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Veja respostas de citados em lista de Fachin, relator da Lava Jato no STF

Seguem as defesas dos citados até última atualização desta matéria.
Veja respostas de citados em lista de Fachin, relator da Lava Jato no STF
Foto: Reprodução
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Além dos nomes na lista, outros políticos foram citados nas delações da Odebrecht. Veja abaixo todas as respostas obtidas até o momento:

PLANALTO

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Os diretores da Odebrecht relataram um acordo em que o PMDB teria condicionado a assinatura de um contrato entre a Petrobras e a Odebrecht a um pagamento de propina de US$ 40 milhões. Delator diz que participou de encontro que estavam, entre outras pessoas, Michel Temer, então candidato a vice-presidente.

O presidente Michel Temer diz que jamais tratou de valores com o senhor Márcio Faria. A narrativa divulgada hoje não corresponde aos fatos e está baseada em uma mentira absoluta. Nunca aconteceu encontro em que estivesse presente o ex-presidente da Câmara, Henrique Alves, com tais participantes.

O que realmente ocorreu foi que, em 2010, na cidade de São Paulo, Faria foi levado ao presidente pelo então deputado Eduardo Cunha. A conversa, rápida e superficial, não versou sobre valores ou contratos na Petrobras. E isso já foi esclarecido anteriormente, quando da divulgação dessa suposta reunião.

O presidente contesta de forma categórica qualquer envolvimento de seu nome em negócios escusos. Nunca atuou em defesa de interesses particulares na Petrobras, nem defendeu pagamento de valores indevidos a terceiros.

MINISTROS

Eliseu Padilha (PMDB-RS), ministro da Casa Civil
A defesa do ministro-chefe da Casa Civil, representada pelo criminalista Daniel Gerber, afirma que todo e qualquer conteúdo de investigações será debatido exclusivamente dentro dos autos.

Gilberto Kassab (PSD), ministro da Ciência e Tecnologia
O ministro reafirma sua confiança na Justiça e ressalta que é necessário ter cautela com as informações prestadas por colaboradores, que não são provas e devem ser analisadas com isenção. As doações para suas campanhas foram realizadas em acordo com a legislação. Todas as decisões tomadas nos cargos que ocupou foram técnicas e pautadas pelo interesse público.
O ministro da Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab, disse que é preciso cautela com os depoimentos de delatores, que não são provas, e que suas campanhas eleitorais foram feitas dentro da lei.

Wellington Moreira Franco (PMDB), ministro da Secretaria-Geral da Presidência
A assessoria do ministro informa que ele não vai comentar o assunto.

Bruno de Araújo (PSDB-PE), ministro das Cidades
“De acordo com a legislação eleitoral, solicitei doações para diversas empresas, inclusive a Odebrecht, como já foi anteriormente noticiado. O sistema democrático vigente estabelecia a participação de instituições privadas por meio de doações. Mantive uma relação institucional com todas essas empresas. Em todo o meu mandato, sempre atuei em prol de interesses coletivos. Atuei de acordo com a minha consciência.”

Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), ministro das Relações Exteriores
O ministro das Relações Exteriores diz que as acusações são mentirosas, mas que só vai comentar o tema após ter acesso ao pedido de inquérito.

Marcos Antônio Pereira (PRB), ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços
“O ministro está à disposição da Justiça para prestar todos os esclarecimentos necessários, muito embora não tenha sido notificado oficialmente nem tenha conhecimento de nada daquilo que é acusado. Marcos Pereira agiu sempre dentro da lei enquanto presidente de partido, buscando doações empresariais respeitando as regras eleitorais, e esclarecerá não ter qualquer envolvimento com atitudes ilícitas”.

Blairo Borges Maggi (PP), ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
“Lamento que meu nome tenha sido incluído numa lista de pessoas citadas em delações da Construtora Odebrecht, sem que eu tivesse qualquer possibilidade de acesso ao conteúdo para me defender. Me causa grande constrangimento ter minha honra e dignidade maculadas, numa situação na qual não sei sequer do que sou acusado. Mesmo assim, gostaria de esclarecer que: 1. Não recebi doações da Odebrecht para minhas campanhas eleitorais; 2. Não tenho ou tive qualquer relação com a empresa ou os seus dirigentes. 3. Tenho minha consciência tranquila de que nada fiz de errado.”

Helder Barbalho (PMDB), ministro da Integração Nacional
“1. Ele nega que tenha cometido ilegalidades; 2. Reafirma que todos os recursos que recebeu como doações para sua campanha em 2014 foram devidamente registradas junto ao TRE-PA, que aprovou todas as suas contas; 3. Esclarece que não tinha e não tem qualquer ingerência sobre a área de saneamento no município de Marabá; 4. destaca sua estranheza com o codinome Cavanhaque, em toda sua trajetória política, Helder Barbalho nunca usou cavanhaque.”

No caso do ministro da Cultura, Roberto Freire, do PPS, não foi aberto inquérito. O pedido foi devolvido ao procurador Rodrigo Janot porque o ministro Edson Fachin acredita que pode ter havido prescrição do crime de falsidade ideológica eleitoral, considerando o tempo decorrido do crime, a pena máxima e a idade do investigado.

MINISTRO DO TCU

Vital do Rêgo Filho (PMDB)
O delator José de Carvalho Filho, ex-funcionário da Odebrecht, afirmou ter feito pagamentos de R$ 350 mil para o ex-deputado e atual ministro do Tribunal de Contas da União. Vital do Rêgo Filho vai ser investigado por corrupção passiva, ativa e lavagem de dinheiro.
Em nota, Vital do Rêgo afirmou que não teve acesso ao conteúdo do pedido de abertura de inquérito, que está à disposição das autoridades e confia que qualquer dúvida a respeito de sua conduta será devidamente esclarecida.

SENADORES

Eunício Oliveira (PMDB-CE), presidente do Senado
O senador Eunício Oliveira jamais participou de negociações sobre emendas legislativas para favorecer empresas públicas ou privadas e nunca autorizou o uso do seu nome em supostas negociações conforme afirma o delator. O Senador confia nas investigações judiciais para esclarecer a verdade.
Em relação a citada MP 613, o senador não participou da comissão que discutiu o texto, não foi relator, não apresentou emendas, como é possível comprovar nos registros das comissões e das votações em plenário.
As contribuições da Odebrecht, como as demais, foram recebidas e contabilizadas de acordo com a legislação eleitoral.

Antônio Anastasia (PSDB-MG), senador
“Em toda sua trajetória, Anastasia nunca tratou de qualquer assunto ilícito com ninguém.”

Romero Jucá Filho (PMDB-RR), senador
“Sempre estive e sempre estarei à disposição da Justiça para prestar qualquer informação. Nas minhas campanhas eleitorais sempre atuei dentro da legislação e tive todas as minhas contas aprovadas.”

Aécio Neves da Cunha (PSDB-MG), senador
A assessoria do PSDB afirma que são totalmente falsas as acusações feitas pelo delator. O senador Aécio Neves não recebeu recursos ilícitos e aguarda a identificação das pretensas contas citadas para desmascarar mais essa mentira.
Apesar de os delatores terem enfatizado que pretensas doações mencionadas ao senador não envolveram nenhum tipo de ato ilícito, contrapartidas, corrupção ou propina, o fato é que elas não ocorreram.
Sobre a citação de Marcelo Odebrecht sobre CEMIG, a assessoria diz que a afirmativa não faz sentido. A empresa Andrade Gutierrez se tornou sócia da CEMIG em agosto de 2010, após comprar a participação do BNDES, do governo federal, na empresa mineira. Nessa época, o senador Aécio Neves não era mais governador de Minas Gerais.
O senador Aécio Neves desconhece a íntegra desta delação não podendo, portanto, se manifestar. Ele reitera que as investigações comprovarão a correção da sua conduta.

Renan Calheiros (PMDB-AL), senador
“Novamente me investigam por “interpretar”, “entender” e “ouvir dizer” que senadores falavam em meu nome. Da mesma forma como já aconteceu com o primeiro inquérito, essas investigações também serão arquivadas por falta de provas e por total inconsistência da denúncia”.

Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), senador
A assessoria do Senador informa que Fernando Bezerra Coelho não participou nem da licitação nem da contratação da obra do Canal do Sertão Alagoano, ambas ocorridas em 2009 – ou seja, dois anos antes de o senador chegar ao Ministério da Integração Nacional (Fernando Bezerra foi ministro da Pasta de janeiro de 2011 a outubro de 2013). Ao assumir o ministério, Fernando Bezerra solicitou a manifestação do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a conformidade do contrato. Com a orientação do TCU, foram feitos ajustes no referido contrato (realizado anteriormente à chegada de Bezerra Coelho ao Ministério da Integração) e a obra foi retomada no final da gestão de Fernando Bezerra, em 2013. A defesa do parlamentar – que não teve acesso aos autos – reforça que todas as contas da campanha de Fernando Bezerra Coelho ao Senado foram devidamente apresentadas e aprovadas pela Justiça Eleitoral.

Paulo Rocha (PT-PA), senador
“Todos os recursos da minha companha de 2014 para o Senado Federal foram repassados pela direção nacional e estadual do Partido dos Trabalhadores e estão todos declarados nas prestações de contas junto ao TRE. A utilização desses recursos, empresas doadoras e doadores individuais, enfatizo, obedeceram estritamente às normas da legislação eleitoral em vigor daquele ano.”

Humberto Costa (PT-PE), senador
Espera a conclusão de inquérito aberto há mais de dois anos pelo STF, e para o qual a Polícia Federal já se manifestou em favor do arquivamento – aguarda ter acesso aos novos documentos para reunir as informações necessárias à sua defesa. O senador, que já abriu mão de todos os seus sigilos, se coloca, como sempre o fez, à disposição das autoridades para todos os esclarecimentos necessários.

Edison Lobão (PMDB-PA), senador
A defesa do senador disse que o que apareceu na lista já tinha sido mostrado em vazamentos anteriores, portanto não há muita novidade. E que agora a defesa vai ter acesso ao inquérito, que será aberto, para poder rebater as acusações em cima de uma defesa técnica que será feita.

Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), senador
“Recebi uma doação da Brasken (do grupo Odebrecht) na campanha de 2014. Essa doação foi devidamente declarada na minha prestação de contas. O meu patrimônio é absolutamente compatível com a minha renda e eu nunca usei de quaisquer dos meus mandatos para enriquecer ilicitamente. Quando prefeito de Campina Grande e governador da Paraíba, jamais tive uma obra pública executada pela Odebrecht. Tem que investigar, sim! Investigar até o fim! E investigar imediatamente!”

Jorge Viana (PT-AC), senador
“A crise política vai se aprofundar, a partir de agora, com risco de paralisia institucional, porque todo o sistema político brasileiro está em xeque. Todas as legendas e expoentes partidários estão citados na lista do ministro Luís Edson Fachin, do STF, o que nos obriga, nesse momento, a nos explicarmos.
Do PMDB ao PSDB, passando pelo meu partido, o PT, mas também o DEM, PSD, PSB, PRB e PP, todos os representados no Congresso estão envolvidos nesta crise. Muitos são acusados de corrupção, outros têm de se explicar sobre suas campanhas.
Sobre o envolvimento do meu nome e do governador Tião Viana, não há nenhuma denúncia de corrupção contra nós, mas questionamentos sobre a arrecadação da campanha em 2010.
Vamos provar na Justiça o que dissemos antes: nossas campanhas foram dentro da lei e feitas com dinheiro limpo. Nada devemos e nada tememos. Confiamos na Justiça”.

Lídice da Mata (PSB-BA), senadora
“Acho muito importante essa autorização do Supremo para a devida abertura dos inquéritos. Espero que agora haja a quebra do sigilo de todo o processo, como já havia solicitado. Tenho a consciência tranquila e a confiança de que tudo será esclarecido. A seriedade da minha vida pública fala por mim. Quem não deve não teme. Espero que as investigações avancem, com transparência e agilidade. Que as responsabilidades sejam devidamente apuradas para que separemos o joio do trigo”.

Ciro Nogueira (PP-PI), senador
A defesa de Ciro Nogueira declarou que o senador já prestou depoimento em dois inquéritos abertos. Ele reconhece que, como presidente do partido, era responsável por fazer os pedidos para a Odebrecht e para outros presidentes de empresas. Ciro Nogueira entende que isso é algo natural e regular e ele procurava as empresas com as quais ele tinha relação. O senador fazia o pedido e depois as tratativas eram feitas com tesoureiros de partidos e secretários de empresas. Ele nega peremptoriamente ter recebido qualquer coisa irregular ou por fora. Ele reconhece que fazia o pedido e entende que é assim que se dá e que se dava, que não havia qualquer irregularidade nisso.

Dalírio José Beber (PSDB-SC), senador
“Recebo com surpresa a inserção do meu nome no rol dos investigados. Não tive, até o presente momento, qualquer acesso ao processo para conhecer o conteúdo do que me é atribuído. Rechaço com veemência toda e qualquer denúncia de prática de ilícitos. Estou indignado, mas absolutamente tranquilo, pois minha consciência em nada me acusa. Digo à sociedade brasileira, em especial, aos catarinenses, que sempre confiaram em mim, que espero que rapidamente a verdade seja restabelecida. Neste momento, coloco-me inteiramente à disposição da Justiça.”

Ivo Cassol (PP- RO), senador
“Não só entendo que é o dever da justiça investigar e fiscalizar os políticos, como é meu dever também lembrar que fui o único parlamentar que denunciou formalmente a isenção fiscal para as usinas do Rio Madeira em 2011.
O prejuízo ao estado foi estimado em R$ 1 bilhão, valores que poderiam ser investidos em melhor qualidade de vida para o povo de Rondônia.
À época dos fatos denunciei essa isenção de impostos à vários órgãos públicos, tais como: Ministério Público, Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas e Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia e mesmo assim essa isenção foi concedida pelo atual governo do Estado de Rondônia em 2011.
Portanto, julgo totalmente injusto e descabido a citação do meu nome. Vejo isso como uma retaliação por ter sido contra a isenção de impostos dado aos consórcios que construíram as usinas de Jirau e Santo Antônio.”

Lindbergh Farias (PT-RJ), senador
“Mais uma vez confiarei que as investigações irão esclarecer os fatos e, assim como das outras vezes, estou convicto que o arquivamento será único desfecho possível para esse processo. Novamente justiça será feita”.

Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), senadora
A senadora esclarece que as doações feitas para suas campanhas foram oficiais, declaradas e posteriormente aprovadas pela Justiça Eleitoral.

Kátia Abreu (PMDB-TO), senadora e seu marido, Moisés Pinto Gomes
“Afirmo categoricamente que, em toda a minha vida pública, nunca participei de corrupção e nunca aceitei participar de qualquer movimento de grupos fora da lei. Estarei à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários de maneira a eliminar qualquer dúvida sobre a nossa conduta. Sigo trabalhando no Senado pelo Brasil e pelo Tocantins. Minha história e minha correção são a base fundamental da minha defesa”.

Fernando Collor de Mello (PTC-AL), senador
“Nego, de forma veemente, haver recebido da Odebrecht qualquer vantagem indevida não contabilizada na campanha eleitoral de 2010.”

José Serra (PSDB-SP), senador
Afirma que não cometeu nenhuma irregularidade e que suas campanhas foram conduzidas pelo partido na forma da lei. Segundo ele, a abertura do inquérito pelo STF servirá como oportunidade de demonstrar essas afirmações e a lisura de sua conduta.

Eduardo Braga (PMDB-AM), senador
O senador aguarda com tranquilidade o resultado das investigações.

Omar Aziz (PSD-AM), senador
“Ninguém tem mais interesse do que eu na conclusão deste inquérito. Não tenho e nunca tive nenhum tipo de relação com a Odebrecht. Essa empresa não teve sequer contratos ou pagamentos recebidos no meu governo. Também não recebi nenhum centavo deles em campanha eleitoral. O jornal ‘O Globo’ já inclusive publicou que, no documento divulgado pelo ministro Fachin, não há qualquer referência de valor em meu nome.”

Valdir Raupp (PMDB-RO), senador
Afirma que recebeu com tranquilidade a sua citação na lista do ministro Fachin, baseada em declarações de delatores que no desespero falam e ninguém pode impedir. Este será o momento que o senador terá para provar que as doações legais destinadas ao partido foram declaradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral.

Ricardo Ferraço (PSDB-ES), senador
“Foi com absoluta perplexidade e indignação que eu recebi a informação de que meu nome está incluído na chamada lista do Fachin. Toda minha campanha foi declarada e como poderão constatar na prestação de contas no TSE, esta empresa não foi doadora. Nunca tratei qualquer assunto com essas pessoas e tampouco autorizei que alguém tratasse. Acionarei esses mentirosos judicialmente para que provem as acusações.”

Gleise Hoffmann (PT), senadora
“A senadora Gleisi Hoffmann não tem informação sobre isso, desconhecendo a que se refere. Ela se pronunciará quando tiver informações oficiais a respeito. Desde já reitera que suas doações de campanha constam das prestações de contas aprovadas pelo TRE”.

A lista de  DEPUTADOS FEDERAIS  tem 39 nomes. 

Rodrigo Maia (DEM-RM), presidente da Câmara
Afirma que todas as doações foram solicitadas dentro da legislação e declaradas à Justiça. O deputado afirma ainda que nunca participou de qualquer tipo de negociação com a Odebrecht para aprovação de medida provisória ou de qualquer outra proposta legislativa na Casa.

Paulinho da Força (SD-SP), deputado federal
“Diante da divulgação dos meios de comunicação sobre meu nome constar na lista do ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), venho a público esclarecer:
A Odebrecht doou R$ 1 milhão para o partido Solidariedade, que foi distribuído para pagamentos de campanhas entre diversos candidatos aos cargos de deputados federal e estadual.
Deste montante, minha campanha ficou com exatos R$ 158.563,00, conforme registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). É importante ressaltar que minhas contas foram aprovadas pelos órgãos eleitorais responsáveis.
Como presidente da Força Sindical, que representa duas mil entidades em todo o Brasil, sempre sou solicitado, por minha liderança e experiência, a ajudar a solucionar conflitos em grandes demandas trabalhistas, como no caso da greve dos portuários ou conflitos na Usina do Rio Madeira”.

Marco Maia (PT-RS), deputado federal
O deputado desconhece o teor das delações mentirosas feitas pelos delatores da Odebrecht. Repudia a divulgação seletiva e vazada de supostos depoimentos.  Reafirma que todas as contribuições para as suas campanhas eleitorais foram realizadas dentro do que prevê a legislação eleitoral e, declaradas ao Tribunal Superior Eleitoral e aprovadas sem nenhuma restrição.
O deputado também já autorizou seu advogado para que adote as providências criminais cabíveis contra aqueles que se valem da delação para, imputando falsidades a terceiros, obterem benefícios para si, escapando de suas verdadeiras responsabilidades.

Carlos Zarattini (PT-SP), deputado federal
“Não tive acesso ao conteúdo das supostas delações envolvendo meu nome. Todas as minhas doações de campanha foram legais e declaradas nos órgãos competentes e aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral”.

João Carlos Bacelar (PR-BA), deputado federal
O deputado diz que as acusações não são verdadeiras e que ele confia no poder Judiciário.

Milton Monti (PR-SP), deputado federal
Gostaria de esclarecer que, apesar de não ter conhecimento neste momento do teor das citações, referentes ao meu nome, nas delações da Odebrecht, reafirmo que agi sempre de acordo com a lei. O deputado informa ainda que sempre agiu de acordo com a lei e que todas as doações das campanhas eleitorais foram feitas legalmente. “É bom que se apure porque assim a inocência dele será comprovada.”

José Carlos Aleluia (DEM-BA), deputado federal
“O ministro Fachin autorizou investigar todos, sem distinção, e fez bem. Todo homem público tem que estar ponto para ser investigado. Estou tanquilo e convicto de que esse procedimento vai ser arquivado. Todas as doações de campanha que recebi foram legais e estão declaradas.”

Daniel Almeida (PCdoB-BA), deputado federal
“Sobre as notícias citando o meu nome em possível investigação no STF, não tenho nada a temer. Os baianos e os brasileiros conhecem minha trajetória de mais de 30 anos de atividade pública. Se algum inquérito for aberto, tenho total convicção que o destino será o arquivamento.”

Mário Negromonte Jr. (PP-BA), deputado federal
Por telefone, o deputado Mário Negromonte Júnior disse que só irá comentar após ter conhecimento da íntegra da denúncia. “Eu ainda não estive com meu advogado. Assim que tiver uma posição, eu divulgo uma nota. Primeiro, preciso saber o que é.”

Nelson Pellegrino (PT-BA), deputado federal
“Estou tranquilo. Meu advogado vai requerer o conteúdo ao STF e, após o conhecimento dos termos, me manifestarei.”

Jutahy Júnior (PSDB-BA), deputado federal
“Estou absolutamente convencido que esse procedimento será arquivado porque, simplesmente, não tenho nada a ver com a Lava Jato”.

Maria do Rosário (PT-RS), deputada federal
“A medida é uma mera autorização do STF para apuração dos fatos sobre as delações da Odebrecht. No entanto a mera citação de meu nome me deixa indignada. Não me calarei frente a este episódio e não me afastarei um milímetro sequer das causas em que acredito e que o nosso trabalho representa. Vou disponibilizar meus sigilos fiscal, bancário e telefônico ao STF, tamanha é minha tranquilidade. Meu nome e minha vida não estão à disposição para serem enxovalhados por ninguém em nenhum lugar.”

Ônix Lorenzoni (DEM-RS), deputado federal
O deputado diz que está surpreso e indignado por ter sido citado. Que não tem nada a temer e que o advogado dele já está buscando acesso ao conteúdo.

Vicente Paulo da Silva (PT-SP), deputado federal
O deputado Vicentinho declarou que se surpreendeu com a notícia, negou as acusações e que irá provar a sua inocência.

Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), deputado federal
“Em relação ao pedido de abertura de inquérito referente à delação da Odebrecht informo que não há nenhuma acusação contra minha pessoa, mas apenas a alegação de suposta irregularidade na prestação de contas da minha campanha eleitoral de 2010. Reitero que todas as doações de campanha que recebi estão de acordo com a lei e devidamente declaradas e aprovadas pelo TRE-BA”

Yeda Crusius (PSDB-RS), deputada federal
“A todos os que buscam minha manifestação: o ministro Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, ofereceu hoje listas de centenas de pessoas indicadas pelo PGR Rodrigo Janot para abertura de inquérito. Numa delas consta meu nome. Transparência é fundamental, e aguardamos ainda o levantamento do sigilo das delações que embasaram a decisão do Procurador Janot e do Ministro Fachin. Embora desconhecendo ainda as razões que o levaram a elaborar estas listas, considero fundamental tanto a Lava Jato quanto o trabalho do Supremo para que os inquéritos hoje autorizados sejam feitos e concluídos com a celeridade requerida por mim e por toda a população brasileira, separando o joio do trigo e promovendo a Justiça de que tanto o país precisa. Caso contrário cria-se a imagem de que todos os políticos são iguais. E não somos.”

Paulo Henrique Lustosa (PP-CE), deputado federal
O deputado diz que acreditou ter recebido doação de campanha para o partido e não de Caixa 2, como citado na delação Odebrecht.

José Reinaldo (PSB-MA), deputado federal
O Deputado Federal José Reinaldo (PSB-MA) não foi referido por nenhum dos muitos delatores – “colaboradores”, como dito no despacho do Ministro Edson Fachin – da Odebrecht, que apenas se referiram à suposta conduta de um auxiliar seu, quando exerceu o cargo de Governador do Maranhão, mandato encerrado em 31.12.2006. Mesmo sem essa menção, o Ministério Público Federal, segundo a decisão do eminente Ministro Edson Fachin, resolveu requisitar a apuração, por ser “possível a conivência do então mandatário do Executivo, circunstância que demanda apuração aprofundada”. Como registrou também o Ministro FACHIN, “apresentado o pedido de instauração de inquérito pelo Procurador Geral da República, incumbe ao Relator deferi-lo (…) não lhe competindo qualquer aprofundamento sobre o mérito das suspeitas indicadas”.
Embora surpreso com a inclusão de seu nome entre os investigados, o Deputado José Reinaldo mantém-se absolutamente tranquilo, confiante na Justiça brasileira, e manifesta sua absoluta convicção que a apuração demonstrará sua inocência.

João Paulo Papa (PSDB-SP), deputado federal
“Assim que tomar conhecimento do processo, poderei me manifestar. Em 30 anos de vida pública e três eleições, tive todas as prestações de contas aprovadas pela Justiça Eleitoral.”

Vander Loubet (PT-MS), deputado federal
Informa que vai aguardar a manifestação oficial do Supremo Tribunal Federal (STF) para se pronunciar acerca da informação de abertura de inquérito […]. O parlamentar reforça que todas as contribuições recebidas em campanha eleitoral foram devidamente oficializadas em prestações de contas aprovadas pela Justiça Eleitoral.

Rodrigo Garcia (DEM-SP), deputado federal
“Jamais recebi doação não contabilizada em minhas campanhas eleitorais. Sou o maior interessado para que esse assunto seja esclarecido o mais breve possível”.

Cacá Leão (PP-BA), deputado federal
“A divulgação ainda não é oficial e o STF nem referendou nem desmentiu a informação. Então, em primeiro lugar, é preciso esperar o STF se pronunciar. De qualquer maneira, recebi com surpresa, mas também tenho toda a tranquilidade do mundo de que todos os recursos q recebi na campanha de 2014 estão em minha prestação oficial de contas, que foi aprovada pelo Tribunal de Contas. Apoio as investigações e não tenho medo nenhum do processo”.

Celso Russomano (PRB-SP), deputado federal
“Tomei ciência da notícia de que estou sendo alvo da abertura de um inquérito, pois dois delatores afirmam terem doado R$ 50 mil para minha campanha de deputado federal em 2010 e não ter sido contabilizada na prestação de contas. Eles falseiam com a verdade, pois não fui candidato a deputado federal e sim ao governo do estado, portanto esta informação é falsa. Na minha campanha de 2010, havia pessoas responsáveis pelo financeiro da campanha, e se alguém recebeu os R$ 50 mil não contabilizados, quero saber quem foi, pois será responsabilizado civil e criminalmente. Os delatores têm a obrigação de informar para quem foi entregue o suposto valor. Coloco imediatamente à disposição de qualquer pessoa ou jornalista meus sigilos bancário, fiscal e telefônico desde 1995, quando iniciei minha vida política. Em absolutamente nenhuma das minhas campanhas, tanto para deputado federal quanto para o Executivo, recebi doação em meu nome, como pessoa física, de qualquer empresa ligada ao grupo Odebrecht. E todas as doações feitas ao meu partido estão devidamente registradas na prestação de contas à Justiça Eleitoral. Tenho minha consciência tranquila. Minha honra e minha trajetória integra e transparente na vida pública ao longo de mais de 20 anos falam por mim.”

Dimas Fabiano Toledo (PP-MG), deputado federal
Reafirma novamente que jamais solicitou ou recebeu, ainda que por interposta pessoa, recursos do Grupo Odebrecht ou de seus executivos.

Pedro Paulo (PMDB-RJ), deputado federal
Por telefone negou ter recebido doações da Odebrecht e afirmou que nunca teve relação com nenhum dos delatores. Pedro Paulo disse ainda que os executivos da empreiteira precisam provar quando e quem recebeu dinheiro, indevidamente, no nome dele, porque ele mesmo não teria conhecimento de quantia alguma.

Lúcio Vieira Lima (PDMB-BA), deputado federal
O deputado não se manifestou.

Daniel Vilela (PMDB-GO), deputado federal
Uma nota conjunta foi divulgada pelo ex-prefeito Maguito Vilela e pelo deputado Daniel Vilela (PMDB): “As campanhas de Maguito Vilela, em 2012, e de Daniel Vilela, em 2014, foram feitas inteiramente com recursos contabilizados conforme determina o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e aprovadas pela referida Corte. As prestações de contas estão disponíveis no site do TSE. Maguito e Daniel afirmam que nunca estiveram, nunca falaram, e sequer conhecem os delatores. Ambos refutam qualquer acusação. Informam ainda que não foram notificados das investigações do STF e que estão tranquilos e convictos de que a ação será arquivada, porque não tem qualquer lastro na realidade”

Alfredo Nascimento (PR-AM), deputado federal
“É com surpresa que vejo no noticiário meu nome entre os investigados na operação Lava Jato. Não tenho e não tive qualquer relação com executivos, empresas, e estatais envolvidos. Não fui notificado e soube da inclusão do meu nome pela imprensa. Estou absolutamente tranquilo porque nada fiz de errado e isso será provado”.

Zeca Dirceu (PT-SP), deputado federal
O deputado reitera que não há e nunca houve qualquer tipo de tratativa do parlamentar junto às diretorias da Petrobras e/ou às empresas investigadas na Lava Jato. “Apesar das inúmeras investigações em andamento há vários anos, não existe sequer uma única ligação, e-mail, contato, agenda de reunião, testemunho, delação ou coisa parecida em relação a qualquer atitude do parlamentar que o ligue ao assunto Petrobras / Lava Jato ou a qualquer tipo de ilegalidade. É importante destacar que nunca houve qualquer pedido do parlamentar a envolvidos na Lava Jato, fato já testemunhado por vários outros delatores e agora comprovado pelo próprio delator Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis. Todas as doações recebidas nas campanhas de 2010 e de 2014 foram legais, declaradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral sem ressalvas. Os nomes dos doadores são de conhecimento público desde 2010, divulgados constantemente pelos órgãos de imprensa. O deputado reforça sua confiança no Supremo Tribunal Federal e no trabalho de investigação da Polícia Federal.”

Betinho Gomes (PSDB-PE), deputado federal
O deputado federal Betinho Gomes se mostra tranquilo em relação à notícia divulgada pelo jornal Estado de São Paulo, relatando a aparição do seu nome entre os parlamentares que o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), teria determinado a abertura de inquérito no STF. O parlamentar reafirma não ter cometido irregularidades e destaca que pedirá acesso às informações desse possível inquérito com o objetivo saber do que realmente está sendo acusado. O deputado é o maior interessado nesta apuração e quer ter acesso ao teor das denúncias para poder se defender. O tucano, no entanto, reitera ter a consciência tranquila, com a responsabilidade de quem sabe que não haverá nada que tenha feito que seja ilegal. O deputado reafirma seu compromisso e apoio à Operação Lava Jato.

Zeca do PT (PT-MS), deputado federal
O deputado ficou surpreso com a citação do seu nome na suposta lista. O deputado afirma que nunca recebeu doação de empresa citada e que nunca teve relação alguma, pessoal ou política, com o grupo Odebrecht. Tomei conhecimento agora há pouco do inteiro teor da denúncia contra minha pessoa acatada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Diz a denúncia, que o delator do Grupo Odebrecht se refere a um pagamento de R$ 400 mil para minha campanha a Governador em 2006. Em seguida diz o mesmo delator, que tendo ocorrido minha desistência da candidatura naquela eleição, o referido valor foi repassado ao Senador Delcídio, candidato do PT ao governo, com o qual mantinha detalhadas reuniões, segundo o mesmo delator. Ocorre ai um erro enorme. Fui eleito governador em 1998 e reeleito em 2002. Portanto em 2006 estava impedido de ser candidato a governador e não disputei nenhum cargo naquela eleição. Apoiei o nosso candidato, mas não tive nenhuma outra responsabilidade, seja de captação, seja de prestação de contas junto a Justiça Eleitoral. Esperando ter esclarecido a opinião pública, peço reparação da injustiça cometida nesta denúncia”.

Vicente Cândido (PT-SP), deputado federal
“Informo que não recebi nenhuma notificação da Justiça até o momento e não tive acesso aos autos do processo. A forma com que a mídia trata os pedidos de abertura de inquérito confere ares de condenação. Vale ressaltar que os acusadores ainda precisarão provar o que disseram. Neste sentido, tenho certeza de minha idoneidade e me coloco à disposição para quaisquer esclarecimentos à Justiça. É preciso deixar claro que este momento político clama por uma reforma política de fôlego, pede por mudanças na maneira em que fazemos política no Brasil. Desta maneira, aproveito o momento para fortalecer este debate. A população brasileira precisa voltar a acreditar e participar da vida política. Ficou ainda mais evidente: a política brasileira precisa sair da UTI”.

Júlio Lopes (PP-RJ), deputado federal
“Surpreso e indignado com o que me foi atribuído por essa organização criminosa de nome Odebrecht e seus bandidos transformados em delatores, Benedito Junior e Marcos Vidigal, reafirmo que NÃO  TIVE qualquer responsabilidade na definição de custos , preços e pagamentos da linha 4.
Todas essas atribuições como é de conhecimento público e várias vezes publicado pela imprensa foi da CASA CIVIL do governo e de seus agentes. APENAS este ano o governador Pezão atribuiu a responsabilidade da Linha 4 à Setrans.
Só o interesse de encobrir os VERDADEIROS RESPONSÁVEIS e a pratica de roubos contra o estado e a  própria companhia podem ter resultado em tamanho conluio e combinação de mentiras e valores.
Essa organização criminosa que durante anos sequestrou o Brasil, sua criatividade e competitividade agora sequestra honras e assassina reputações.
Restabelecerei a verdade processando civil e criminalmente essa quadrilha dando conhecimento público aos fatos AINDA OCULTOS que me tornaram alvo desse ataque”.

Fábio Faria (PSD-RN), deputado federal
Não se manifestou.

Heráclito Fortes (PSB-PI), deputado federal
“O deputado Heráclito Fortes não tem conhecimento dos termos do pedido de abertura de inquérito formulado pelo procurador-geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Não pode, portanto, se manifestar acerca da reportagem do jornal O Estado de São Paulo sem ser leviano e especulativo. Ressalta, entretanto, que as menções a ele até agora conhecidas envolvendo a Odebrecht foram feitas pelo Sr. Cláudio Mello Filho, que afirmou expressamente ter a construtora efetuado doações eleitorais em razão do bom trânsito do deputado no Congresso Nacional, e não como forma indireta de pagamento de propina. O Deputado Heráclito Fortes se manifestará concretamente sobre o pedido formulado pelo procurador-geral tão logo tenha conhecimento de seu inteiro teor.”

Beto Mansur (PRB-SP), deputado federal
“Recebi doações feitas por empresas, dentre elas a Odebrecht, para minha campanha eleitoral. Essas doações foram efetuadas dentro da legislação vigente à época. Todas essas doações constam da minha prestação de contas, aprovada pela Justiça Eleitoral, com o nome da empresa, CNPJ, data e valor. Não há nada de errado e tudo foi feito com transparência e rigorosamente dentro da lei.”

Antônio Brito (PSD-BA), deputado federal
“Antonio Brito declara que recebe a notícia da autorização para apuração dos fatos relativos à eleição de 2010 com total serenidade, uma vez que se trata de procedimento legal, no qual será possível apurar a verdade dos fatos. Destacam, ainda, que doações eleitorais recebidas, relativas a campanha de 2010, foram declaradas e aprovadas nas prestações de contas ao TSE.”

Décio Lima (PT-SC), deputado federal
“Em relação a menção do meu nome nas investigações do Supremo Tribunal Federal, recebo com tranquilidade, uma vez que confio que a verdade prevalecerá e a justiça será feita. Declaro que sou o maior interessado no esclarecimento de toda esta situação. É importante destacar que não sou réu nem investigado em nenhum processo da Lava Jato. A minha vida pública sempre foi pautada pela ética, lisura e transparência e a minha história demonstra a preocupação com a legalidade de todos os meus atos.”

Arlindo Chinaglia (PT-SP), deputado federal
“Frente à divulgação de uma lista em que o nome do deputado de forma surpreendente aparece, e por não saber onde e de que maneira foi citado, o deputado está determinado a buscar, junto ao Supremo Tribunal Federal, todas as informações para que a verdade prevaleça.”

Ana Paula Lima (PT-SC), deputada estadual
“Declaro serenidade e estou à disposição das autoridades competentes para prestar todos os esclarecimentos. Afirmo que não sou ré nem investigada em nenhum processo da Lava Jato. Afirmo que as doações à minha campanha eleitoral foram declaradas e aprovadas pelos órgãos competentes, e que minha conduta pública é regida pelos princípios da ética, moral e legalidade.”

SEM FORO PRIVILEGIADO

O ministro Edson Fachin autorizou também o envio para outras instâncias de mais de 200 petições que tratam de indícios sobre pessoas que não têm foro privilegiado no STF. Entre os citados estão os ex-presidentes Luís Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Fernando Henrique Cardoso.

Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente
É preciso relembrar que, nos processos envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já foram ouvidas 102 pessoas, incluindo os notórios delatores, testemunhas de acusação e de defesa. E nenhum desses depoentes fez qualquer afirmação que pudesse envolver Lula em ato ilícito relativo à Petrobras ou às propriedades que lhe são indevidamente atribuídas, especialmente o apartamento do Guarujá e o sítio de Atibaia.
Nesse contexto, o vazamento de trechos do depoimento de Marcelo Odebrecht ao juízo de Curitiba, ocasião em que teria dito que o ex-presidente recebeu valores em espécie por meio de Branislav Kontic, insere-se no recorrente esforço de manter viva a perseguição contra Lula. Só a permanente prática do Lawfare explica esse novo episódio, após a superação de todas as anteriores suspeitas lançadas contra nosso cliente. O ataque atual, capitaneado por um site que em situações anteriores deixou claro seu inexistente compromisso com a verdade, vale-se de uma declaração atribuída a alguém que está preso há quase dois anos, sem, portanto, a presença do requisito fundamental da voluntariedade das delações.
Registramos ainda, na condição de advogados de Lula, que a afirmação desse delator, se de fato ocorreu como vazado, não foi acompanhada de qualquer elemento de corroboração, sendo, portanto, uma declaração falsa, isolada e sem materialidade. Lula já teve todos os seus sigilos quebrados, no Brasil e no exterior, e nenhum valor ilegal foi encontrado, porque ele não recebeu qualquer valor ilegal.

Delações são versões unilaterais de réus que buscam sair da prisão ou obter benefícios pessoais. Todas as referências contidas nas delações devem ser investigadas com isenção e imparcialidade não apenas em relação ao ex-Presidente Lula, mas também em relação a todos os que foram citados, incluindo a sociedade que a Globo manteve com o Grupo Odebrechet, citada na delação de Emílio Odebrecht. Lula sempre atuou para promover o Brasil no exterior, e não para promover determinadas empresas ou empresários.

Delações não são provas, apenas indícios de provas. Mesmo que tudo que foi relatado seja verdadeiro, não existe nenhum ato ilegal do ex-presidente no relato de Emílio Odebrecht. As informações na imprensa relatam que o empréstimo do Porto de Mariel tem sido pago pelo governo cubano de acordo com o contrato que é com o governo de Cuba, não com a Odebrecht.

Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula
A assessoria do Instituto Lula disse, por telefone, que não vai comentar, porque não tiveram acesso aos autos e não sabem o que motivou a inclusão do nome de Okamotto nessa lista.

Dilma Rousseff, ex-presidente
“Presidenta eleita reitera em nota: nunca pediu recursos para a campanha ao empresário e refuta as insinuações de tenha beneficiado a construtora
A propósito das referências ao nome de Dilma Rousseff nas delações firmadas por executivos da Odebrecht, a Assessoria de Imprensa da presidenta eleita esclarece:
1. É fato notório que Dilma Rousseff nunca manteve relação de amizade ou de proximidade com o senhor Marcelo Odebrecht. Muitas vezes os pleitos da empresa não foram atendidos por decisões do governo, em respeito ao interesse público. Essa relação distante, e em certa medida conflituosa, ficou evidenciada em passagens do depoimento prestado pelo senhor Marcelo Odebrecht.
2. É mentira que Dilma Rousseff tivesse conhecimento de quaisquer situações ilegais que pudessem envolver a Odebrecht e seus dirigentes, além dos integrantes do próprio governo ou mesmo daqueles que atuaram na campanha da reeleição. Ele não consegue demonstrar tais insinuações em seu depoimento. E por um simples motivo: isso nunca ocorreu. Ou seja: o senhor Marcelo Odebrecht faltou com a verdade.
3. Também são falsas as acusações de que Dilma Rousseff tenha tomado qualquer decisão para beneficiar diretamente a Odebrecht ou mesmo qualquer outro grupo econômico. Todas as decisões do seu governo foram voltadas ao desenvolvimento do país, buscando o bem estar da população, a partir do programa eleito nas urnas.
4. Após meses de insinuações, suspeitas infundadas e vazamentos seletivos de acusações feitas indevidamente por dirigentes da Odebrecht, finalmente Dilma Rousseff terá acesso a íntegra das declarações. Não conseguirão atingir a sua honra e a sua vida pública, porque tais acusações são mentirosas.
5. A presidenta eleita espera que as investigações transcorram com imparcialidade e transparência, sem acobertamentos políticos ou direcionamentos para favorecer líderes políticos. A verdade dos fatos será demonstrada. Não são insinuações ou mentiras, lançadas por empresários ou executivos de uma construtora, que esconderão ou mesmo distorcerão os fatos. A verdade vai triunfar, apesar dos ataques”.

Frei Chico, irmão do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva
Por telefone, o advogado de Frei Chico disse que ele está preocupado e quer tomar conhecimento de todo o processo para entender qual é a acusação. Ele afirma ainda que não recebeu mesada nenhuma da Odebrecht.

Edinho Silva, coordenador financeiro da campanha Dilma/Temer
Afirma que a grande maioria dos partidos que formavam a coligação de 2014 já integrava o governo Dilma no seu primeiro mandato. Portanto, era natural que apoiassem sua reeleição, o que desmente as acusações que as alianças partidárias significavam compra de tempo de televisão.  Ele reforça que todas as doações ocorreram dentro da legalidade e estão declaradas ao TSE.

Guido Mantega e Antonio Palocci, ex-ministros
O advogado José Roberto Batochio diz que a defesa de Mantega e Palocci ainda não conhece os motivos para abertura do inquérito e que só vai se pronunciar quando tiver acesso ao teor da denúncia, mesmo porque não podia se manifestar sobre vazamentos criminosos.

Luís Claudio Lula da Silva
A defesa sustenta que seu cliente não cometeu nenhum ato ilegal, mas não pode fazer novos comentários pois não teve acesso ao processo.

Sergio Cabral, ex-governador do Rio (PMDB)
Nossa produção entrou em contato com a defesa do ex- governador do Rio, mas ainda não teve retorno.

Garotinho e Rosinha, ex-governadores do Rio de Janeiro (PR)
O ex-governador Anthony Garotinho assegura que nunca recebeu qualquer contribuição não contabilizada em seu nome ou em nome da família. Se a petição chegar a virar inquérito, vai provar que o delator está mentindo. O ex-governador se coloca à disposição da Justiça para qualquer esclarecimento.

Geddel Vieira Lima, ex-ministro
“Temos todo o interesse de nos manifestar assim que tivermos acesso ao conteúdo do pedido de abertura de inquérito”.
“Isso é desavergonhada mentira. Na Justiça, demonstraremos que essa delação é obra de ficção científica.”

Eduardo Cunha (PMDB), ex-presidente da Câmara
Dr. Ticiano, advogado de Cunha, sobre o episódio da suposta reunião do PMDB: “Não há prova concreta da realização da dita reunião, não sendo possível, portanto, falar na participação de Eduardo Cunha ou de qualquer outro político nela. Há uma busca incansável de algumas instituições de tentar imputar práticas de crimes a determinados personagens políticos de importância nacional, não havendo qualquer prova da participação destes em qualquer crime”.

Eduardo Paes, ex-prefeito do Rio de Janeiro
Eduardo Paes afirma que é absurda e mentirosa a acusação de que teria recebido vantagens indevidas por obras relacionadas aos Jogos Olímpicos. Ele nega veementemente que tenha aceitado propina para facilitar ou beneficiar os interesses da empresa Odebrecht. E reitera que jamais aceitou qualquer contrapartida, de qualquer natureza, pela realização de obras ou projetos conduzidos no seu governo. Paes ressalta que nunca teve contas no exterior e que todos os recursos recebidos em sua campanha de reeleição foram devidamente declarados à Justiça Eleitoral.

César Maia (DEM), vereador e ex-prefeito do Rio de Janeiro e ex-deputado federal
​Nunca recebi doação alguma da Odebretch. Só do partido. Aliás é o que está consignado. Odebretch doou ao partido e este a mim. Aliás só soube quando da abertura das contas. A investigação vai mostrar isso.

Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo
O ex-prefeito Fernando Haddad declarou que com relação a Odebrecht, sua administração contrariou os dois principais interesses da empresa na cidade, ao suspender a principal obra da empreiteira (o túnel que ligava a avenida Roberto Marinho à Imigrantes) e rechaçou a proposta feita pela companhia para que a Prefeitura recomprasse os CIDs da Arena Corinthians. As duas decisões foram amplamente divulgadas pela própria imprensa. As informações da empresa, portanto, não fazem o menor sentido.

Fernando Henrique Cardoso (PSDB), ex-presidente
As citações de FHC foram enviadas para serem analisadas em primeira instância na Justiça Federal em São Paulo, onde ele mora. Nesta quarta-feira (12) o ex-presidente não se manifestou, mas ontem Fernando Henrique não quis comentar por não saber do que trata a menção ao nome dele.

Henrique Eduardo Alves (PMDB), ex-deputado federal
A defesa de Henrique Eduardo Alves repudia veementemente as afirmações feitas pelo executivo da Odebrecht, Márcio Faria, em delação premiada, na qual aponta a sua participação em reunião ocorrida no dia 15 de julho de 2010, no escritório político do presidente Michel Temer, em São Paulo, com a presença deste, do então deputado Eduardo Cunha e do delator, ocasião em que teria tratado do pagamento de propina decorrente de contrato com a Petrobras. Conforme já afirmado pelo próprio presidente da República, o acusado não se fazia presente em dita reunião, jamais tratou do assunto mencionado e sequer conhece o indigitado delator. É inaceitável que seja dado crédito a afirmação realizada por pessoas envolvidas em ilícitos que se colocam na obrigação de acusar para gozar de benefícios legais. Todas as medidas serão tomadas para esclarecimento da verdade e a responsabilização cível e criminal do dito delator.

João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT
A defesa do Sr. João Vaccari Neto vem a público para reiterar que a informação do ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, de que o Sr. Vaccari sabia sobre pagamento de propina ao PT, feitos pela empreiteira, não passam de afirmação de um delator, sem qualquer base probatória, até porque não reflete a verdade. Palavra de delator não é prova no processo penal brasileiro. O que é verdade é que o Sr. Vaccari, cumprindo seu dever de tesoureiro, a partir de 2010, solicitava doações a pessoas físicas e jurídicas, destinadas ao Partido dos Trabalhadores, todas elas legais, por via bancária, com emissão de recibos e sob fiscalização das autoridades competentes.

Oswaldo Borges da Costa Filho, ex-presidente da Codemig
Não foi encontrado.

Paulo Vasconcelos, marqueteiro do senador Aécio Neves
Afirma que conduziu todas as campanhas das quais participou dentro do que estava previsto na lei. Essas delações contêm informações falsas, que serão desmentidas ao longo das investigações.

Pimenta da Veiga, ex-deputado
Por telefone, o advogado dele, Sanzio Baioneira Nogueira, disse que não existe formalmente a instauração de nenhum procedimento investigativo contra Pimenta da Veiga. Fachin determinou a devolução dos autos ao procurador-geral para que ele se manifestasse. Pimenta disse que na sua história jamais receberia qualquer valor que não fosse oficialmente declarado.

João Augusto Henriques, lobista
Não foi encontrado.

Henrique Eduardo Alves (PMDB), ex-deputado federal
A defesa de Henrique Eduardo Alves repudia veementemente as afirmações feitas pelo executivo da Odebrescht Márcio Faria em delação premiada, na qual aponta a sua participação em reunião ocorrida no dia 15 de julho de 2010 no escritório político do presidente Michel Temer, em São Paulo, com a presença deste, do então deputado Eduardo Cunha e do delator, ocasião em que teria tratado do pagamento de propina decorrente de contrato com a Petrobras.
Conforme já afirmado pelo próprio presidente da República, o acusado não se fazia presente em dita reunião, jamais tratou do assunto mencionado e sequer conhece o indigitado delator.
É inaceitável que seja dado crédito a afirmação realizada por pessoas envolvidas em ilícitos que se colocam na obrigação de acusar para gozar de benefícios legais.
Todas as medidas serão tomadas para esclarecimento da verdade e a responsabilização cível e criminal do dito delator.

Paulo Skaf
Desconhecemos totalmente essas supostas citações. Reiteramos que todas as doações recebidas pela campanha de Paulo Skaf ao governo de São Paulo estão devidamente registradas na Justiça Eleitoral, que aprovou sua prestação de contas sem qualquer reparo.
Paulo Skaf nunca pediu e nem autorizou ninguém a pedir qualquer contribuição de campanha que não as regularmente declaradas.

Delcídio do Amaral, ex-senador
A assessoria afirmou que a doação da Odebrecht à campanha ao governo de Mato Grosso do Sul, em 2014, foi, na verdade, de três milhões de reais e não cinco milhões de reais. A quantia, ainda de acordo com a assessoria de Delcídio, foi declarada nas contas da campanha.

Pastor Everaldo (PSC)
Em relação às notícias veiculadas sobre um suposto recebimento ilegal para a campanha do Pastor Everaldo à Presidência da República, em 2014, a assessoria de imprensa do Pastor informa que:
A campanha do Pastor Everaldo foi bastante modesta, com gastos de R$ 1,4 milhão de reais, e as doações obedeceram a legislação vigente. A campanha deixou dívidas que estão sendo pagas até hoje.
A atuação política do Pastor Everaldo sempre foi pautada pela defesa do Estado mínimo e da família. É absolutamente fantasiosa a afirmação de que as bandeiras da campanha de 2014, ou a participação do Pastor, em qualquer debate, tenham sido influenciadas por uma empresa.

Paulo Bernardo, ex-ministro
A defesa de Paulo Bernardo nega que ele tenha tido qualquer conversa com Marcelo Odebrecht ou com qualquer outro representante da empresa nesse sentido e reitera que Paulo Bernardo jamais solicitou a quem quer que seja qualquer vantagem indevida.

Taiguara Rodrigues dos Santos, sobrinho de Lula
A defesa só vai se manifestar após ter acesso a todo material apresentado na delação.

Ronaldo Cesar Coelho, ex-deputado federal
O advogado Antônio Cláudio Mariz, diz que: “Na Campanha de 2009, o empresário financiou parte dela colocando à disposição seus aviões. Teve custo de manutenção e abastecimento.
Com o fim da eleição,  o partido  o ressarciu depositando o valor numa conta no exterior indicada por ele. Mariz, não sabe o valor e afirma que não sabem a origem do dinheiro que o PSDB pagou”.

Márcio Fortes, ex-tesoureiro do PSDB
Ele garantiu que não recebeu um único centavo de caixa dois.

Jaques Wagner, secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia e ex-governador da Bahia
Ele declarou que o relógio foi um presente dado por uma pessoa e não foi entregue em nome de nenhuma empresa. Afirmou também que as contribuições recebidas para campanha foram dentro da lei e que o pagamento da dívida da Cerb obedeceu a uma decisão da Justiça. A nota diz ainda que, quando ministro da Casa Civil, Jaques Wagner tinha a função de ouvir e encaminhar pleitos da sociedade e sempre agiu obedecendo a lei.
“Como então ministro da Casa Civil, Jaques Wagner tinha a função de ouvir pleitos dos vários setores da sociedade e encaminha-los ao gabinete da presidência da República. Jaques Wagner sempre agiu obedecendo a lei. A intenção do então ministro era evitar que as empresas fossem prejudicadas e milhares de funcionários fossem demitidos”.

PREFEITOS de outras capitais também foram citados nas delações e terão os casos analisados por outras instâncias.

Rosalba Ciarlini (PP), prefeita de Mossoró (RN) e ex-governadora do Estado
Ela diz que nunca recebeu doação de campanha da Odebrecht nem contratou qualquer obra ou serviço com essa empresa ou grupo. Afirma ainda que isso prova a completa improcedência da referência a seu nome.

Arthur Virgílio (PSDB), prefeito de Manaus
“Não me afastarei jamais do estilo com que sempre me dediquei à coisa pública. Há quem prefira o papel do avestruz. Sou, porém, do tipo que não se furta aos enfrentamentos necessários à defesa de suas verdades. Por isso, defino-me, de pronto, diante da mesquinha citação de meu nome na tal lista dos “delatores premiados” da empresa Odebrecht. E não aprecio escapismos como “primeiro consultarei os autos” ou “conversarei com meu advogado”, antes de falar publicamente sobre assunto que diga respeito a minha reputação e a minha honra. Daí o esclarecimento que presto nesta hora, nítido como água pura de igarapés límpidos.

Um ex-diretor dessa empresa, sr. Claudio Melo, de acordo com “vazamentos”, pelos quais nunca ninguém se responsabiliza, teria afirmado que me repassou R$300 mil (trezentos mil reais), dando a entender que não me conhecia e que apenas estaria cumprindo ordens “superiores” de aproximar a Odebrecht de um “parlamentar influente”. Não se refere, segundo o tal “vazamento”, a nenhum “favor” que eu “deveria” prestar a quem quer que fosse.

Após a surpresa inicial, cheguei a pensar que o sr. Melo pudesse mesmo ter embolsado essa quantia, quem sabe usando meu nome para driblar a contabilidade corrupta de sua empresa. Não me importam, aliás, os detalhes da sordidez. Importa, e muito, o fato de minha consciência estar, como sempre esteve, absolutamente tranquila.

Doze anos deputado federal! E não há registro de nenhum gesto meu que tenha beneficiado a Odebrecht e seus lobistas. Dirigente nacional do meu partido por três anos, líder e ministro do presidente Fernando Henrique por um quadriênio inteiro e intenso. E não existe quem aponte qualquer coisa que me possa ligar a interesses empresariais. Senador por oito anos, liderando uma oposição renhida, e numericamente poderosa, ao governo Lula. E não há quem ouse supor que, por palavras ou atos, ajudei a deformar medidas provisórias.
Sou prefeito da sétima maior cidade do país pela terceira vez. E a Odebrecht, ao longo desse tempo, não plantou um único metro cúbico de asfalto em Manaus. Nenhuma relação. Absolutamente nenhum liame.

A relação entre “acusadores” e “delatores” não é suficiente para me calar nem me fazer “participante” de esquemas de achaques. São 39 anos de uma trajetória que erigiu um conceito do qual muito se orgulha minha família e que não está à disposição de ninguém. Nem do ilustre procurador Rodrigo Janot e nem do ínclito juiz Sergio Moro. Menos ainda de figuras menores que se cevaram no submundo do suborno e agora pretendem obter liberdade física para voltar a usufruir de dinheiro desonesto.
Meu sentimento ordena que enfrente a injustiça, com a altivez que corruptos e arbitrários não conseguiriam ter: cabeça erguida, rumo ao combate necessário e saneador.
Fala-se em “foro privilegiado”! Tantos se apequenam para obter mandatos controversos, com o fim “maior” de obtê-lo, com isso supondo a “conquista” da impunidade. Não sou realmente assim.

Cheguei à Câmara dos Deputados para enfrentar um regime autoritário e ajudar a restaurar as liberdades neste país. E aqueles não eram tempos de imunidades parlamentares! Cheguei ao Senado para representar o Amazonas, defender o Brasil e sustentar o legado do governo Fernando Henrique: estabilidade da economia, controle da inflação, responsabilidade fiscal e reformas estruturais. Não fui em busca de foros especiais (a bem da verdade, considero uma injúria ao STF supor-se que lá não se produz justiça), porque meu mandato servia para pensar a Amazônia e o Brasil e não para acobertar o atraso e nem o saque ao nosso povo.

Prosseguirei, então, na rota inversa ao oportunismo. Não disponho, como prefeito, de foro especial, privilegiado ou como bem pretendam denomina-lo. E vou continuar sem ele.
Concluirei este mandato, o derradeiro de minha vida, governando Manaus com uma dedicação extremada, que resumirá quatro décadas de amor. Até o último minuto de 2020. E, definitivamente, não me candidatarei mais a qualquer outro posto.

Permanecerei opinando, através de artigos, livros e palestras, sobre minha região e meu país. Mas deixo a política abjeta que aí está, à disposição dos profissionais da “sobrevivência”, dos torquemadas de plantão e dos hipócritas de quaisquer matizes. Sempre ansiando que o Brasil se reforme e se vá regenerando, para permitir a ascensão dos que virão livra-lo dos tipos ora citados. Minha cota se esgotou. Minhas ambições estão domesticadas. Há outros meios de servir lealmente ao Amazonas, ao Brasil e a minha Manaus”.

ACM Neto (DEM), prefeito de Salvador
O prefeito aguarda revogação do sigilo para manifestar-se. Informou que ainda não tem conhecimento do conteúdo da colaboração premiada dos ex-executivos da Odebrecht e que aguarda que o sigilo da mesma seja revogado para poder pronunciar-se e prestar todos os esclarecimentos necessários. “Não conheço o teor do que foi dito e, assim, não sei como sou citado. Minha conduta  sempre foi marcada pela retidão e pelo cuidado com a coisa publica, por isso, confio na justiça e espero ansiosamente que o sigilo das delações seja levantado para ter a oportunidade de esclarecer tudo”, afirmou.

Iris Rezende (PMDB), prefeito de Goiânia
Disse que as prestações de contas das campanhas dele foram aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral e que está tranquilo e disposto a colaborar.

Na lista de pedidos de abertura de inquérito no STF, estão três GOVERNADORES.

Renan Filho (PMDB), governador de Alagoas
Ele afirma que todas as doações recebidas na campanha foram rigorosamente dentro da lei, declaradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral.

Robinson Faria (PSD), governador do Rio Grande do Norte
“Ainda não tive acesso ao teor da denúncia, mas quero deixar claro que minha postura é de serenidade e consciência tranquila. Estou pronto para prestar os esclarecimentos que venham a ser necessários à Justiça. Continuo seguindo com a missão que recebi de Deus e do povo do meu Estado. Continuo dando tudo de mim, com perseverança e compromisso com o o povo do Rio Grande do Norte”, disse o governador Robinson Faria nas redes sociais.

Tião Viana (PT), governador do Acre
“Neste momento dantesco da vida nacional, parece que nenhuma linha fina separa a honra da desonestidade. Tenho um histórico de combate à corrupção como ativista político, senador da República e governador do Acre. Defendo a apuração de qualquer fato suspeito e a punição de qualquer um que tenha culpa provada. Portanto, também tenho integridade, coerência e coragem para não aceitar a sanha condenatória de setores poderosos que destroem reputações tomando apenas a delação interessada de corruptos apanhados no crime. Sobre a construtora Odebrecht, afirmo nunca realizou qualquer obra no Estado do Acre, portanto, nem sequer poderia ter aqui qualquer tipo de interesse escuso ou legal. Nunca me reuni com o senhor Marcelo Odebrecht, com nenhum executivo da sua empresa nem de qualquer outra envolvida na Operação Lava a Jato. Outra canalhice já tentou envolver o meu nome em ataque semelhante, mas o Superior Tribunal de Justiça reconheceu a minha inocência por unanimidade e a Procuradoria-Geral da República pediu o arquivamento do caso. As contas das minhas campanhas são públicas e foram aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral. Confio na Justiça, defenderei a minha honra com determinação e tomarei todas as medidas judiciais cabíveis contra os delatores da calúnia e os propagandistas da desonra. Indignado, mas de consciência tranquila, reafirmo: estou longe dessa podridão, essa podridão está longe de mim.”

A lista da Procuradoria Geral da República contém ainda os nomes de OUTROS NOVE GOVERNADORES, que o ministro Edson Fachin decidiu enviar para o Superior Tribunal de Justiça.

Geraldo Alckmin, governador de São Paulo
“Os programas de concessões e parceiras do Estado de São Paulo buscam viabilizar investimentos de longo prazo. Eles seguem padrões internacionais de execução e controle e são exemplos de sucesso. As campanhas de 2010 e 2014 foram feitas dentro da lei e aprovadas pelos órgãos competentes.
Jamais pedi recursos irregulares em minha vida política, nem autorizei que o fizessem em meu nome. Jamais recebi um centavo ilícito. Da mesma forma, sempre exigi que minhas campanhas fossem feitas dentro da lei”.

Beto Richa (PSDB), governador do Paraná
A assesoria informou que quem trata de assuntos ligados a campanhas eleitorais são os tesoureiros das campanhas. Em nota, Fernando Ghignone, tesoureiro das campanhas de Beto Richa em 2008 e 2010 afirmou que todas as doações foram efetuadas na forma da lei e depositadas na conta oficial do partido e que as prestações de contas dos dois anos foram aprovadas pelo TRE, sem ressalvas. Para Fernando Ghignone, a denúncia é inverídica e fantasiosa. O coordenador financeiro da campanha de reeleição de Beto Richa, em 2014, Juraci Barbosa Sobrinho, disse que refuta toda e qualquer denúncia, com base em ilações, de que teria recebido valores não contabilizados ou de origem ilícita. Disse que as denúncias são falsas e que a prestação de contas foi aprovada pela Justiça Eleitoral.

Paulo Hartung (PMDB), governador do Espírito Santo
O governador do Espírito Santo Paulo Hartung afirmou que é mentirosa, leviana e delirante a informação de que recebeu 1 milhão e 80 mil reais da Odebrecht.. Hartung lembrou que não disputou as eleições de 2010 e 2012.. E que acusações infundadas como essa só contribuem para confundir, tumultuar as investigação e manchar a trajetória das pessoas de forma irresponsável. Hartung disse, ainda, que já procurou seu advogado hoje cedo e quer ser o primeiro a provar, no Superior Tribunal de Justiça, que a delação não tem fundamento.

Marconi Perillo (PSDB), governador de Goiás
A defesa afirma que o conteúdo das citações já era de conhecimento público e que não guarda relação com a verdade dos fatos. Disse ainda que o governador de Goiás nunca pediu ou autorizou que solicitassem em seu nome qualquer contribuição de campanha que não fosse de acordo com a lei eleitoral.

Raimundo Colombo (PSD), governador de Santa Catarina
Conforme foi informado desde a primeira vez, a empresa Odebrecht não tem nenhum contrato, obra ou projeto com o Governo do Estado de Santa Catarina, não tendo sequer participado de licitações desde o início da atual administração em janeiro de 2011. O Governo do Estado aguarda a abertura do sigilo das informações para prestar todos os esclarecimentos cabíveis.

Marcelo Miranda (PMDB), governador do Tocantins
A Secretaria de Estado da Comunicação Social esclarece que o governador Marcelo Miranda foi somente citado, não houve indiciamento. Mas vale considerar que todas as doações de campanha do governador foram feitas de forma legal, devidamente declaradas e as contas aprovadas.

Luiz Fernando Pezão (PMDB), governador do Rio de Janeiro
O governador Pezão reafirma que nunca recebeu recursos ilícitos e jamais teve conta no exterior. As doações de campanha foram feitas de acordo com a Justiça Eleitoral.

Fernando Pimentel, do PT, governador de Minas Gerais
O advogado de Pimentel, Eugênio Pacelli, disse por telefone que está aguardando a liberação do sigilo para saber do que se trata e depois se manifestar. Mais cedo ele encaminhou a seguinte nota assinada pela assessoria do governador.
O governador reafirma jamais ter participado de qualquer ato ilícito, colocando-se, como sempre o fez, à disposição para todo e qualquer esclarecimento, sempre que apresentados os documentos nos quais se fundam as supostas acusações.
Vale ressaltar que a governança e autonomia do BNDES, instituição comandada por uma diretoria composta por um presidente, um vice-presidente e 6 diretores, impede que os ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio imponham sua vontade sobre o banco.
O então Ministro e hoje Governador também reafirma que jamais recebeu qualquer benefício ou valor ilícito da Odebrecht, nem direta e nem indiretamente, por terceiros.

Flávio Dino (PCdoB), governador do Maranhão
O Governador disse que o propósito de investigar muitas vezes atinge injustamente pessoas inocentes, e que esse é o seu caso. Ele diz ainda que jamais atendeu qualquer interesse da Odebrecth e que a verdade irá prevalecer.

PARTIDOS

PMDB
O PMDB reitera que arrecada recursos de campanha dentro da legislação vigente e está à disposição para prestar os esclarecimentos necessários à justiça.

PSOL
A lista divulgada pelo ministro Edson Fachin demonstra a profundidade da crise política que atinge o país. A presença de quatro dezenas de deputados federais, um terço do Senado Federal, doze governadores e oito ministros do governo Temer, citados em delações dos executivos da construtora Odebrecht, mostra que a atual composição do Congresso Nacional não tem condições de votar medidas penalizem os mais pobres, como a reforma da previdência, a trabalhista ou uma reforma política antidemocrática.

Diante deste cenário, o PSOL propõe:
1.       Abertura de investigação do Presidente da República. De acordo com o entendimento do então ministro Teori Zavascki, embora não seja possível processar um Presidente, é possível a abertura de investigação sempre que houver elementos para tanto. O PSOL entrará ainda hoje com representação pedindo a abertura de investigação de Temer a partir das menções que atestam seu envolvimento em irregularidades promovidas pela cúpula do PMDB.
2.       Consideramos que a saída para a atual crise é a convocação imediata de eleições diretas para a Presidência da República. Além de ilegítimo, o governo implementa uma agenda de retrocessos sem qualquer apoio popular. A vontade da cidadania deve ser soberana. O povo tem que decidir os destinos da nação, por isso as iniciativas de mobilização – como a greve geral convocada para o dia 28 de abril – contam com nosso irrestrito apoio.
3.       Não aceitamos que o Congresso Nacional aprove medidas que penalizem os trabalhadores até que os fatos envolvendo os ministros, bem como os parlamentares da Câmara e do Senado, sejam esclarecidos. Além disso, respeitando o amplo direito à defesa e ao contraditório, consideramos que esses parlamentares não devem manter posição de comando na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, bem como relatar as contrarreformas propostas pelo governo Temer.

PMDB CÂMARA
O levantamento do sigilo dos inquéritos da Operação Lava Jato pelo Supremo Tribunal Federal é importante para o conhecimento público e o julgamento com direito à ampla defesa.

PSDB EXECUTIVA NACIONAL
O PSDB sempre defendeu o fim do sigilo das delações e o aprofundamento das investigações. Confiamos que elas serão conduzidas dentro do estrito respeito aos ritos processuais, com amplo direito de defesa e exercício do contraditório.
Consideramos que as investigações das citações feitas permitirão que a verdade prevaleça, pondo fim a boatos e insinuações que não interessam aos que prezam a democracia, a ética e, sobretudo a Justiça.
A partir de agora, os membros do partido citados terão a oportunidade de defesa e de fazer os esclarecimentos necessários a comprovar que agiram de forma correta e em consonância com a lei.

PSDB CÂMARA
“A bancada do PSDB na Câmara reafirma sua confiança na Justiça e nas instituições. O fim do sigilo das investigações permitirá que os citados exerçam plenamente o direito de defesa e que a verdade, enfim, prevaleça. É fundamental, todavia, que o trabalho das instituições não paralise o país. Há uma agenda de reformas pendente no Congresso e elas são cruciais para a reativação da economia e a geração de emprego”.

Grupo Petrópolis
O Grupo Petrópolis declarou que foi uma das primeiras empresas do Brasil a apoiar e adotar o Sistema de Controle de Produção de Bebidas da Receita Federal. E que desconhece qualquer processo de fraude ou de sonegação de impostos. A empresa afirmou que manteve relações comerciais com a Odebrecht em função da construção de suas fábricas. E que nunca participou de qualquer iniciativa para a produção de dossiês eleitorais.

José de Fillipi, tesoureiro da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
O tesoureiro da campanha de Lula, José de Fillipi, disse que só se reuniu com pessoas indicadas pela Odebrecht para tratar de doações legais e oficiais à campanha, que todo o dinheiro recebido foi declarado e as contas aprovadas pela Justiça Eleitoral. Ele também disse que não tem qualquer relação com o Episódio dos Aloprados e que tem a consciência tranquila.

PT
O PT não quis se manifestar no caso da cervejaria.

Álvaro Novís – doleiro
O Hora 1 não conseguiu contato com a defesa de Álvaro Novís.

Fonte: Hora 1
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