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Especialistas sugerem vacinação nas escolas para aumentar adesão

Imunizantes com histórico de bom alcance estão com baixa adesão

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JH Notícias com informações Agência Brasil

No intuito de ampliar a cobertura vacinal, o Jardim Zoológico de Brasília e a Secretaria de Saúde do Distrito Federal promovem neste imunização de crianças e adultos que forem visitar o local

Especialistas estão sugerindo que uma maneira eficaz de aumentar a cobertura vacinal entre os adolescentes é levar as vacinas até eles, principalmente nas escolas, onde eles passam a maior parte do tempo. Essa proposta está ganhando destaque devido às baixas coberturas vacinais observadas em alguns imunizantes do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

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Luciana Phebo, chefe de saúde do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Brasil, enfatiza a importância da vacinação nas escolas como um meio de acelerar a recuperação das coberturas vacinais. Isso é crucial para evitar o ressurgimento de doenças que foram controladas por meio da vacinação, como a paralisia infantil.

Phebo destaca que a educação também deve desempenhar um papel fundamental ao lado do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Programa Nacional de Imunizações. Isso envolve não apenas administrar vacinas nas escolas, mas também realizar campanhas de vacinação e promover a educação em saúde, destacando a importância do autocuidado para os pais e filhos. Ela enfatiza que a vacinação é um direito da criança.

A estratégia de vacinação nas escolas já está sendo implementada em algumas regiões, como no Amazonas e no Acre, como parte da estratégia de multivacinação. Profissionais de saúde da atenção primária apoiam a ação, que inclui a leitura da caderneta de vacinação, a aplicação das vacinas e o registro das doses no Sistema de Informação Oficial do Ministério da Saúde. O público-alvo são crianças e adolescentes de 9 a 15 anos, e as vacinas oferecidas incluem dT, Febre Amarela, HPV, Tríplice Viral, Hepatite B, Meningite ACWY e Covid-19.

O Ministério da Saúde também destaca a importância da educação prévia sobre a vacinação nas escolas, incluindo a conscientização dos estudantes sobre a importância da vacinação. Se os responsáveis não desejarem autorizar a vacinação de seus filhos, eles podem assinar um “Termo de Recusa de Vacinação”.

No Rio de Janeiro, foi lançado um programa de vacinação nas escolas que inclui escolas públicas e particulares. O secretário municipal de saúde, Daniel Soranz, enfatiza a importância da vacinação contra o HPV para os adolescentes, já que a vacina é mais eficaz quando administrada antes do início da vida sexual e ajuda a prevenir o câncer de colo de útero, entre outros. O programa já aplicou milhares de doses em mais de 1,2 mil escolas da cidade.

Isabela Ballalai, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações, destaca a importância da estratégia de vacinação nas escolas, especialmente para os adolescentes que podem não procurar os postos de saúde por conta própria. Ela também enfatiza que as escolas podem desempenhar um papel crucial na promoção da saúde, incluindo a educação em saúde.

Uma pesquisa realizada no Brasil mostrou que a maioria das mães considera a escola como um local ideal para a vacinação infantil, e acredita que isso poderia ajudar a manter o calendário vacinal em dia. A pesquisa também indicou que a maioria das mães se sentiria segura com a vacinação na escola, desde que fosse realizada por profissionais de saúde qualificados. Isso sugere que a vacinação nas escolas pode ser uma abordagem eficaz para aumentar a cobertura vacinal entre os adolescentes.

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