Na noite de sábado, (24), a Polícia Militar registrou na UNISP em Ouro Preto do Oeste uma ocorrência de lesão corporal dolosa contra um agricultor residente em Vale do Paraíso. O incidente ocorreu quando o agricultor teve seu pescoço quase decepado por uma linha de cerol deixada no meio da rua por soltadores de pipa, prática irresponsável que coloca em risco a população devido ao alto grau de letalidade.
A vítima, identificada como Adilso Nalli, de 54 anos, foi atingida pela linha, que cortou uma veia, resultando em uma grande perda de sangue. Adilso foi imediatamente encaminhado para um hospital, onde recebeu tratamento médico adequado. Além do ferimento no pescoço, o agricultor também machucou a mão que segurava a pipa e a linha. Felizmente, o capacete que usava salvou sua vida, pois também ficou sujeito a um corte perigoso.
Adilso reside na saída da cidade, sentido a Ouro Preto do Oeste, na linha 200. Ele relatou às autoridades que estava a caminho de sua residência quando, na altura do setor 5, sentiu algo cortando seu rosto. Imediatamente, ele parou a motocicleta e percebeu que havia sido atingido por uma linha de pipa com cerol. O agricultor sofreu um corte profundo na região dos ossos nasais do nariz, o que resultou em um intenso sangramento que também atingiu o tanque e o banco de sua motocicleta.
Uma filha de Adilso expressou sua indignação e revolta em uma postagem nas redes sociais, pedindo que os pais assumam a responsabilidade sobre seus filhos que soltam pipa e utilizam linha de cerol.
O agricultor foi socorrido por sua esposa e levado ao Hospital Municipal de Vale do Paraíso, onde recebeu os primeiros socorros e levou cinco pontos no corte. A filha da vítima postou imagens impactantes do pai ensanguentado, do corte suturado e da motocicleta coberta de sangue. Ela ressalta que foi um verdadeiro livramento e agradece a Deus por seu pai não ter sido uma vítima fatal desse incidente, que é considerado crime de acordo com o artigo a19 do Código Penal.
No post, a filha apela por mais responsabilidade por parte dos pais de adolescentes que soltam pipa com o uso de linha de cerol, assim como por parte dos adultos que ainda praticam essa atividade perigosa.
“Estão vendo isso? É meu pai, (ele) estava na casa da minha irmã ali no setor 05 agora a tarde, em Vale do Paraíso, e quando estava voltando embora tinha uns moleques soltando pipa e deixaram a linha no meio da rua. Gente, quase decepam a cabeça do meu pai, por Deus que não pegou no pescoço, mas cortou o osso do nariz no rosto, a mão para arrebentar a pipa, e até o capacete dele cortou”, lamentou a filha.