EDITORIAL – Justiça mantém a sete meses jornalista definhando na cadeia pelo crime de assassinato sem qualquer prova

O jornalista João Paulo Prudêncio, de 37 anos, está preso a quase 7 meses pelo crime de feminicídio, sem qualquer prova ou evidência concreta que o coloque como assassino de mulher. O jornalista está recolhido no presídio Urso Branco, desde o dia 7 de dezembro de 2021.

João Paulo nunca havia sido preso na vida, sequer teve qualquer registro policial contra sua conduta em seus 36 anos de vida, hoje ele tem 37 anos, mas completou essa data na cadeia. Durante audiências realizadas em duas sessões, testemunhas, familiares da Monalisa Gomes da Mata (vítima), amigos da jovem e demais pessoas ouvidas detalharam a relação conturbada de brigas e agressões que a jovem tinha com o namorado, Thiago Alves. Quando essas pessoas eram questionadas sobre João Paulo, ninguém falava nada.

Chega a ser ridículo manter o jornalista com conduta ilibada, sem nunca ter pisado em uma delegacia, a não ser para trabalhar como jornalista, preso a tanto tempo sem qualquer prova de que ele matou a jovem. Que motivo ele teria pra isso? Como um jornalista respeitado, um servidor público dedicado, um pai apaixonado pelo filho ia sair de casa para matar uma pessoa que ele nem tinha contato?

João Paulo poderia ser tudo, menos assassino. Tive contato com ele por cerca 30 minutos, durante visita virtual, e ver ele chorar, contar que está doente, com feridas pelo corpo e emagrecendo por não se alimentar é revoltante. Ele não é assassino, e isso todo mundo sabe, inclusive a justiça.

Enquanto isso, sua mãe chora todas as noites, seu filho de 6 anos tenta ligar para falar com pai sem qualquer resposta dele e seus amigos que sabem da sua conduta questionam por que a justiça é tão dura para um inocente e tão flexível para bandidos de verdade. Uma coisa é certa, João Paulo estava no lugar errado e na hora errada e está pagando um preço cara por isso. Mais uma vez eu reforço, conheço João Paulo Prudêncio a mais de uma década e uma coisa eu garanto, João pode ser tudo, menos assassino.