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Médico é condenado a 41 anos de prisão por morte de namorada grávida

No dia do feminicídio, casal foi a um jantar de comemoração pelos dez meses de relacionamento. Ele chegou a pedi-la em casamento

O médico Fernando Veríssimo de Carvalho, 30, foi condenado a mais de 41 anos de prisão por matar a namorada Beatriz Nuala Soares Milano e provocar o aborto do filho que estavam esperando em novembro de 2018. Na época, a jovem estava com 23 anos e grávida de quatro meses. Fernando foi sentenciado pelo Tribunal do Júri de Rondonópolis (Mato Grosso), município onde ocorreu o crime, em sessão de julgamento dessa quarta (10/11).

Beatriz foi morta no final da noite de 23 de novembro de 2018, no bairro Vila Aurora I, em Rondonópolis. No dia do feminicídio, o médico levou ela em um jantar de comemoração pelos dez meses de relacionamento, chegando inclusive a pedi-la em casamento. Após isso, eles retornaram para casa por volta das 23h.O médico Fernando Veríssimo de Carvalho, de 30 anos foi condenado a mais de 41 anos de prisão por matar a namorada Beatriz Nuala Soares Milano e provocar o aborto do filho que estavam esperando em novembro de 2018. Na época, a jovem estava com 23 anos e grávida de quatro meses. Fernando foi sentenciado pelo Tribunal do Juri de Rondonópolis, município onde ocorreu o crime, em sessão de julgamento desta quarta (10).

Beatriz foi morta no final da noite de 23 de novembro de 2018, no bairro Vila Aurora I, em Rondonópolis.
No dia do feminicídio, o médico levou ela em um jantar de comemoração pelos dez meses de relacionamento,
chegando inclusive a pedi-la em casamento. Após isso, eles retornaram para casa por volta das 23h.

Ele afirmou que a mulher foi para o quarto, enquanto ele ficou na sala bebendo e vendo TV. A partir daí, ele
diz que pegou no sono no sofá e acordou às 3 horas, quando se deparou com a mulher morta sobre a cama.
Fernando acionou o socorro e, sem sinais aparentes de violência, o corpo seguiu para exames da Perícia Oficial e
Identificação Técnica (Politec). Ao ficar pronto, o laudo apontou traumatismo craniano como causa da morte.

Consta na denúncia do Ministério Público que o médico não se interessou pela gravidez da namorada e que
ele se “mostrava uma pessoa ciumenta, irritadíssima, de temperamento explosivo e imprevisível, passando a
incutir grave temor a falecida”, além de apontar que era médico e, por isso, portava “profundo conhecedor de
anatomia” e pesava mais de 100 kg.

Na votação, os júris reconheceram que o médico cometeu o crime de aborto e agiu com intenção de matar,
impelido por motivo fútil, torpe, mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima, além de afirmar que o
delito foi motivado em decorrência de violência de gênero, baseado em violência doméstica ou familiar.

Após a votação dos jurados, o juiz Wagner ficou a pena. Ele condenou Fernando a 34 anos e oito meses de
reclusão pelo feminicídio da namorada. Já pelo crime de aborto foi fixado uma pena de sete anos reclusão.
Somadas, a sentença condena o médico há 41 anos e oito meses de prisão.

O magistrado negou o direito de Fernando de recorrer da sentença em liberdade. Assim, ele deverá
permanecer preso na Penitenciária Major PM Eldo Sá Corrêa, a Mata Grande. Ele também decretou o transitado
em julgado da ação.

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