Um dos casos mais brutais da história política brasileira completou 32 anos neste último domingo (16), o assassinato do senador da república pelo estado de Rondônia, Olavo Pires, metralhado pelas costas em frente à sua empresa na avenida Jorge Teixeira, em Porto Velho.
Além de congressista, Olavo Pires disputava o segundo turno da eleição para o cargo de governador de Rondônia. No momento em que foi fatalmente atacado, Olavo estava cumprindo agenda de campanha em um encontro com professores da rede pública de ensino.
O assassinato de Olavo Pires levou à eleição de 1990 para um rumo totalmente inesperado e apenas uma pessoa foi presa e condenada pela morte de Olavo Pires, Godofredo Passos Ferreira. Ele estava foragido no estado do Rio de Janeiro.
Recheada de mistério sobre o que de fato teria acontecido, a morte de Olavo Pires é um caso encerrado pela Justiça, porém que deixa até hoje uma sensação de impunidade com relação aos mandantes do crime.
Nos anos 90, a eleição do filho de Olavo Pires à uma cadeira na Câmara Federal pelo estado de Rondônia levou a instalação da “CPI da Pistolagem”, que deu início às investigações, porém nada foi solucionado, o filho da Olavo Pires, conhecido como “Olavinho”, não teve outros mandatos e faleceu no ano de 2015 após diversos problemas de saúde.
De acordo com o homem condenado pela morte Olavo Pires, o crime ocorreu por conta de dívidas contraídas pela negociação de veículos. O senador era dono de uma empresa de venda de tratores,
Porém, a CPI da Pistolagem apontou indícios de que o crime poderia ter ocorrido por conta de outros interesses. Políticos ficaram sob suspeita, entre eles os ex-deputados federais Jabes Rabelo e Nobel Moura, o ex-governador Jerônimo Santana, o vice-governador Assis Canuto e o governador de Rondônia Osvaldo Piana (1991-1995).
Mas a CPI não conseguiu chegar a nenhum desfecho à sociedade.