Nesta quarta-feira (28), a intensa fumaça das queimadas que atingem Rondônia levou ao cancelamento de um voo da Latam que sairia de Porto Velho com destino a Brasília. O voo foi remarcado para a madrugada de quinta-feira (29) devido à baixa visibilidade, que impossibilitou a decolagem. Outro voo que estava previsto para pousar na capital rondoniense também foi cancelado pelo mesmo motivo.
Os passageiros afetados foram informados do reagendamento e orientados a buscar mais detalhes diretamente com a companhia aérea. O jornal tentou contato com a Latam para mais informações, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.
A administração do Aeroporto Internacional de Porto Velho reiterou que, em casos como este, os passageiros devem procurar a companhia aérea para esclarecimentos e instruções.
Além de Porto Velho, outros aeroportos em Rondônia também têm enfrentado cancelamentos de voos devido à fumaça. Na terça-feira (27), dois voos entre Vilhena (RO) e Cuiabá (MT) foram cancelados pelas mesmas razões. Há três semanas, a situação vem se repetindo em diversos aeroportos do estado, à medida que a fumaça se espalha e compromete a segurança aérea.
A situação reflete uma crise ambiental que se intensifica em Rondônia. Na segunda-feira (26), o governo estadual decretou estado de emergência devido aos incêndios florestais que devastam a região. Porto Velho, em particular, tem registrado os piores índices de qualidade do ar do país, classificados como perigosos para a saúde.
O estado de Rondônia enfrenta um período de seca extrema, o que contribui para o aumento dos focos de queimadas. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o número de focos de incêndio registrados entre 1º de janeiro e 26 de agosto de 2024 é o maior dos últimos cinco anos, representando um aumento alarmante de 144% em relação ao mesmo período de 2023.
A crise ambiental em Rondônia continua a se agravar, com impactos diretos não apenas na saúde pública, mas também na mobilidade aérea e na vida cotidiana dos cidadãos. As autoridades locais e federais permanecem em alerta, buscando formas de mitigar os efeitos dessa emergência.