Professores da rede municipal de ensino em Vilhena, situado no cone sul de Rondônia, encerraram uma greve que durou duas semanas. A paralisação foi suspensa na última quarta-feira (23), após uma decisão liminar emitida pela Justiça que ordenou o retorno ao trabalho. As atividades escolares foram retomadas nesta quinta-feira (24).
Aproximadamente 300 profissionais da educação haviam aderido à greve desde o dia 9 de agosto, buscando um reajuste salarial de 14,9%, conforme estipulado pelo Governo Federal no início deste ano.
A greve afetou cerca de 600 alunos desde o seu início, com pelo menos 277 turmas sofrendo impactos pela paralisação. Sete das 29 escolas tiveram suas atividades completamente interrompidas devido à incapacidade de manter um funcionamento parcial.
Após a paralisação iniciada pela categoria, a prefeitura de Vilhena recorreu à Justiça buscando uma liminar que determinasse o retorno dos educadores às atividades.
O desembargador Miguel Monico Neto atendeu parcialmente ao pedido do município e estipulou que a categoria deveria pagar uma multa diária entre R$ 5 mil e R$ 50 mil em caso de descumprimento da decisão. Na liminar, o desembargador mencionou o risco de um “dano irreversível” ao desenvolvimento do ano letivo.
O Sindicato dos Servidores Municipais do Cone Sul de Rondônia (Sindsul) informou que a greve estava programada para continuar até a próxima segunda-feira (28). Entretanto, após uma assembleia realizada na quarta-feira, a decisão foi tomada para encerrar a paralisação.
Durante a assembleia conduzida pelo Sindsul, foi protocolado um pedido para investigar as finanças da conta do prefeito, a fim de verificar a disponibilidade de recursos para o pagamento do piso salarial com o reajuste de 14,9% proposto pelo Governo Federal.
Mais de 700 pessoas, incluindo professores e pais de alunos, assinaram o documento solicitando a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). A expectativa é que a CPI seja instaurada pela Câmara de Vereadores do município na segunda-feira (28).