da Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO) que a decisão do deputado se deu por motivação política. “Ele está condenado e deve perder o mandato ainda neste ano. Como acredita que não tem nada a perder, está fazendo isso. É só mais uma situação bizarra que ele cria nas últimas semanas, mas desta vez está afetando centenas de servidores e colocando em risco o andamento da saúde de Rondônia”, comentou um servidor da ALE-RO com bom trânsito entre os deputados.

BIZARRICES

Geraldo da Rondônia tem se metido em diversas situações absurdas. Ele obrigou o dono de uma lanchonete a atendê-lo até a madrugada em pleno curso da pandemia. Além disso, foi acusado de agredir uma dançarina, invadiu hospitais, a sede da Energisa e por último foi motivo de vergonha alheia durante uma reunião entre Governo do Estado e bancada federal. Representando oficialmente a ALE-RO, Geraldo da Rondônia “cantou” servidoras do governo em microfone aberto, fez um discurso atabalhoado e teve que ser interrompido por estar visivelmente fora de si, com fala desconexa e sem noção da realidade. Geraldo da Rondônia deve ser afastado definitivamente da ALE-RO ainda neste ano depois de perder o mandato por corrupção.

PEDIDO DE VISTAS

O pedido de vistas é uma ferramenta legislativa que deve ser adotada em caso de dúvidas do parlamentar. Após o pedido, o Projeto de Lei é encaminhado ao gabinete do parlamentar para aprofundamento da matéria. Em alguns casos, deputados se valem desta ferramenta para fazer politicagem e forçar benefícios ou até mesmo atacar o executivo por questões políticas.

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