A cidade de Ouro Preto do Oeste (RO) amanheceu nesta quinta-feira (3) com a confirmação de um duplo homicídio brutal, ocorrido durante a madrugada em uma residência no Conjunto Habitacional Ouro Preto II, localizado ao lado do Parque Expo Show Norte. As vítimas, um adulto e um adolescente, foram encontradas com pés e mãos amarrados, apresentando sinais claros de execução.
Segundo apurou a Polícia Militar, os corpos estavam em avançado estado de rigidez cadavérica e com o sangue já seco, indicando que as mortes ocorreram entre a noite de ontem e a madrugada de hoje. O local do crime, segundo vizinhos, havia sido palco de uma festa antes das mortes.
As vítimas foram identificadas preliminarmente como Luan, adulto com anotações criminais que teria vindo de Mirante da Serra e um adolescente com idade entre 15 e 16 anos, ainda sem identidade confirmada.
O Instituto Médico Legal (IML) foi acionado para recolher os corpos e conduzir os exames necessários para determinar com precisão a causa das mortes. A Delegacia de Homicídios investiga se o crime tem ligação com a guerra de facções na região.
Diante do cenário de violência crescente, a Polícia Civil de Ouro Preto do Oeste, com apoio da Polícia Militar, deflagrou uma operação integrada nesta quinta-feira (3) nas cidades de Ouro Preto, Ji-Paraná e Vale do Paraíso. O objetivo é desarticular uma organização criminosa suspeita de envolvimento direto em uma série de homicídios recentes.
Ao todo, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão. Quatro pessoas, dois homens e duas mulheres foram presas em flagrante. Durante as diligências, os agentes apreenderam duas armas de fogo, drogas como crack e maconha, além de uma balança de precisão, indicando possível atuação no tráfico.
De acordo com a Polícia Civil, as vítimas do duplo homicídio podem ter relação com a mesma facção investigada ou até mesmo com rivalidades internas. A operação mobilizou quase 40 policiais e mira oito suspeitos nesta primeira fase, com alvos identificados também em Ji-Paraná e Vale do Paraíso.
As investigações seguem em curso e novas fases da operação não estão descartadas. A Polícia Civil reforça o apelo para que a população colabore com informações anônimas que possam ajudar a elucidar os crimes e garantir mais segurança à comunidade local.