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OPINIÃO E POLÍTICA – De partido ecológico à extrema direita, Patriota levará Bolsonaro às urnas – Por João Paulo Prudêncio

João Paulo Prudêncio é jornalista, profissional da área de jornalismo eletrônico há dez anos, autor de matérias de grande repercussão e vencedor do Grande Prêmio de Jornalismo do Ministério Público do estado de Rondônia em 2014.
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Meio Ambiente

Identificado pelo numero 51, o Partido Ecológico Nacional – PEN, é legenda política criada sob o proposito de inserir de forma expressiva os debates necessários à cerca do homem e seu meio nas proposituras políticas brasileiras. Uma alternativa para aqueles que acreditam que Meio Ambiente deve ser pauta prioritária em qualquer sociedade que zele por qualidade de vida.

Criador

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O fundador do partido é o deputado federal, Adilson Barroso, que saiu da presidência do Partido Social Cristão, para montar o PEN, que no ano de 2012 conseguiu efetivar seu registro no Tribunal Superior Eleitoral – TSE, tornando-se um partido pronto para disputar qualquer eleição. Filho de uma catadora de latinhas, o criador do PEN se orgulha em afirmar que sua origem o motivou a ter esse pensamento voltado para o respeito às questões ambientais.

Nepotismo 

No ano de 2015, Adilson foi apontado em denuncias por utilizar o PEN na busca de favorecimentos pessoais, já que dos 14 membros da bancada executiva da legenda, 5 eram da sua família. Grande parte dos membros do PEN sentiam-se fora do processo de articulação da legenda, que muitas vezes realizavam suas convenções em eventos na chácara da família do presidente.

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Balcão de Negócios 

Aos poucos o PEN foi se articulando e tornou-se um partido de amplitude nacional, fixado em todos os estados brasileiros, porém com um pequeno problema, em muitos estados o controle do PEN foi negociado por lideranças políticas, deixando o partido nas mãos de quem tivesse mais “bala na agulha”,  rapidamente os ideais originários da legenda se dissiparam e nada mais daquilo proposto em sua base inicial sera verdadeiramente colocado em prática, o PEN se configurava aí com um partido menor utilizado como escada para servir aos interesses das grandes coligações e legendas eleitorais.

Oportunidade

Sempre atento ás oportunidades, o presidente do PEN vislumbrou a grande oportunidade que tinha nas mãos ao ver que um dos mais bem colocados nas pesquisa de intenção de voto para presidente em 2018, Jair Bolsonaro, estava sem partido. Aliás, Bolsonaro permanece sem partido, mesmo sendo apresentado oficialmente pelo partido como presidenciável nos programas eleitorais.

Conflito

Adilson e Bolsonaro juntaram a fome com a vontade de comer, de um lado uma legenda forte e com representatividade nacional, de outro um candidato parrudo nas pesquisas, porém, um pequeno detalhe poderia colocar a candidatura de Bolsonaro pelo PEN em descredito, a pauta política institucional do PEN não coaduna com a de Bolsonaro.

Inimaginável 

Soaria muito estranho um candidato como Bolsonaro, que nega os efeitos do aquecimento global em decorrência da ação humana, que propõe o aumento massivo da exploração dos minérios nacionais, entre outras medidas consideradas retrocesso no que tange a política mundial de preservação ambiental, estampar uma legenda que defende justamente essa causa.

Mudança

A partir desse ponto o PEN passaria a sofrer seu processo de desconfiguração, a bandeira verde e meio ambiente ficaria sufocado em meio a ao nacionalismo exacerbado, tudo em um processo de molde da legenda ao perfil de Bolsonaro, um partido de encomenda. Seus principios mudariam severamente, agora a defesa da soberania acima de qualquer coisa, inclusive o Meio Ambiente, seria a pauta do PEN.

Patriota

Mas o problema é que a palavra ecologia é o nome que identifica o partido, para resolver esse problema veio a mudança, agora o PEN chama-se Patriota, um partido de extrema direita que levará Bolsonaro à corrida de presidente do país, em 2018. Em seu último programa, o Patriota já deixou bem claro que Bolsonaro será o candidato do partido, em todo o país, os seguidores de Bolsonaro se articulam e o partido virá com muitos candidatos ao Congresso. Agora é esperar para ver.

A coluna

João Paulo Prudêncio é jornalista, profissional da área de jornalismo eletrônico há dez anos, autor de matérias de grande repercussão e vencedor do Grande Prêmio de Jornalismo do Ministério Público do estado de Rondônia em 2014. Informações e sugestões de pauta através dos telefones (69) 99230-0591 ou (68) 99217-1709 ou no e-mail joaoprudencio65@gmail.com

Fonte: JH Notícias

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