Durante a noite desta última segunda-feira (13) representantes do Coletivo Nacional dos Eletricitários – CNE, entregaram um documento à equipe de transição do presidente eleito, Lula (PT), solicitando a reestatização da Eletrobrás, que teve seu capital aberto durante a gestão Bolsonaro.
No documento, o CNE pede ao futuro ministro das Minas e Energia que ele seja “comprometido com o futuro do Brasil”. Participavam do encontro, que foi realizado no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o coordenador da Transição, Aloizio Mercadante.
Representando aproximadamente 12 mil trabalhadores, o CNE afirmou que a Eletrobrás possui uma dívida herdada de R$ 500 bilhões no setor elétrico. Ainda foi relatado que somente Furnas acumulou uma dívida de R$ 19 bilhões após incorporar a Santo Antônio Energia.
Ainda de acordo com o CNE, essas dividas resultarão invariavelmente na conta de luz paga pelo consumidor final.
Para o CNE, é preciso desfazer alguns nós, como a descotização de usinas e contratação de térmicas oriundas da privatização da Eletrobras, eles ainda disseram à equipe de transição que “o controle do setor elétrico deve ser devolvido ao povo brasileiro”.
Nesta terça-feira (13) foi anunciado um novo aumento na conta de luz dos rondonienses.
Tendo a estatização de serviços fundamentais como pauta de governo, a probabilidade de que o a gestão Lula revogue várias medidas tomadas pelo presidente Jair Bolsonaro é grande. O próprio presidente Lula afirmou que irá desfazer mais de 30 medidas tomadas pelo atual governo.
Localizada no rio Madeira, em Porto Velho (RO), a usina de Santo Antônio tem potência instalada mínima de 3.568,3 MW, quase 14% do total existente do sistema Eletrobras, que conta com mais 22 usinas hidrelétricas, que geram 26.089,6 MW de potência instalada.