Decretada pelo Supremo Tribunal Federal – STF na manhã desta sexta-feira (3), a prisão do ativista político William “Homem do Tempo” estampou as manchetes dos jornais locais e nacionais.
Considerado um dos estados mais alinhados com a ideologia de direita e ao perfil do ex-presidente Jair Bolsonaro, Rondônia protagonizou os principais atos de protesto contra o resultado eleitoral de 2022 que elegeu o presidente Lula.
A capital, Porto Velho, foi um dos últimos locais do país a registrar o fim do acampamento em frente ao quartel militar. O local foi religiosamente frequentado e divulgado por William “Homem do Tempo” em suas redes sociais.
Foi também de Rondônia a região onde partiram diversos ônibus levando manifestantes com destino à Brasília. Grande parte da sociedade rondoniense é contrária as prisões determinadas pelo STF após os ataques antidemocráticos de 08 de janeiro.
O fato é que de um candidato frustrado em diversas tentativas de assumir um cargo eleitora, William “Homem do Tempo” pode ser considerado um “mártir da causa” em Rondônia, condição que ampliará sua visibilidade política à um grau inimaginável por ele quando partiu para Brasília.
Nas transmissões ao vivo de William “Homem do Tempo” em que ele mostrava o ataque a sede dos Três Poderes, é possível observar que diretamente ele não promoveu nenhum tipo de dano físico ao local, porém, algumas falas dele enquanto registrava toda a movimentação podem ter sido uma das motivações para o pedido de sua prisão.
Em sua defesa William “Homem do Tempo” afirmou que registrou os fatos em um contexto jornalístico, já que ele exerce a profissão há vários anos e possui devido registro federal de jornalista, assim como filiação sindicalista da categoria.
Ele foi levado para prestar depoimento e logo em seguida vai para uma unidade prisional aguardar o desenrolar dos fatos.
Gosto dele como pessoa e profissional, porém, ele fez cagada, agora pague. Simples assim.