Porto Velho foi classificada como a cidade mais poluída do Brasil em 2024, de acordo com o Relatório Mundial sobre a Qualidade do Ar, elaborado pela empresa suíça IQAir. O estudo, que monitora a qualidade do ar em diversas localidades do mundo, apontou que a capital de Rondônia registrou uma média anual de 29,5 microgramas por metro cúbico (µg/m³) de material particulado fino, superando outras cidades brasileiras.
A pesquisa foi baseada em dados coletados de mais de 40 mil estações de monitoramento espalhadas por 8.954 locais em 138 países, territórios e regiões. No Brasil, o ranking das cidades mais poluídas foi dominado por municípios localizados no Acre, Rondônia e São Paulo, sendo que Sena Madureira (AC) e Rio Branco (AC) ocuparam o segundo e terceiro lugar, respectivamente, com médias de 27,3 µg/m³ e 23,6 µg/m³.
Cidades mais poluídas do Brasil em 2024:
- Porto Velho (RO) – 29,5 µg/m³
- Sena Madureira (AC) – 27,3 µg/m³
- Rio Branco (AC) – 23,6 µg/m³
- Osasco (SP) – 22,1 µg/m³
- Rio Claro (SP) – 20,8 µg/m³
- Ribeirão Preto (SP) – 19,9 µg/m³
- Carapicuíba (SP) – 19,4 µg/m³
- Xapuri (AC) – 19,1 µg/m³
- Manoel Urbano (AC) – 18,7 µg/m³
- Santa Rosa do Purus (AC) – 18,7 µg/m³
O estudo também revelou que apenas 17% das cidades avaliadas atingiram níveis aceitáveis de qualidade do ar, conforme os padrões estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em contrapartida, países como Chade, Bangladesh, Paquistão, República Democrática do Congo e Índia apresentaram os piores índices de poluição atmosférica no mundo.
Especialistas atribuem a elevada poluição em Porto Velho aos recorrentes incêndios florestais na região amazônica, que se intensificaram nos últimos anos, especialmente no Acre e em Rondônia. Em setembro de 2023, o número de queimadas quadruplicou, contribuindo significativamente para o aumento da concentração de partículas nocivas no ar.
Impacto e conscientização
Segundo Frank Hammes, CEO da IQAir, o monitoramento contínuo da qualidade do ar é fundamental para alertar a população e incentivar políticas públicas voltadas à proteção ambiental e à saúde pública.
“A poluição do ar continua sendo uma ameaça crítica tanto à saúde humana quanto à estabilidade ambiental, mas vastas populações continuam desconhecendo seus níveis de exposição. Dados sobre a qualidade do ar salvam vidas”, afirmou Hammes.
O levantamento destaca a necessidade de ações urgentes para mitigar os impactos da poluição, especialmente em regiões como a Amazônia, onde os incêndios florestais representam uma ameaça crescente ao meio ambiente e à saúde da população.
Com informações Portal Terra*