Começou na manhã desta segunda-feira (25) o júri de Erivaldo Resende de Meireles, acusado de matar a ex-mulher a tiros em julho de 2018 na cidade de Candeias do Jamari (RO), região metropolitana de Porto Velho. Edna Braz Nóbrega de Lima tinha de 44 anos e foi assassinada, a caminho do posto de saúde onde trabalhava, porque Erivaldo não aceitava o fim da relação.
O júri estava marcado para começar às 8h30 no 2º Tribunal do Júri da Comarca de Porto Velho, mas houve um impasse se o júri seria adiado ou não, pois uma das testemunhas de defesa faltou. Porém, o juiz optou em dar início ao julgamento.
A sessão é presidida pelo juiz de direito José Gonçalves da Silva. A acusação é realizada pela promotora Lisandra Vanneska Monteiro Nascimento Santos.
Segundo o Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO), ele responde por feminicídio, com agravantes de motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima.
Caso
Edna Braz Nóbrega de Lima foi morta com dois tiros na cabeça no dia 18 de julho de 2018. A diretora do posto de saúde saiu de casa para trabalhar, quando foi encontrada ferida dentro do carro.
Socorrida por um morador da região e levada até um posto de saúde, no próprio carro, ela ainda chegou a ser atendida por uma ambulância, mas morreu quando estava a caminho de Porto Velho.
Segundo o boletim de ocorrência, registrado no mesmo dia, o suspeito foi encontrado na residência do casal no dia do assassinato e disse saber o que tinha acontecido com sua esposa. Porém, não tomou nenhuma providência. O homem ainda disse que a servidora pública estava sendo ameaçada por um ex-funcionário.
Durante investigações, a Polícia Civil apontou Erivaldo como o principal suspeito do crime, e pessoas próximas à vítima afirmaram que ela tinha medo de ser morta pelo ex-marido.