BRIGA DURA
O cenário político de Rondônia começa a ganhar forma para a disputa ao Senado Federal em 2026, e o que se desenha no horizonte é uma batalha intensa.
INTERNAMENTE
Não apenas entre direita e esquerda, mas dentro da própria direita, que parece marchar em direções diferentes, sem comando e sem estratégia comum.
NOMES
A lista de possíveis pré-candidatos revela o tamanho da disputa: Marcos Rogério, Bruno Scheid e Silvia Cristina (PL); Marcos Rocha e Mariana Carvalho (União Brasil); Delegado Camargo (Republicanos).
Marise Castiel
TERRENO
Todos orbitando o campo conservador, cada qual com seu grupo e seu projeto pessoal.
DE OLHO
Do outro lado, nomes experientes e consolidados no centro e centro-esquerda, como Confúcio Moura (MDB), Fátima Cleide (PT) e, talvez,Acir Gurgacz (PDT), observam o cenário com atenção e serenidade.
SURPRESA
A fragmentação do campo da direita pode se transformar no maior trunfo dos adversários.
SURPRESA 2
Com tantos nomes de peso disputando o mesmo eleitorado, o risco é claro.
SURPRESA 3
Divisão de votos e enfraquecimento coletivo, abrindo caminho para o avanço de candidaturas mais equilibradas e unificadas do centro e da esquerda.
CLIOM
CONTRADITÓRIO
Rondônia vive um momento político curioso. Embora o discurso conservador siga forte no Estado, falta coordenação — e sobra vaidade.
INDEFINIÇÃO
O PL, que abriga pelo menos três possíveis nomes, parece incapaz de definir uma linha única.
OUTRO
O União Brasil, por sua vez, testa duas figuras de expressão nacional, Marcos Rocha e Mariana Carvalho, ambos com densidade eleitoral, mas também com resistências internas.
RISCO
Se cada um insistir em seguir sozinho, o resultado será previsível: ninguém vence.
RISCO 2
O eleitorado de direita, fiel, mas fragmentado, corre o risco de assistir a uma derrota construída dentro de casa.
ASTUTO
Enquanto isso, o centro se recompõe com figuras experientes, como Confúcio Moura, que domina o jogo político e conhece o terreno.
REORGANIZACÃO
Já a esquerda se reorganiza, com Fátima Cleide, que mantém presença consolidada e um discurso coerente junto a seu público.
DÚVIDA
O grande erro da direita rondoniense pode ser confundir popularidade com projeto, e bravura com estratégia.
FATO
Eleições majoritárias não se vencem com discursos inflamados, mas com união, cálculo e diálogo.
FATO 2
Sem isso, 2026 pode repetir velhas lições: a de que o excesso de ego derrota o próprio grupo antes mesmo de o eleitor decidir.
FERRAMENTA
APARECEU MAIS UM
Para complicar ainda mais o que já está difícil, a chegada do Cabo Daciolo ao tabuleiro político rondoniense adiciona um ingrediente imprevisível à disputa.
Foto: Reprodução / Redes Sociais
DOIS PONTOS
Conhecido por seu discurso inflamado, perfil messiânico e forte apelo entre os eleitores mais radicais da direita cristã, Daciolo tem potencial para capturar parte desse eleitorado, mas também para fragmentar ainda mais a base conservadora.
POSSIBILIDADE
Com ele, o campo da direita, que já se encontrava pulverizado, corre o risco de se transformar em um verdadeiro mosaico de candidaturas sem convergência.
FACES
No fim das contas, o eleitor rondoniense pode se ver diante de uma direita com muitos rostos, mas sem uma voz unificada.
E quando todos querem liderar, ninguém consegue conduzir.
FERRAMENTA
OPINIÃO
O futuro político de Rondônia pode depender menos de ideologia e mais de humildade.
OPINIÃO 2
A direita tem força — mas precisa, antes de tudo, aprender a caminhar junto.
OPINIÃO 3
Caso contrário, os votos que poderiam garantir uma vitória, acabarão servindo de escada para o retorno do centro e da esquerda ao poder.
Coimbra
FRASE
Quando não podemos mais mudar uma situação, somos desafiados a mudar a nós mesmos.