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Falta de seriedade e punições severas facilitam os crimes contra a população de Rondônia

Confira as notas do dia, por Cícero Moura.
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Foto: Getty Images/iStockphoto

 

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FATO

Nos últimos dias não há uma pessoa, sequer, que você encontre na rua, no boteco, no restaurante, no shopping, que não reclame da situação do ar poluído e da fumaça crônica que atormenta todo mundo.

VISIBILIDADE

Essa foto que eu tirei na avenida 7 de setembro esquina com Rafael Vaz e Silva dá uma ideia da poluição do ar. Repare que quase não é possível ver o semáforo da 7 com a Jorge Teixeira, que fica a duas quadras do cruzamento onde a foto foi feita.

Foto: Cícero Moura 

REAL

Visibilidade que compromete o deslocamento no trânsito e ar poluído que afeta a saúde até mesmo dos jovens, que costumam ter imunidade maior ou mais resistente  que a maioria dos adultos.

NEGLIGÊNCIA

Até o poste da esquina sabe que as queimadas são a causa  disso que nossa capital tem vivido atualmente. Impossível conseguir entender o que passa na cabeça dos irresponsáveis que ateiam fogo na vegetação seca  e também acabam sofrendo as consequências.

Foto: Cícero Moura

REPETIÇÃO

O problema das queimadas é crônico, ocorre todo ano na mesma época, e por incrível que pareça não se tem conhecimento de uma única punição exemplar contra quem provoca o problema.

AÇÃO

Os Bombeiros de Rondônia, por mais que se esforcem, não tem conseguido dar conta de tanto foco de incêndio espalhado por todo o Estado. Em Vilhena, por exemplo, os militares sofreram para combater as chamas em uma área do parque São Paulo.

Divulgação

AÇÃO 2

Foi preciso resfriar a área atingida pelo fogo, para que caminhões e equipamentos pudessem ser usados no combate às chamas. As autoridades locais  informaram que o incêndio seria criminoso.

Divulgação

AÇÃO 3

No local os bombeiros constataram , por exemplo,  não haver indícios de fiação caída ou maquinário pesado trabalhando. Outra questão é que o terreno não de terra turfa, um organismo natural que provoca combustão.

AÇÃO 4

Em Guajará-Mirim, às margens do rio Mamoré, fronteira com a Bolívia, os bombeiros tiveram que trabalhar com praticamente visibilidade zero para combater um incêndio que se espalhou rapidamente na vegetação seca.

Divulgação

AÇÃO 4

Os militares fizeram um registro do trabalho. É possível ver que durante o combate ao fogo, os bombeiros não conseguiam ver nitidamente nada que estivesse a mais de 5 metros de distância.

AEROPORTO

O que já é horrível  em Rondônia ficou pior no dia de ontem por conta das queimadas. A intensa  fumaça fez com que um voo da Latam que sairia de Porto Velho com destino a Brasília fosse cancelado.

REMARCADO

Outro voo que deveria pousar em Porto velho foi desviado para Cuiabá. O voo cancelado da Latan  foi remarcado para a madrugada desta  quinta-feira (29).

CONFORMISMO

Os passageiros afetados  tiveram que se conformar e aguardar reagendamento de seus voos. Até o fim da tarde de ontem, a  Latam ainda não havia divulgado nenhuma nota sobre o problema.

PROCEDIMENTO

A administração do Aeroporto Internacional de Porto Velho informou  que, em casos como este, os passageiros devem procurar a companhia aérea para esclarecimentos e instruções.

MEDIDA

Na segunda-feira (26), o governo  decretou estado de emergência devido aos incêndios florestais que devastam a região. Porto Velho, em particular, tem registrado os piores índices de qualidade do ar do país, classificados como perigosos para a saúde.

AMBIENTE

Rondônia tem enfrentado  um período de seca extrema, o que contribui para o aumento dos focos de queimadas. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o número de focos de incêndio registrados entre 1º de janeiro e 26 de agosto de 2024 é o maior dos últimos cinco anos.

DADOS

Houve um aumento absurdo de 144% em relação ao mesmo período de 2023. A previsão é que a situação se agrave ainda mais por conta da seca prolongada, que deve durar até novembro.

MPF

Membros do Ministério Público Federal (MPF), que atuam na Amazônia Legal, se reuniram  para discutir estratégias para atuação no combate aos incêndios florestais. Os procuradores da República avaliaram que há urgência na implementação de medidas preventivas como a articulação integrada entre os órgãos federais, a incrementação da educação ambiental e a exigência dos entes federados do cumprimento de planos de manejo integrado do fogo.

CAUSAS

O uso tradicional do fogo por comunidades tradicionais, o manejo para renovação do pasto, preparação de solo, desmatamento e o avanço da atividade agropecuária, além de causas naturais, foram alguns dos fatores identificados como iniciadores de focos de incêndio.

FEDERAL

O  MPF enviou recomendação à União para solicitar a liberação de verbas para a contratação urgente de mais de 450 brigadistas para o enfrentamento da das queimadas na região amazônica.

Foto: Portal P1

FEDERAL 2

O órgão também requer que sejam disponibilizados três helicópteros equipados e específicos para auxiliar no combate aos incêndios, inclusive mediante requisição administrativa, diante do iminente perigo público, se for necessário.

OPINIÃO

O empenho dos bombeiros em todo o estado e as ações do MPE e MPF são válidas, a questão é que enquanto não houver uma legislação rigorosa e com multa pesada, a situação vai continuar a mesma.

OPINIÃO 2

Só quando os irresponsáveis são atingidos no bolso, costumam começar a praticar medidas preventivas e de conservação. Enquanto a situação ficar só na conversa, vamos continuar respirando fumaça de queimadas.

OPINIÃO 3
Tem uma turma de legisladores que adora “inventar”  Lei inconstitucional. Está aí uma excelente oportunidade para criar, realmente, um dispositivo eficiente e proveitoso para que a população, e os próprios legisladores, não sofram com o ar das queimadas.

Divulgação
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