Semanalmente, a Prefeitura de Porto Velho registra cerca de 150 implantações de dispositivo intrauterino, conhecido popularmente como DIU. Ele é inserido no útero para atuar como contraceptivo. Abaixo tire dúvidas sobre a implantação:
Quanto custa e onde procurar o serviço?
O serviço é oferecido gratuitamente pelo Centro de Referência em Saúde da Mulher (CRSM). Ele está localizado ao lado da Maternidade Municipal Mãe Esperança, na rua Venezuela, nº 2356, bairro Embratel em Porto Velho. O horário de atendimento é das 7h às 19h, de segunda a sexta-feira.
No local as interessadas devem passar pelo processo de consulta, orientação, exame e então a implantação do DIU.
Além disso, todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS), devem prestar serviços de assistência ginecológica com informações e aconselhamentos sobre DIU e outros métodos anticoncepcionais, como oferta de camisinhas feminina e masculina, comprimido, injetável mensal e injetável trimestral.
Quem pode utilizar o DIU?
O dispositivo pode ser usado por qualquer mulher em idade fértil, que iniciou a atividade sexual. Não existe idade mínima ou número de filhos estabelecido para a solicitação do procedimento na capital.
“Tanto uma jovem que nunca teve filhos ou uma mulher com filhos pode utilizar DIU. O Centro de Referência em Saúde da Mulher realiza, inclusive, a inserção do DIU pós-parto”, informou a prefeitura.
Como o DIU funciona?
O dispositivo intrauterino tem o formato de “T” e é inserido no útero para evitar a gravidez. Atualmente no mercado há modelos de DIU de cobre, de prata, de ouro ou hormonal.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o DIU está entre os métodos contraceptivos mais eficazes, ficando atrás apenas dos métodos definitivos, como vasectomia e laqueadura (veja mais no infográfico ao final da reportagem).
“Ele tem taxa de eficácia de 99,4%. Ou seja, a cada 100 mulheres que usam o DIU, mais de 99 não irão engravidar usando o método, mas a taxa de falha existe”, afirma Flavia Fairbanks, ginecologista, obstetra e membro do Comitê Nacional de Sexualidade da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
Ainda de acordo com a médica, as mulheres que possuem o DIU devem realizar ao menos uma avaliação com o ginecologista por ano para conferir se o dispositivo está posicionado corretamente, uma vez que a taxa de falha está relacionada ao deslocamento do dispositivo.