Mesmo após alguns quartéis da Polícia Militar de Rondônia serem fechados por esposas de policiais militares, o Governo voltou a reafirmar, na segunda-feira (14), durante uma reunião com o Ministério Público (MP) e representantes do movimento, que não pode conceder qualquer reajuste salarial para a categoria antes de janeiro de 2022.
Segundo o MP, o movimento deflagrado por esposas de militares pleiteia alteração da Lei Estadual nº 1063/2002, estabelecendo a equiparação salarial da Polícia Militar com a Polícia Civil.
O Estado reforçou que qualquer concessão de reajuste salarial somente poderá ser implantada a partir de janeiro de 2022, em cumprimento à Lei Complementar Federal nº 173, de 27 de maio de 2020, que impossibilita o Governo de conceder reajuste aos servidores neste momento de pandemia, período em que a prioridade é assegurar o combate ao novo coronavírus.
Após longas discussões, outra reunião foi marcada para acontecer no dia 28 de junho. Durante esse período, o Governo de Rondônia estudará a apresentação de alternativas, com cálculos de impacto econômico, contendo possíveis propostas de solução. Houve um acordo por parte das lideranças do movimento que nesse período não haveriam novos fechamentos de quartéis.
Durante o encontro, representantes do Comando da PM explicaram sobre o Plano de Valorização da Polícia Militar, um documento que compila as reivindicações salariais da categoria, abordando a defasagem salarial sofrida ao longo dos anos e a proposta de incremento nos vencimentos dos policiais, de acordo com a carreira militar.
O movimento das esposas de policiais militares iniciou na última quinta-feira (10). Elas cobram o reajuste salarial de 24%, que ficou acordado de ser feito em três parcelas de 8% para a classe militar de Rondônia, prometido pelo Governador Marco Rocha, durante sua campanha.
As mulheres prometem fechar todos os quartéis da PM de Rondônia, caso a reivindicação não seja atendida pelo estado.