Deflagrada na última semana e pegando muitos porto-velhenses de surpresa, a operação Face Oculta, que resultou no afastamento do vereador Thiago Tezzari (PSDB) e de outros seis servidores da Câmara Municipal de Porto Velho, contou com a atuação dos policiais civis da Draco 2, unidade especializada com sede no município de Cacoal.
A distância geográfica entre os investigadores e os alvos pode ter sido uma estratégia para garantir a impessoalidade das apurações, que têm como um dos principais responsáveis o delegado Rondinelli Moreira, um nome jovem da Polícia Civil de Rondônia que vem ganhando destaque em operações de grande repercussão no Estado.
À frente da Draco 2, Rondinelli também comandou a operação “A Última Dose”, que investigou um complexo esquema de desvio e venda ilegal de vacinas do Sistema Único de Saúde (SUS), supostamente praticado por uma clínica privada e servidores públicos.
Com a nova operação em Porto Velho, a Draco 2 busca retomar a credibilidade que havia sido abalada após ações controversas, como a operação “Pau Oco”, até hoje alvo de críticas por parte de investigados — entre eles, o ex-governador Daniel Pereira.