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ENTENDA – Auxílio de R$ 6 mil teve participação de todos os deputados e cortaria gastos na ALE/RO

Aprovado pela Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia – ALE/RO no último dia 15 de agosto, a Resolução nº 377, que institui um valor mensal de R$ 6 mil para gastos com despesas dos parlamentares e suas equipes de trabalho durante as diligências no atendimento às comunidades dos 52 municípios de Rondônia ... Leia mais

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Aprovado pela Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia – ALE/RO no último dia 15 de agosto, a Resolução nº 377, que institui um valor mensal de R$ 6 mil para gastos com despesas dos parlamentares e suas equipes de trabalho durante as diligências no atendimento às comunidades dos 52 municípios de Rondônia foi alvo de polêmica na última semana levando os deputados a revogarem a decisão, para acalmar a opinião pública.

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Um fato que ficou evidenciado foi que os parlamentares não esperavam por esse alvoroço, quando aceitaram a proposta. Acontece que o nome do auxílio, intitulado “auxílio alimentação“, serviu como vetor para distorcer a ideia inicial da resolução, que ironicamente era trazer economicidade aos cofres do estado.

Diferente do que foi propagado através de informações irresponsáveis, em sua grande maioria pela rede mundial de computadores, esse auxílio não seria um valor pago ao deputado para que ele realizasse suas refeições pessoais, como o nome do auxílio poderia dar a entender. A resolução visou enxugar os gastos dos parlamentares nas necessárias visitas ao interior, ou  seja, quando um deputado sai em diligência com seu Staff, para verificar obras, serviços, conhecer as demandas, conversar com a comunidade ou realizar qualquer outro tipo de atividade pertinente à seu cargo, os gastos com alimentação, água, material de escritório, entre outros, são ressarcidos pela ALE/RO através da apresentação de notas fiscais.

A resolução revogada, justamente colocaria um ponto final nesse ressarcimento e estipulava o valor fixo de R$ 6 mil por mês para cada deputado empenhar da forma como fosse conveniente, porém sem nenhum acréscimo.

Trazendo um calculo à mente, se em um período de um mês um deputado visitar o número vinte municípios, que não é nem a metade do total de municípios em Rondônia e levar consigo mais três pessoas no suporte do trabalho, como motorista, assessor e auxiliar, seria no mínimo quatro cafés, almoços e jantares, ou seja, doze refeições por dia, estipulando que ele ficasse apenas um dia no local e deixando de fora a alimentação durante a viagem e gastos diversos, seriam 240 refeições por mês, à um preço médio de R$ 25, cada.

Bem diferente do que foi irresponsavelmente propagado, o auxílio não daria aos deputados um beneficio para gozarem de uma alimentação digna de um ermitão, pelo contrário ele estipulava um teto médio, como visto no calculo acima, e poderia registrar economia nos gastos de viagens, além de impedir qualquer lesão ao cofre público com esquemas de notas frias ou coisas do tipo.

Para quem protestou de forma impetuosa contra o auxilio, ficará a dúvida se realmente a coisa certa foi feita, uma vez que sequer deram tempo para compararem os gastos, fato que mostra a clara necessidade de profundidade em muitos discursos de ódio e ironia, que acaba impedindo o debate público sobre importantes temas.

Fonte: JH Notícias

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