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OPINIÃO E POLÍTICA – Hermínio saboreia “prato frio” que pode azedar ida de Confúcio ao Senado – Por João Paulo Prudêncio

João Paulo Prudêncio é jornalista e editor de política do jornal eletrônico JH Notícias e atua no jornalismo eletrônico há mais de dez anos. Informações e contato com a coluna através dos telefones: (69) 99230-0591 (Watssap) e (68) 99217-1709.

Por

Rivalidade

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Por muitas vezes parecido com o futebol, a política também apresenta seus “clássicos”, em Rondônia a situação não é diferente. Nos últimos anos, a briga entre o governador Confúcio Moura (PMDB) e o deputado estadual Hermínio Coelho (PSD) rendeu muito pano pra manga, acusações de ambos os lados e até prisões.

A briga

No período em que foi presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, Hermínio não deu vida fácil para Confúcio, fiscalizou e cobrou as ações do executivo estadual de forma implacável, por muitas vezes tirou o sono do governador e lotou o balcão do Ministério Público Estadual com denuncias envolvendo Confúcio e seus comandados.

Aliás

Esse sempre foi o perfil de Hermínio Coelho, que na época em que foi vereador assumiu um papel de firmeza perante às cobranças ao então prefeito de Porto Velho e correligionário, Roberto Sobrinho, fato que culminou com a saída de Hermínio do Partido dos Trabalhadores e o colocou em uma condição de estrelato na política local, com chances de ter sido prefeito no ano de 2012.

Porém

No auge de sua popularidade Hermínio decidiu ficar na presidência da ALE/RO, onde fez mais barulho sobre possíveis desmandos na gestão do atual governador de Rondônia. Entre as acusações feitas por Coelho, estavam indícios de que Confúcio coordenava um complexo esquema de propinas envolvendo servidores, políticos e empresários.

O troco 

A resposta de Confúcio Moura foi cruel, autorizou a Polícia Civil do estado á deflagrar uma operação denominada “Apocalipse” e com o apoio do MP/RO, conseguiu associar o nome de Hermínio à um cartel de supostos estelionatários e traficantes que haviam tomado de conta os gabinetes da Câmara de Vereadores e Assembleia Legislativa. A casa de Hermínio foi invadida por policiais civis e o nome de sua família exposto. De férias na época, Coelho retornou para Porto Velho e chorando afirmou que tudo não se tratava de um golpe do governador para enterrar as denuncias contra ele.

Apocalipse 

A operação findou sem nenhuma prova confirmada contra Hermínio ou seus familiares, aliás, durante a prisão de um dos envolvidos, o governador Confúcio Moura foi acusado de ser o líder da quadrilha que usava dinheiro sujo para financiar campanhas em todo o estado. Preso em julho de 2013, o acusado de tráfico conhecido como “Fernando da Gata” afirmou em frente à um batalhão de repórteres que o governador era o chefe da quadrilha.

Desiludido

Após esses fatos Hermínio Coelho não foi mais o mesmo, seu perfil combatente ficou mais acuado, é claro que as articulações de Confúcio e sua vitória ao segundo mandato contribuiriam para que a briga desse uma amenizada. O deputado se dedicou à sua base de atuação após sair da presidência da ALE/RO e Confúcio nadou de braçadas rumo ao Senado.

Só que não

Mas, de forma inesperada Hermínio Coelho vem e joga uma bomba no colo de Confúcio, logo no começo do ano eleitoral que poderá levar Confúcio ao Congresso, o deputado denunciou um suposto esquema de corrupção que poderá levar Confúcio à um severo processo de investigação que caso comprovado poderá culminar em condenação e possivelmente cadeia.

A denuncia

Hermínio Coelho mostrou que o governo de Rondônia teria pago aproximadamente R$ 30 milhões para uma construtora que já havia terminado e recebido pela obra da ponte que corta a BR-364 na cidade de Jí-Paraná. Trocando em miúdos, a denuncia mostra que o governador pode ter aplicado um golpe nas contas do estado.

Prato frio

Como diz o ditado popular, a vigança é um prato que se come frio, e é dentro desse contexto que Hermínio está saboreando sua denuncia. A época do ano não foi escolhida à toa, Coelho sabe que caso a pressão popular aumente, o governador rondoniense possivelmente enfrentará uma campanha ao senado respondendo à uma CPI na ALE/RO e sob a acusação de um roubo milionário.

Falta pouco

Nos corredores da ALE/RO cinco assinaturas já foram coletadas entre os deputados para a abertura da CPI, é óbvio que o presidente da casa e correligionário do governador, Maurão de Carvalho, que está de olho na corrida ao governo, irá fazer de tudo para impedir a abertura da CPI, mas em ano de campanha, dependendo da pressão popular, não irá segurar o rojão. É aguardar as cenas dos próximos capítulos.

A coluna

João Paulo Prudêncio é jornalista e editor de política do jornal eletrônico JH Notícias e atua no jornalismo eletrônico há mais de dez anos. Informações e contato com a coluna através dos telefones: (69) 99230-0591 (Watssap) e (68) 99217-1709.

Fonte: JH Notícias

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