PEDÁGIO
Em toda cidade brasileira, o cenário se repete: cidadãos honestos, que pagam altos impostos, são obrigados a pagar também uma espécie de “pedágio” informal para estacionar nas ruas.
À VONTADE
Homens – muitas vezes desocupados, sem vínculo legal ou qualquer autorização – se impõem como “guardadores de carros”, cobrando pelo uso do espaço público como se fossem donos dele.
AMEAÇA
Mas a questão vai muito além do incômodo. Trata-se de uma distorção grave da função do Estado e de uma ameaça direta à ordem pública.
PARA TODOS
As vias públicas são, como o nome diz, de uso comum. Estão sob a responsabilidade do poder público municipal e estadual, que deve zelar por sua segurança, acessibilidade e organização.
EXTORSÃO
Quando o cidadão precisa pagar a alguém para estacionar seu carro na rua, estamos diante de um sistema paralelo de extorsão, sustentado pela omissão – e, por vezes, pela conivência – do próprio Estado.
OFICIAL MILITAR
O que agrava esse problema é a revelação recente de que um coronel da Polícia Militar estaria liderando uma máfia de flanelinhas.
INVERSÃO
Um servidor público, pago com o dinheiro dos impostos justamente para garantir a ordem e a segurança, agindo como chefe de um esquema que domina ilegalmente as ruas. É uma traição profunda à sociedade e um sinal alarmante da corrosão institucional que enfrentamos.
LEGALIDADE
Não existe base legal que sustente o direito de qualquer indivíduo cobrar por estacionamento em via pública fora do que é regulamentado oficialmente pelos órgãos competentes.
IMPUNIMENTE
Ainda assim, a prática segue impune. Mais que isso, ela se fortalece com o silêncio cúmplice de autoridades que deveriam coibir esse tipo de abuso.
CONFORMISMO
Há quem diga que “é melhor ter alguém olhando o carro do que deixar sozinho”. Mas essa falsa sensação de segurança, muitas vezes, esconde um risco maior: pagar a esses “guardadores” não é contratar um serviço – é ceder à chantagem disfarçada.
RECEIO
O cidadão paga não por escolha, mas por medo de retaliações. E, segundo pesquisas recentes, boa parte desses indivíduos tem antecedentes criminais, como roubo e furto, o que só aumenta a gravidade do problema.
“NORMAL”
O mais preocupante, porém, é o conformismo. A população parece ter aceitado essa realidade como parte da paisagem urbana.
DOMÍNIO
Mas quando a sociedade normaliza a transgressão, ela enfraquece suas próprias defesas contra a criminalidade. E o crime, quando encontra espaço para se infiltrar, domina – até mesmo à luz do dia.
AÇÃO
É urgente que se retome o controle das ruas. Isso não se faz com violência, mas com ordem, fiscalização e respeito à legalidade.
DIREITOS
O Estado não pode continuar se omitindo. E o cidadão precisa lembrar que ele é o verdadeiro dono do espaço público – não o marginal que se apropria dele, tampouco o agente público que se vende por conveniência ou poder.
“FRANGUEIRO”
A 6ª câmara de Direito Privado do TJ/SP manteve condenação da Rede Globo ao pagamento de indenização no valor de R$ 30 mil ao ex-goleiro Alexandre Rosa Paschoalato, conhecido como Alexandre Cajuru.
“FRANGUEIRO 2”
A decisão foi tomada após a emissora ter exibido de forma reiterada um “frango” cometido pelo jogador durante uma partida.
JOGO
O ex-goleiro, que à época defendia o tima CSA, de Maceió/AL, no Campeonato Brasileiro da série B, falhou em um lance que resultou em gol para a Ponte Preta.
GOZAÇÃO
A partir desse episódio, o canal fechado SportTV, pertencente ao Grupo Globo, criou o quadro “Top 3 Vaciladas no Brasileirão 2020”, que passou a exibir repetidamente a falha do jogador.
REPLAY
Segundo o autor da ação, a exibição da falha foi feita de forma excessiva e abusiva: foram 4.200 transmissões do lance em 2020 e outras 600 em 2021.
PREJUÍZO
A repercussão negativa teria prejudicado sua carreira, dificultando a renovação de contratos com clubes da primeira divisão.
ADJETIVOS
Apenas para justificar, além do termo “frangueiro”, outros adjetivos são imputados aos goleiros que cometem falha em um gol. No Sul do Brasil, também se diz “piruzento”,” mão de graxa”, “mão de alface”, entre outros.
FRASE
Quem na vida prefere seguir por atalhos, jamais aproveita bem o caminho.