O frigorífico Rio Beef, estabelecido em 2019 para atender à crescente demanda do mercado de carnes em Ji-Paraná (RO), se encontra em uma situação crítica, com dívidas que ultrapassam R$ 115,5 milhões. A empresa está lutando por sua sobrevivência em meio a alegações de má gestão, desvios de recursos e tentativas infrutíferas de reestruturação de suas operações.
Após a rejeição do plano de recuperação judicial em assembleia, a situação da empresa se agrava, com novos desafios surgindo, como a ameaça de perda do imóvel onde o frigorífico opera e investigações sobre irregularidades financeiras. Essa crise não afeta apenas a viabilidade do Rio Beef, mas também gera preocupações sobre o impacto direto na vida dos pecuaristas e fornecedores da região.
Desde o início de 2023, o Rio Beef solicitou recuperação judicial na tentativa de reorganizar suas finanças e garantir o pagamento de seus credores. No entanto, sua credibilidade sofreu um golpe severo, com a proposta inicial de recuperação sendo rejeitada por 69% dos credores em abril de 2023. Uma nova proposta apresentada em julho também não conquistou a confiança dos credores. O administrador judicial envolvido no caso indicou que foram requeridos documentos complementares para garantir a transparência do novo plano, mas a desconfiança ainda persiste.
Além disso, a proprietária do imóvel onde o frigorífico opera moveu uma ação judicial para retomar a posse da planta, aumentando as incertezas sobre a continuidade das operações.
Uma das questões mais alarmantes que emergiram das investigações é o suposto desvio de caixa em favor de Eduardo de Almeida Ferreira, frequentemente mencionado como um suposto sócio ou gestor do Frigorífico Rio Beef. Essa descoberta lança dúvidas sobre a administração da empresa e seu compromisso em honrar as obrigações com os credores.
Os desafios enfrentados pelo Frigorífico Rio Beef são um reflexo da fragilidade do setor, e a luta para sua recuperação é um tema que demanda atenção tanto da classe produtora quanto das autoridades locais. A situação atual levanta sérias questões sobre o futuro da empresa e o impacto que uma eventual falência poderia ter sobre a economia local, especialmente para os pecuaristas que dependem da venda de seus animais.
Com informações comprerural.com*