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CÂMARA FEDERAL – Chrisóstomo surpreende e vota a favor do imposto do streaming

Deputado do PL contrariou a linha do partido e apoiou proposta criticada pela direita

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O deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) surpreendeu na votação do projeto que cria o imposto sobre serviços de streaming no Brasil. Apesar de integrar a base de oposição ao governo federal na Câmara, o parlamentar votou a favor da proposta, alinhando-se a uma pauta que foi amplamente rejeitada por partidos liberais e de direita.

O projeto, que prevê uma cobrança progressiva de 0,1% a 4% sobre a receita bruta anual de plataformas como Netflix, YouTube e Claro TV+, foi aprovado por 325 votos a favor e 94 contrários. A medida é vista por setores conservadores como um aumento de carga tributária que deve ser repassado ao consumidor final.

Enquanto a maioria dos deputados da bancada de Rondônia — Maurício Carvalho, Cristiane Lopes, Thiago Flores, Rafael Fera e Dr. Fernando Máximo — votou contra o imposto, Chrisóstomo se posicionou de forma distinta, acompanhando o também rondoniense Lúcio Mosquini (MDB), que votou a favor.

A decisão gerou comentários nos bastidores de Brasília. Avalia-se que Chrisóstomo, conhecido por seu perfil conservador e disciplinado, pode ter adotado uma postura pragmática, priorizando o argumento de que o tributo busca regulamentar e formalizar o setor digital, em vez de simplesmente aumentar a arrecadação.

Ainda assim, a votação chamou atenção pela contradição política. O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, tem feito forte oposição às medidas econômicas do governo, especialmente aquelas que envolvem novos impostos ou contribuições.

Nos corredores da Câmara, a leitura é de que o voto de Chrisóstomo reflete uma estratégia mais individual do que partidária, possivelmente influenciada por pressões regionais ou setoriais, e não uma mudança de posição em relação ao campo oposicionista.

O episódio reforça que, mesmo dentro de partidos com forte identidade ideológica, as pautas econômicas ainda provocam divisões, especialmente quando envolvem temas complexos como a tributação digital.

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