Em uma nova frente de combate ao caos aéreo que afeta Rondônia, o Ministério Público Estadual, a Defensoria Pública da União (DPU) e a recém-criada entidade de defesa do consumidor “Escudo Coletivo,” liderada pelo advogado Gabriel Tomasete, se uniram para ampliar as ações contra as empresas aéreas que operam no estado. Essa coalizão visa intensificar os esforços para enfrentar os desafios que há muito tempo comprometem a conectividade aérea da região, agravados recentemente pela temporada de queimadas, que resultaram no cancelamento de mais de 40 voos devido ao fechamento do aeroporto.
A crise no transporte aéreo em Rondônia não é novidade. O Ministério Público já havia ingressado com uma ação civil pública contra as empresas aéreas em junho do ano passado, mas, até o momento, nenhuma decisão efetiva foi alcançada para solucionar o problema. Com a entrada da Defensoria Pública da União e do Escudo Coletivo na luta, novas possibilidades jurídicas surgem, potencializando as chances de uma resolução que beneficie os consumidores rondonienses.
Além das ações judiciais, a pressão política sobre a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e as companhias aéreas também se intensifica. A deputada federal Cristiane Lopes tem sido uma das vozes mais ativas nessa batalha, defendendo a aprovação urgente do projeto que permite a entrada de empresas aéreas estrangeiras na região. A proposta visa aumentar a concorrência e melhorar a qualidade do serviço prestado, atualmente criticado pela população devido ao tratamento inadequado e à falta de alternativas.
Enquanto as entidades intensificam suas ações, a expectativa é de que essa união de forças possa finalmente trazer alívio para os rondonienses, que enfrentam sérias dificuldades para se deslocar por via aérea, agravadas pelas condições climáticas e pela falta de opções.