MOVIMENTAÇÃO
Na quinta-feira ( 11 ), a comunidade acadêmica da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), foi surpreendida por uma movimentação diferente no espaço da Universidade. O local foi ocupado por montagem de réplicas jurássicas e toda uma logística que causou estranheza.
SILÊNCIO
A comunidade acadêmica não entendeu o que seria, e ao questionar a reitoria por canais oficiais e extraoficiais, Prefeitura do Campus, ASCOM e outros integrantes da Administração Superior, não teria tido resposta.
ESTRUTURA
Durante todo dia o silêncio permaneceu, enquanto que os espaços de ensino, pesquisa e extensão foram sendo ocupados com barracas sendo montadas em salas de aula, chuveiros e cozinhas sendo instalados e até um “parque de dinossauros”.
ESTRANHO
A comunidade até pensou ser um evento acadêmico embora, no caso dos dinossauros, havia dúvidas pois a Unir não tem curso de paleontologia.
SUSPRESA
No desenrolar da ação, a dúvida foi esclarecida quando surgiram grupos uniformizados, semelhantes a guardas florestais. Eram escoteiros de uma denominação religiosa.
SURPRESA 2
Por conta própria, a comunidade escolar descobriu que houve solicitação da igreja Adventista do Sétimo Dia (Ofício n 009/2024-ANRACAV) para a utilização do espaço físico da UNIR nos dias 11,12 e 13 de outubro, para um evento denominado “Aventuri”.
TEM MAIS
Na solicitação, a igreja ainda pediu, entre outros espaços, a utilização do Restaurante Universitário (RU). Através do Ofício nº 193 (1783931), a reitora Marília Pimentel autorizou o evento, cedendo o campus à Igreja Adventista.
EXPLICAÇÃO
A reitora teria justificado destacando que eventos como o autorizado são importantes para enriquecer a experiência educacional dos jovens, proporcionando oportunidades de aprendizado, troca de conhecimento e desenvolvimento.
NOMEAÇÃO
A reitora também teria nomeado o Vice-reitor Denny William de Oliveira Mesquita para coordenar e acompanhar o evento, sendo que o mesmo é membro do “Clube de Aventureiros”.
REPÚDIO
A diretoria da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Rondônia (ADUNIR), condenou a ação, pontuando que é ilegal a universidade realizar eventos religiosos no campus. Além disso, teria havido desrespeito aos núcleos e departamentos, avisados de última hora sobre a atividade.
REALIDADE
A Associação denuncia que a Reitoria não atende demandas voltadas às péssimas condições vividas pela comunidade universitária, com salas sem ar-condicionado ou sem manutenção, infestação de animais peçonhentos, falta de água e nuvens de mosquitos.
“AGRADO”
No entanto, estaria existindo boa vontade para atender a demanda externa, de uma entidade religiosa que seria negacionista da ciência, e que com o evento deixaria ainda pior as instalação da instituição de ensino.
PONTUAL
A Associação destacou que os estudantes do período noturno, no dia 11 de outubro, tiveram seus banheiros e salas de aula tomados pela multidão de evangélicos, num cenário em que se misturavam bandeiras verde-amarelas e dinossauros (alusivos à semana do criacionismo da referida igreja).
LEGALIDADE
O DCE/UNIR, em nota, manifestou seu repúdio contra a ação considerada irresponsável da reitoria. Diz a nota que o Art. 19, inciso I da Constituição Federal estabelece que é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, estabelecer cultos religiosos, subvencioná-los, manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança.
REINCIDÊNCIA
A nota destaca que o caso não é isolado. Em outro Ofício Circular emitido pela Unir, a entidade religiosa já teria produzido um Podcast nos estúdios da universidade.
MANIFESTAÇÃO
A Associação diz que defende um Estado laico, a liberdade de crer ou não crer e de manifestação de diferentes religiosidades, mas nos templos, igrejas e outros espaços culturais. A universidade pública é laica, e cedê-la para atividades religiosas, fere sua natureza histórica e científica.
OUTRO LADO
A Universidade Federal de Rondônia ainda não divulgou nenhuma nota oficial sobre o evento realizado pela igreja em suas dependências.
DESTRUIÇÃO
Vários temporais em regiões distintas do Estado de Rondônia causaram tumulto e queda de energia neste domingo. A região da Pérola do Mamoré e o Cone Sul foram os lugares mais atingidos por ventanias e chuva forte.
REDE DE ENERGIA
Em Nova Mamoré, galhos de árvores derrubados pela ventania atingiram fios de alta tensão. Uma grande área foi prejudicada e o fornecimento de energia ficou interrompido por mais de duas horas.
NO CHÃO
Em alguns locais a força do vento derrubou postes de concreto e até transformadores de energia foram parar no chão.
MADRUGADA
Mais de 50 equipes da Energisa trabalharam ininterruptamente para restabelecer o sistema. Algumas redes só conseguiram ser restabelecidas durante a madrugada, após horas de serviço, inclusive para retirar galhos presos aos fios.
TELHADO
Em pimenta Bueno, parte do telhado de um galpão voou em direção a rede elétrica e ficou preso entre os fios de alta tensão. Isso provocou curto circuito e consequentemente queda de energia.
SISTEMA NACIONAL
Para complicar ainda mais o que já estava difícil, um problema no Sistema Interligado Nacional (SIN) provocou uma interrupção no fornecimento de energia em algumas regiões de Rondônia no início da noite de ontem.
SISTEMA NACIONAL 2
O problema não teve nenhuma relação com a Energisa. Após autorização do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), a energia foi restabelecida nos locais atingidos pelo problema.