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ELEIÇÕES – Com chance, Mariana Carvalho precisa mostrar perfil de governadora

Para ser a primeira mulher eleita ao governo de Rondônia, Mariana Carvalho precisa mostra vontade de ser governadora.
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Deputada federal recordista de votos em Porto Velho, Mariana Carvalho (PSDB) é um desejo político de grande parte dos eleitores desiludidos com os já conhecidos nomes à postulantes ao cargo de governador do estado de Rondônia. A candidatura de Mariana Carvalho à chefia do executivo estadual remexeria nas estruturas eleitorais do estado, pela primeira vez uma jovem e mulher, entraria na disputa com chances páreas à candidatos que já passaram outras vezes pelo pleito majoritário.

Como representante federal em Brasília, Mariana fez o dever de casa, realizando uma questionável aliança com Eduardo Cunha (PMDB), chegou cadeira de segunda secretária da mesa diretora, foi nomeada para a vice-presidência nacional do PSDB, fez amigos e frequentou baladas de alta classe na capital federal, isso de acordo com a mídia nacional.

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Com parte de seu sucesso eleitoral sendo atribuído ao discurso do “novo”, Mariana Carvalho peca quando o assunto é tomar a inciativa de sua imagem e força política.

O problema da questão está na inércia ao qual Mariana se coloca quando o assunto é querer ou não a cadeira maior do Palácio Getúlio Vargas, mesmo propagando o novo, os passos políticos de Mariana são cuidadosamente estrategiados por uma cúpula de velhos líderes tucanos no estado, encabeçado pelo seu pai, o empresário Aparício Carvalho. Nenhuma decisão legislativa de importância para o mandato de Mariana é tomada sem o crivo dos caciques.

Desse modo, Mariana permite com que seus líderes partidários corram atrás de possíveis alianças, entre eles o clã Cassol e até o presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, Maurão de Carvalho (PMDB), em nenhum momento a jovem deputada se manifesta sobre a sua própria vontade de assumir o cargo de governadora de Rondônia, sua candidatura fica à deriva, aguardando até o último minuto de articulações.

Essa postura vai contrário do que é preciso para assumir um cargo de tamanha relevância política, Mariana precisa mostrar que tem perfil de governadora, caso contrário será engolida na corrida eleitoral, principalmente pela base oposicioniosta que considera Mariana “golpista” por ter participado do grupo liderado por Eduardo Cunha na expurgação de Dilma Rousseff (PT) do Palácio do Planalto.

Se desvencilhar das imagens mais que manchadas de Cunha e Aécio Neves, também será outro problema para Mariana Carvalho, já que até pouco tempo atrás posou para fotos, registrou vídeos entre outras ações que a colocaram lado à lado com dois dos principais acusados de participação em esquema de desvio de dinheiro público e pagamento de propina dentro do Congresso.

Em uma possível campanha, militantes de esquerda e oposicionistas do governo Michel Temer (PMDB) irão cobrar essa postura de Mariana, que será alvo de severas críticas, sendo necessário uma forte estrutura psicológica para não sucumbir ainda no meio da campanha.

Independente das pesquisas de opinião que colocam a tucana na preferencia do eleitorado rondoniense, é preciso que Mariana comece a mostrar sua independência política, deixando de ser uma peça de barganha do seu partido em Rondônia, para isso também terá de desapegar da boa vida de congressista, ao qual ela parece ter se adaptado muito bem. Para ser a primeira mulher eleita ao governo de Rondônia, Mariana Carvalho precisa mostra vontade de ser governadora.

Fonte: JH Notícias

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