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Samuel Costa denuncia jornada 6×1 como escravidão moderna e apoia o movimento “Vida Além do Trabalho”

Durante a entrevista, Costa apresentou os princípios do movimento “Vida Além do Trabalho” (VAT), iniciativa que propõe uma reestruturação nas políticas públicas e privadas relacionadas ao mundo do trabalho

Por

Assessoria

Em entrevista concedida ao programa Ponto & Contra-Ponto, transmitido pela News TV, o advogado e professor Samuel Costa trouxe à tona uma discussão urgente e necessária: o fim da jornada de trabalho análoga e precária praticada em muitas instituições educacionais, especialmente no modelo conhecido como “escola 6×1”. A conversa, conduzida pelos apresentadores Tiago Costa e Delegado Sandro Moura, aprofundou o debate sobre as condições de trabalho enfrentadas por profissionais da educação e o impacto desse modelo na saúde física e mental dos trabalhadores.

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Samuel Costa criticou duramente o regime 6×1, em que educadores e demais trabalhadores da educação atuam por seis dias consecutivos, com apenas um dia de descanso, muitas vezes acumulando múltiplas funções, sob pressão constante por metas e resultados. “É uma estrutura que se aproxima perigosamente de um trabalho análogo à escravidão, com desgaste extremo, desvalorização humana e ausência de tempo digno para descanso, convivência social e vida pessoal”, destacou.

Durante a entrevista, Costa apresentou os princípios do movimento “Vida Além do Trabalho” (VAT), iniciativa que propõe uma reestruturação nas políticas públicas e privadas relacionadas ao mundo do trabalho. O VAT defende a implementação de jornadas mais humanas, a valorização do tempo livre e a construção de um novo pacto social onde o bem-estar, a cultura e as relações afetivas não fiquem em segundo plano.

“A centralidade do trabalho não pode ser confundida com a exclusividade do trabalho. Nós não vivemos para trabalhar, nós trabalhamos para viver – e viver inclui muito mais do que produzir”, afirmou o sociólogo. Ele ainda ressaltou que o VAT tem ganhado apoio em diversas categorias, especialmente entre jovens profissionais e trabalhadores da educação, que vêm enfrentando crescentes índices de esgotamento, adoecimento psíquico e abandono da carreira.

O programa, conhecido por colocar em pauta temas polêmicos sob diferentes pontos de vista, contou com intervenções críticas e equilibradas dos apresentadores. Delegado Sandro Moura, por exemplo, questionou a viabilidade da adoção de novos modelos de jornada em um cenário econômico ainda marcado por desigualdade e baixa produtividade. Samuel respondeu com dados e exemplos de países que já adotam formatos alternativos, como semanas de quatro dias úteis, com impactos positivos tanto na saúde dos trabalhadores quanto na eficiência das instituições.

A entrevista repercutiu amplamente nas redes sociais, com muitos internautas elogiando a coragem do debate e a lucidez das propostas apresentadas. Samuel Costa finalizou com uma provocação que ecoou entre os espectadores: “A vida precisa caber dentro da vida. E isso começa com o direito de respirar fora do relógio do patrão.”

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