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Sem explicação, governo quer perdoar R$ 1,3 bilhão que a Energisa deve para o estado, Deputado Alex é contra

Depois de todo o estrago que a a empresa tem feito no Estado de Rondônia, depois de elevar às alturas o preço da energia elétrica, deixando Rondônia com a tarifa mais cara de toda a America Latina, o governador de Rondônia, Marcos Rocha, encaminhou para a Assembleia Legislativa um projeto em que perdoa R$ 1,3 bilhão de uma dívida de mais de 2 bilhões que a Energisa tem com o governo do estado. O projeto chegou com pedido de urgência no legislativo e caiu como uma bomba para a maioria dos parlamentares.

“A Energisa deve cerca de R$ 2 bilhões para o Governo, mas quer pagar somente R$ 700 milhões. Com muita gente passando fome na pandemia, dar um desconto para uma empresa que maltrata o nosso povo, de mais de R$ 1 bilhão, é escandaloso”, disse o Deputado Alex Redano.

O deputado fez uma breve comparação: “Imagine você dever R$ 2 mil e chegar para o seu credor e dizer que vai pagar somente R$ 700. Com certeza, não vai gostar! É isso que a Energisa quer, desrespeitando Rondônia e a nossa população”.

Redano disse ainda que “agora, vamos imaginar esses R$ 2 bilhões investidos em nossa economia, seria importante, para gerar investimentos nas estradas, na saúde, na agricultura, na segurança pública, em todos os setores. O Governo não pode abrir mão desse recurso, de jeito nenhum”.

O deputado afirmou ainda que “essa empresa não respeita a nossa população. Não é justo ser beneficiada essa empresa, que tanto causa prejuízos. Nesse momento de pandemia, numa crise que estamos passando, dar um desconto desse tamanho. É muito revoltante até, dar desconto para uma empresa bilionária, enquanto gente em dificuldades é vítima da ganância da Energisa, que não respeita as leis e nem os consumidores”.

Alex Redano pediu que essa matéria seja suspensa a sua tramitação, até o retorno da CPI da Energisa, que foi suspensa com a pandemia do coronavírus. “Deixo aqui o pedido para que possamos retomar os trabalhos da CPI, da qual sou presidente, para que possamos seguir atuando. Temos a tecnologia a nosso favor e podemos ter o retorno dos trabalhos, com os devidos cuidados”.

Laerte Gomes disse que a matéria, de autoria do Governo, foi lida e encaminhada para a Comissão de Comissão, Justiça e Redação (CCJR), que está com as atividades suspensas, em razão da pandemia. “É na CCJR que pode ser arquivada, suspensa ou votada”, pontuou.

O deputado Adelino Follador (DEM), que preside a CCJR disse que muitos prefeitos têm buscado ele para pedir informações. “Mas, ao meu ver, não podemos ser irresponsáveis para aprovar um projeto desses. A Energisa pagou R$ 50 mil na Ceron e não quer pagar suas dívidas, assumidas em contrato? E outra coisa, não tem nada amarrado no projeto de que, aprovando a matéria, a Energisa vai pagar o seu compromisso com o Estado e prefeituras”.

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