Medidas de precaução: como evitar o contato com o carrapato transmissor da febre maculosa

Doença provocou a morte de quatro pessoas nesta última semana
Carrapato-estrela, transmissor da bactéria causadora da Febre Maculosa. Foto: Prefeitura de Jundiaí

No interior paulista, quatro pessoas perderam a vida devido à febre maculosa, uma doença infecciosa aguda causada pela picada de carrapatos infectados com a bactéria Rickettsia. Em entrevista à TV Brasil, a infectologista Sandra Gomes de Barros destacou que a doença pode variar de formas leves a graves, afetando vários órgãos do corpo e causando hemorragias. Para prevenir a febre maculosa, é essencial evitar áreas com presença de carrapatos e adotar medidas preventivas em regiões silvestres, fazendas, trilhas e locais com vegetação alta.

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O Ministério da Saúde recomenda o uso de roupas claras, que facilitam a identificação dos carrapatos escuros, além de calças compridas, blusas de manga longa e botas. Prender a barra da calça à meia com fita adesiva também é indicado. Utilizar repelentes contendo DEET, IR3535 e Icaridina é importante, assim como evitar carrapatos em animais de estimação.

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Ao visitar áreas de risco, é fundamental verificar a presença de carrapatos no corpo a cada duas ou três horas e removê-los imediatamente para reduzir o risco de transmissão da doença. Mesmo os micuins, a forma jovem do carrapato, que são mais difíceis de serem visualizados, podem transmitir a febre maculosa. A remoção dos carrapatos deve ser feita com uma pinça, evitando o uso dos dedos ou objetos aquecidos. Após a retirada, a área da mordida deve ser limpa com álcool ou sabão e água. As roupas devem ser fervidas para eliminar os carrapatos.

No Brasil, de janeiro de 2013 a junho de 2023, foram registrados 2.059 casos de febre maculosa, sendo 1.292 na Região Sudeste. O período de maior transmissão da doença ocorre entre junho e novembro. Os sintomas incluem febre, dor pelo corpo, dor de cabeça e manchas avermelhadas, que podem ser confundidos com outras doenças como dengue e leptospirose. É importante informar ao profissional de saúde sobre a exposição a áreas de risco ou presença de carrapatos.

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A busca por atendimento médico deve ser rápida ao surgirem os primeiros sintomas, que costumam aparecer de 2 a 14 dias após a picada. Com tratamento adequado iniciado precocemente, há grande possibilidade de recuperação favorável e cura da doença.