Uma nova pesquisa realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas — um dos poucos ainda considerados confiáveis no cenário político nacional — trouxe um panorama das intenções de voto em Rondônia para as eleições de 2026. O levantamento ouviu 1.640 eleitores em 35 municípios do estado e revela um cenário ainda indefinido, mas com sinais importantes sobre os nomes mais fortes na disputa pelo Governo e pelo Senado.
Disputa ao Governo: Cassol e Marcos Rogério tecnicamente empatados
Para o Governo do Estado, o levantamento aponta um empate técnico entre dois nomes de peso na política rondoniense: o senador Marcos Rogério, com 27,1% das intenções de voto, e o ex-governador Ivo Cassol, com 26,2%. Na sequência aparecem o atual prefeito de Cacoal, Adailton Fúria (18%), o ex-prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (14,6%), e o vice-governador Sérgio Gonçalves, com 2,6%.
Apesar de estar fora do poder há anos e sem mandato, Cassol ainda demonstra forte influência no eleitorado. Seu nome, inclusive, pode redefinir toda a configuração da disputa caso ele esteja apto a concorrer. Uma das perguntas que surgem com essa possibilidade é: Hildon Chaves e Marcos Rogério estariam dispostos a enfrentar Cassol nas urnas?
Outro ponto de destaque é a ausência dos deputados federais Fernando Máximo e Lúcio Mosquini na pesquisa — ambos tidos como possíveis pré-candidatos e nomes com relevância estadual, o que gera questionamentos sobre a abrangência completa do levantamento.
Já Sérgio Gonçalves, que deve assumir o Governo por seis meses quando o governador Marcos Rocha sair para disputar o Senado, ainda é pouco conhecido como possível cabeça de chapa, mas pode ganhar visibilidade e força à medida que ocupar o cargo.
Corrida pelo Senado: Marcos Rogério e Marcos Rocha lideram
No cenário para o Senado — com duas vagas em disputa —, Marcos Rogério também aparece na dianteira, com 43,8% das intenções de voto. Em seguida, surge o governador Marcos Rocha, com 35,4%. A deputada federal Mariana Carvalho soma 23,2%, seguida por Silvia Cristina (17,4%), Confúcio Moura (15,2%), Fátima Cleide (10%) e Acir Gurgacz (8%).
Mais uma vez, a ausência de Fernando Máximo na lista chama a atenção. Seu nome é tido como um dos mais cotados para a disputa ao Senado, o que poderia alterar significativamente os percentuais se fosse incluído na pesquisa.
Cenário ainda em formação
Com cerca de um ano e cinco meses para as eleições de 2026, o atual cenário representa apenas uma fotografia do momento. A política, especialmente em Rondônia, é dinâmica, e muitas articulações e mudanças podem ocorrer até lá. No entanto, o levantamento do Instituto Paraná apresenta uma base sólida e condizente com o que se comenta nos bastidores da política local.
O que se sabe por ora é que o eleitor rondoniense ainda tem tempo para observar os movimentos dos pré-candidatos, e os próprios nomes em destaque também terão que decidir seus caminhos até o início da corrida eleitoral.