ALARMANTE – Porto Velho enfrenta crise na saúde pública: 23 mil pacientes na fila de espera

O secretário de Saúde, Jaime Gazola, confirma que aproximadamente metade da população da capital de Rondônia não tem acesso aos serviços básicos de saúde.

A saúde pública do município de Porto Velho vive um momento crítico. De acordo com o prefeito Léo Moraes, o sistema está à beira do colapso. Dados recentes divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde revelam um cenário alarmante: cerca de 23 mil pacientes aguardam por consultas médicas, com tempos de espera que podem ultrapassar três anos. O secretário de Saúde, Jaime Gazola, confirma que aproximadamente metade da população da capital de Rondônia não tem acesso aos serviços básicos de saúde, destacando a gravidade do quadro de abandono.

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“Pacientes que necessitam de atendimento em áreas como fonoaudiologia, psicologia, terapia ocupacional e fisioterapia enfrentam longas filas”, explica Gazola. A situação não é diferente para especialidades como cardiologia e oftalmologia, que acumulam milhares de pacientes esperando por consultas e tratamentos. Além disso, a carência de profissionais de saúde é apontada como um dos principais fatores que contribuem para a crise, impossibilitando a realização de atendimentos regulares e até mesmo aqueles exigidos por decisões judiciais.

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Cenário de desassistência

A falta de planejamento e gestão eficiente ao longo dos anos resultou em uma situação descrita por Léo Moraes como “desoladora”. A nova administração municipal tem diante de si o desafio de implementar ações emergenciais e de longo prazo para reverter o quadro de “desassistência”.

“A população de Porto Velho precisa ter garantido o direito básico à saúde e à dignidade. Nossa missão é interromper um ciclo de descaso e ineficiência que se arrasta há décadas”, declarou o prefeito.

Demandas emergenciais

Entre as prioridades apontadas estão a contratação de profissionais da saúde para suprir o déficit existente, a ampliação de serviços especializados e a melhoria da gestão dos recursos disponíveis. Gazola enfatiza que é necessário restabelecer a confiança da população no sistema público, oferecendo respostas rápidas para as demandas mais urgentes.

Mobilização e ações

Organizações locais e movimentos sociais têm pressionado a administração para que medidas sejam tomadas com celeridade. “Não se trata apenas de números, mas de vidas que estão em jogo. Precisamos de investimentos reais e de uma gestão comprometida com a saúde pública”, disse uma representante da comunidade.

Com filas gigantescas, serviços insuficientes e a insatisfação crescente da população, o sistema de saúde de Porto Velho exige ações imediatas. Para muitos, a gestão de Léo Moraes será um divisor de águas: ou marcará o início de uma recuperação ou o agravamento da crise.