Cotado para disputar a cadeira de governador do estado de Rondônia, o senador do DEM, Marcos Rogério, pode acabar deixando em seu lugar um nome nada conhecido da população rondoniense em seu lugar caso saia vitorioso desse possível pleito.
Trata-se do primeiro suplente de Rogério, o advogado Samuel Pereira de Araújo, conhecido como o “Rei dos Precatórios”. Maior doador de campanha de Marcos Rogério em sua eleição ao senado, Samuel investiu R$ 855 mil.
Dono de uma empresa de factoring, o advogado que tem um patrimônio declarado de mais de R$ 50 milhões é especialista em comprar precatórios por valor abaixo do preço e conseguir recebe-los ganhando altos lucros.
Um fato polêmico envolve o nome do advogado que pode virar senador de Rondônia, ele responde à uma representação feita pelo promotor Geraldo Henrique Guimarães no Conselho Nacional de Justiça – CNJ de supostamente ter ameaçado de morte o ex-presidente do Tribunal de Justiça de Rondônia – TJ/RO, Walter Waltenberg.
Uma gravação dava embasamento à essa denúncia, porém Walter Waltenberg, que faleceu de COVID-19, afirmou na época que a suposta ameaça não havia passado de uma brincadeira de amigos.
De acordo com a representação no CNJ essa ameaça havia sido realizada justamente por conta de uma ação judicial envolvendo precatórios.
A prática de senadores colocarem como primeiro suplente seus maiores financiadores de campanha é comum na política brasileira, além de Marcos Rogério, um exemplo também vem do senador Confúcio Moura (MDB), que atualmente deixou a vaga nas mãos de sua primeira suplente e maior financiadora de campanha, a empresária Maria Eliza.
Defensor de pautas consideradas “moralistas” no Senado, Marcos Rogério rotineiramente aparece ligado à situação nada republicanas ou morais, como por exemplo a recente deflagração de uma operação da Polícia Federal – PF, que colocou um assessor dele entre os envolvidos em um esquema de tráfico de cocaína.