O ano de 2025 começou com um duro golpe para o setor varejista de Porto Velho. O principal shopping da capital enfrenta uma verdadeira crise silenciosa, mas devastadora: ao menos 10 lojas fecharam as portas nos primeiros meses do ano, revelando a fragilidade do comércio físico e provocando apreensão entre consumidores e empresários.
Entre as marcas que encerraram suas atividades estão nomes conhecidos do público, como VR Collection, Di Santinni, A Patricinha, Outlet Via Lara, Malwee (adulto e kids), iPlace, Cabana Green, Capodarte, Valirse Lingerie, Magic Fit e The Art. Os corredores antes movimentados hoje apresentam uma paisagem preocupante, com vitrines fechadas e espaços ociosos.
Especialistas ouvidos pelo setor varejista apontam que o fenômeno não é isolado. A crise do comércio físico em Porto Velho é reflexo de um problema nacional, impulsionado por múltiplos fatores: falta de mão de obra qualificada, transformações no mercado de trabalho, a ascensão das vendas online e mudanças no comportamento do consumidor, que hoje prioriza conveniência, preço e experiência digital.
Além disso, lojistas locais relatam aumento de custos operacionais, dificuldades em manter estoques e queda no fluxo de consumidores — um efeito colateral da desaceleração econômica combinada com o avanço do e-commerce e das plataformas de marketplace.
O fechamento das lojas impacta diretamente na geração de empregos e na arrecadação municipal, já que o comércio de shopping é uma das principais fontes de emprego formal na capital. Com o encerramento dessas atividades, dezenas de colaboradores foram dispensados, agravando o cenário de incerteza no setor.
A administração do shopping ainda não se pronunciou oficialmente sobre o número de lojas fechadas ou medidas que serão adotadas para enfrentar a crise. Por outro lado, empreendedores e consumidores já se perguntam: quem será o próximo a fechar as portas?
O cenário exige ações urgentes de estímulo à economia local, revisão de políticas de incentivo ao pequeno e médio lojista, e adaptação às novas tendências de consumo. A crise vivida no principal shopping de Porto Velho é um alerta não apenas para os comerciantes, mas para todo o ecossistema econômico da capital.