Em análise pelos deputados estaduais, o projeto de aumento do reservatório do lago da usina de Santo Antônio, localizado dentro da cidade de Porto Velho, capital de Rondônia, vem gerando muita polêmica e sendo alvo de protestos. Dentro do governo do estado, existe uma forte movimentação para uma rápida aprovação do projeto, chegando inclusive a tentar passar a proposta em uma sessão extraordinária durante o recesso legislativo.
Contrários à proposta atual estão órgãos como Ministério Público Federal – MPF e Ministério Público Estadual – MPE/RO, que alegam não ser possível o aumento da cota do reservatório pelo fato de que o consórcio responsável pela usina ainda não cumpriu sequer as condicionantes do projeto inicial, não sendo apresentado plano de segurança de barragem, nem referente ao atual reservatório, nem relativo ao aumento da área alagada pela usina hidrelétrica.
Caso o projeto seja aprovado, a expectativa é de que uma área em torno de sete mil campos de futebol seja alagada, sendo composta em partes por áreas de reservas naturais. O perigo é grande, uma vez que a capital rondoniense ainda sente severamente os impactos obra.
Porém, dentro da Assembleia Legislativa de Rondônia, a postura combativa e a forte atuação fiscalizatória do deputado Jesuíno Boabaid (PMN), vem servindo para manter a população informada e segurar o grupo político apressado em aprovar o projeto. Para o deputado é necessário muita negociação e comprometimento do consórcio com a comunidade portovelhense, isso para se começar a debater o tema.
Nesta última semana, o deputado chegou a agir de forma incisiva ao cobrar o presidente da casa que se comprometa com a comunidade e não atropele o estudo do projeto pelos deputados. Dentro do legislativo, ele é um poucos representantes públicos que abertamente se posiciona contrário á aprovação do projeto nesse momento.
“As usinas não cumprem com acordo nenhum, nem mesmo os judiciais e hoje pautar isso com a previsão de que Santo Antônio vai destinar recurso para a prefeitura da capital é uma mentira, a hora que o projeto for a aprovado eles não olham para a cara de ninguém”. disse Jesuíno Boabaid ao presidente da casa.
Enquanto a proposta estiver tramitando o deputado deverá o maior fiscalizados e entusiasta dos debates sobre o tema, sempre levando o ponto de vista da comunidade tradicional da capital rondoniense, já que ela vem sendo a mais afetada com tudo isso.
“É preciso ter respeito pela nossa comunidade, não é possível aprovar um projeto sendo que o anterior o anterior sequer foi cumprido. Espero que dessa vez as coisas possam ser feitas de uma forma diferente, levando em consideração nosso povo, cultura e história, é apenas isso que eu cobro do consórcio Santo Antônio”, falou Jesuíno Boabaid.
O projeto segue em tramitação na Assembleia Legislativa de Rondônia.
Fonte: Assessoria